O vice-prefeito do Rio de Janeiro,
Adilson Pires, e o secretário chefe da Casa Civil da prefeitura, Pedro Paulo,
receberam a diretoria do Sepe em audiência ontem (14/8) para discutir a pauta
de reivindicações dos profissionais de educação da rede municipal, em greve
desde o dia 8 de agosto.
Veja o resultado da audiência do Sepe com
o vice prefeito
Na noite do dia 14 de agosto, após a
passeata histórica da rede municipal, o SEPE teve nova audiência com o
Vice-prefeito Adilson Pires, o Secretário da Casa Civil Pedro Paulo, o
Subsecretário de Gestão Paulo Figueiredo e a Subsecretária de Ensino Helena
Bomeny.
A Prefeitura apresentou a seguinte
proposta: seguir com a SME a discussão sobre a pauta das questões pedagógicas;
abono dos dias parados; publicar no Diário Oficial o decreto que cria o Grupo
de Trabalho para discussão do Plano de Carreira, com prazo de 90 dias,
unificado (professores e funcionários), com valorização pela formação,
equiparação dos PII 40 horas com PI 40 horas e com a correção do vencimento dos
funcionários, que é menor que o salário mínimo e paridade para aposentados.
Falamos da progressão por tempo de serviço, mas esse ponto fica para discussão
durante o GT. Porém, teríamos que suspender a greve.
Colocamos para a Prefeitura que nossa
Greve crescia e se fortalecia, contando com o apoio da população, tendo um
índice de paralisação, até aquele dia, de 90%. Que reconhecíamos que o governo
sinalizava com avanços no diálogo e negociação. Que nossa assembléia seria dia 20
de agosto e que precisávamos avançar em outros pontos da pauta de
reivindicação, principalmente sobre o reajuste, já que sabíamos que há dinheiro
em caixa para um índice maior que 6,75%.
Lembramos que no dia 28 de junho, durante
audiência, a SME se comprometera em enviar à Câmara dos Vereadores, um Projeto
de Lei que garantia a equiparação de PI com PII de 40 horas, portanto, o
governo poderia encaminhá-lo no dia seguinte.
Apresentamos, mais uma vez a necessidade
da Prefeitura corrigir imediatamente o vencimento dos funcionários, pois, não é
possível falar em valorização profissional, pagando menos que o salário mínimo
para trabalhadores que são fundamentais na educação.
Reivindicamos que nas negociações com a
SME sobre as questões pedagógicas a Secretaria Claudia Constin esteja presente.
Dissemos que há muitos pontos na pauta de
reivindicações que podemos avançar como a redução da carga horária dos
funcionários para 30 horas, a data base e a garantia do direito à
origem/lotação na unidade escolar.
Falamos sobre a legitimidade de nossa
greve, visto que tentamos desde o início do ano a abertura de um diálogo para o
atendimento às nossas reivindicações e, que não admitiríamos retaliações.
Reiteramos que representamos a categoria,
mas o fórum de deliberação é nossa assembléia e que, era importante mantermos
as negociações e o diálogo.
Após
várias intervenções, ficou marcada uma nova audiência amanhã (ainda sem
horário), para que possamos avançar em nossas reivindicações.