terça-feira, 30 de novembro de 2010

Continua campanha de abaixo-assinado em defesa da educação pública do RJ

  Em 25/11/2010 aconteceu em São Paulo o forum sobre o E.M.público. Os educadores e os demais servidores da educação estadual do RJ, sabem as razões que levaram a educação pública do 2º estado mais rico da União a ter os piores desempenhos nas avaliações nacionais do Ideb e do Enem 2009. Entre essas razões podemos citar :
- Pagar talvez o mais baixo salário ao docente do E.M.entre os estados, precisamente R$732,69 (valor bruto) e mais nenhum benefício ( nada mesmo).Há prefeituras do estado do RJ que pagam como salário inicial o dôbro pago pela rede estadual.;
- Esse quadro salarial é a principal razão do elevado nº de pedidos de exoneração diariamente.Como atrair pessoas com potencial intelectual para a docência estadual com um salário desses ,que convenhamos não é nada atrativo, por esse motivo ser prof. da rede estadual do RJ tornou-se um emprego temporário ,perdurando somente até que ele passe em outro concurso com salário decente (digno,atrativo);
- Outra medida que poderá fazer com que o nº de pedidos de exoneração diminua é tornar por opção do docente I de 16h, em 30h ou 40h , mas essa opção deverá ser precedida de um salário digno ( compatível com a importância da profissão ), pois hoje muitos docentes já realizam essas cargas horárias fazendo GLP (hora extra);
- A grade curricular do E.M. é precária, não é possível que o mesmo só tenha semanalmente por exemplo dois(2) tempos de aulas das seguintes disciplinas: Física, Química , Português e Biologia. Para que os alunos  da rede estadual possam competir com os alunos da rede privada é necessário corrigir essas distorções;
- É necessário que o acesso ao E.M.regular seja feito por seleção com avaliações de Português e Matemática, assim como o próprio  estado faz para acesso a Faetec , ao colégio de aplicação da Uerj , ao Nave,etc...,pois essa medida faria com que as prefeituras se preocupassem  mais ainda com a aprendizagem dos seus alunos, afinal eles seriam submetidos a uma avaliação para ingresso ao E.M.da rede estadual. Hoje recebemos no E.M.alunos que não sabem interpretar um simples enunciado e não sabem as mais simples operações da Matemática do ensino fundamental e, que serão fundamentais como ferramentas em Física , Química e na continuidade do ensino da Matemática;
- É urgentíssimo que o valor pago a GLP seja associado ao salário do docente que a faz e, não como continua sendo feito a vários anos ,i.e.,R$540,00 para 16h semanais;
   Cabe lembrar da existência da carta aberta à população sobre a educação estadual do RJ, que informa as razões da mesma estar no CTI e propostas para retirá-la do estado atual. A mesma está disponível para leitura e assinatura sob forma de abaixo-assinado no site PETIÇÃO PÚBLICA.COM , precisamente em :
              www.peticaopublica.com.br/?pi=EDUC2011 , é só clicar ler, assinar e divulgar.
                                       Omar Costa.
                           E-mail : prof.omar@gmail.com

Escolas de Educação Especial: inclusão sem qualidade é exclusão

     No dia 27 de novembro, foi realizada na Câmara de Vereadores uma solenidade para  homenagear a atual diretora do Instituto Helena Antipoff  Kátia Nunes e o Grupo de trabalho de responsáveis por alunos da Educação Especial com o objetivo de comemorar a política de inclusão da Prefeitura do Rio.
      Mas longe de ser uma comemoração por uma política educacional responsável para alunos portadores de necessidades especiais, a solenidade foi marcada pelos protestos e reivindicações dos pais pela garantia das turmas de Educação especial e por um projeto de educação inclusiva com qualidade.
      Vestidos com camisetas que denunciavam que “inclusão sem qualidade é exclusão”,  alunos, responsáveis e representantes do Sepe afirmaram categoricamente para a secretária Claudia Costin e para a diretora do Instituto Helena Antipoff Kátia Nunes que exigem ser ouvidos, o que até o momento não aconteceu, e que não aceitaremos que os direitos dos alunos especiais sejam retirados.
      No ano passado, a Secretaria Municipal de Educação anunciou o fechamento de todas as turmas de Educação Especial e o término da oferta de ensino para os alunos maiores de 18 anos. Com a luta conjunta do Sepe e dos pais dos alunos, a prefeitura recuou parcialmente na implantação das medidas. Entretanto, a atual portaria de matrículas para 2011 não garante mais a enturmação dos alunos especiais matriculados esse ano nas classes especiais, o que indica a intenção do governo de acabar progressivamente com essa modalidade de ensino.
      A diretora do Instituto Helena Antipoff, Kátia Nunes afirmou que não vai abrir mão de matricular todos os alunos especiais em turmas regulares porque isso é direito deles, ignorando que o direito dos alunos especiais determinado pela legislação é a oferta de atendimento educacional especializado.
      A inclusão dos alunos especiais nas turmas regulares está acontecendo sem a mínima estrutura necessária, faltam professores de braile e libras, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e demais profissionais especializados, faltam escolas, salas de aula  e transportes adaptados e materiais pedagógicos adequados.
      O que parece é que a secretária Claudia Costin e a diretora Kátia Nunes ignoram que a Educação inclusiva é um processo que só pode acontecer com a participação efetiva da comunidade escolar, como pais, alunos e profissionais de educação e o investimento de recursos nas escolas.
Sem essas condições fica evidente que o verdadeiro objetivo do projeto é reduzir os custos com a educação da população, o que revela a crueldade do governo ao tramar a exclusão dos alunos especiais da Educação pública. 
     Mas os pais e o Sepe, durante a solenidade na Câmara de Vereadores deram o seu recado para a Secretária Claudia Costin, para a diretora do Instituto Helena Antipoff Kátia Nunes, e para os vereadores, ao denunciar que Educação inclusiva sem qualidade é exclusão e por isso não aceitaremos nenhuma medida que ameace os direitos dos alunos com necessidades educativas especiais.

Sepe quer que SME suspenda Prova Rio em escolas do entorno do Complexo do Alemão

     O Sepe está fazendo contatos com a Secretaria Municipal de Educação, no sentido de que o órgão suspenda a realização da Prova Rio (uma das avaliações realizadas pelo governo municipal junto aos alunos para aferição do processo educacional das unidades da rede municipal) em escolas localizadas no entorno do Complexo do Alemão, cujos dados são utlizados para a composição do IDEB e de gratificação para os profissionais de educação. A direção do sindicato está visitando várias escolas situadas em áreas próximas à região da Penha e de outros bairros que são limítrofes às favelas que compõem o Complexo e que atendem, na sua maioria, a alunos que moram em favelas como o Morro da Fé, Vila Cruzeiro, Alemão, entre outras afetadas pelos conflitos que resultaram na tomada pela polícia de todo o conjunto de favelas.
      A Prova Rio já foi aplicada para os alunos do turno da manhã e serão novamente aplicadas para os estudantes do turno da tarde, em escolas municipais, como a EM Ary Quintela, EM Branchi Horta e EM Augusto Mota, entre outras. Todas elas funcionam próximas às favelas do Complexo do Alemão e como a maioria dos alunos reside nestas localidades, o índice de freqüência está muito baixo. As direções das escolas, de acordo com a resolução 1813 da SME, têm autonomia para avaliar as condições de segurança das escolas e suspender as atividades, mas muitos profissionais de educação estão se queixando ao Sepe de que as Coordenadorias de Educação (CREs) estão pressionando as diretoras a manterem as escolas abertas e a aplicarem a Prova Rio nos dois turnos desta segunda-feira. Nas escolas que funcionam dentro do Complexo, a SME determinou o fechamento das unidades nesta segunda-feira.
      O Sepe avalia que a aplicação da Prova Rio hoje é um erro, já que muitos alunos residentes nas favelas do Complexo do Alemão sequer têm condições de chegar até suas escolas, por causa da movimentação policial que ainda buscam traficantes escondidos nas favelas. O sindicato também lembra, que as crianças passaram uma semana inteira de tensão por causa dos confrontos entre policiais e bandidos e não têm condição psicológica para realizar tal avaliação. Por isso, o sindicato está entrando em contato com a SME para que a secretária Cláudia Costin cancele as provas do turno da tarde e invalide as já realizada pela manhã, marcando uma nova data para a realização do exame nestas escolas localizadas próximas às áreas de risco.

Leia mais:

Sepe solicita à prefeitura abono de ponto para todos os profissionais que não puderam chegar nas escolas por causa da crise na segurança

Regional III entregará ofício à SME pedindo fechamento das escolas do Complexo do Alemão até que as condições de segurança estejam restabelecidas

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