BASTA DE VIOLÊNCIA MACHISTA!
REFORMA DA PREVIDÊNCIA TAMBÉM É VIOLÊNCIA!
Mal começou o ano de 2019 e o
número de casos de feminicídio foram assustadores. No Brasil por são quase 6 casos de
feminicídio e 500 mulheres agredidas e os números não
param de aumentar.
O crime humano e ambiental
cometido pela Vale, em Brumadinho/MG não só vitimou mulheres, como as fez
perder seus filhos, maridos e parentes.
Além disso, a Medida Provisória
871, do governo Bolsonaro, as coloca em uma situação bem difícil para ter
acesso ao benefício da pensão por morte. Do ministério da mulher, da família e
direitos humanos - o qual deveria pensar políticas para questões urgentes das
mulheres, tem vindo muitos ataques e reprodução do machismo, racismo e
LGBTfobia.
Embora a ministra Damares Alves
tenha dito em seu pronunciamento que nenhum caso de violência doméstica ficaria
sem resposta, nem uma política concreta foi apresentada até agora sobre esse
tema. Por outro lado, o projeto que visa proibir o aborto mesmo nos casos de
estupro ou risco de vida para a mulher, já vem sem sendo movimentado na câmara.
Apesar de muitos criarem expectativa de que o ano começaria melhor, o que temos visto é a continuidade
do desemprego, da precarização nas condições de vida e da corrupção. E pode
piorar, já que Bolsonaro quer aprovar uma reforma da previdência que retira
ainda mais direitos do que a proposta por Temer.
Por isso, precisamos resgatar a
origem desse dia que surgiu na luta das mulheres por melhores condições de
trabalho, nos somar ao chamado da Greve Internacional de Mulheres e fazer desse
08 de Março o primeiro passo para construir uma forte greve geral no Brasil que
exija mais investimento público em políticas de combate à violência machista e
que derrote de vez a reforma da previdência!
A reforma da
previdência é violência contra às mulheres!
A reforma da previdência de
Bolsonaro é um ataque brutal às mulheres, além de impor uma idade mínima de 62
anos para as mulheres se aposentarem ainda vai aumentar o tempo mínimo de
contribuição para a aposentadoria de 15 para 20 anos.
Atualmente a maioria das mulheres
se aposenta por volta dos 61 anos porque é quando consegue acumular os 15 anos
de contribuição necessários, imagine se passar pra 20 anos, não vamos nos
aposentar nunca!
Esse governo também quer obrigar
as professoras e as mulheres rurais a trabalharem até os 60 anos, isso é uma
absurdo! O exercício do magistério exige preparo físico e psicológico, imagina
uma professora permanecer de 4 a 8 horas numa sala de aula com 40, 50 alunos? E
ainda chega em casa ainda tem que preparar aula, corrigir prova, etc.
E a situação das funcionárias de
escolas? Como vai ficar a vida da merendeira que trabalha numa cozinha com 52o
graus e até hoje não são reconhecidas como cozinheiras? Da Agente Educadora ou
Inspetora que fica na maioria das vezes ficam sozinhas com mais de 300 crianças?
Das secretárias escolares ? Da servente ou copeira? Das Agentes de Educação
Infantil que não são reconhecidas no Magistério? Das Agentes de Apoio à
Educação Especial que dão conta sozinhas de várias turmas com demandas diferentes dos alunos? Desprezam as péssimas
condições de trabalho e os péssimos salários!
No caso da mulher rural, é ainda
pior, pois trabalha de sol a sol e é uma das categorias mais sacrificadas deste
país. Além disso, vai impedir a acumulação de benefícios como a pensão por
morte com a aposentadoria e diminuir o valor do Benefício de prestação
Continuada (BPC) de 01 salário mínimo para R$ 400. Como se pode ver, essa
reforma não leva em conta a desigualdade entre mulheres e homens na sociedade,
nem a dupla jornada de trabalho da mulher, nem a maior dificuldade que nós
temos para permanecer no mercado de trabalho, nem a diferença salarial, nada
disso. Se for aprovada, vai aprofundar essas desigualdades e aumentar a injustiça
social.
Pela vida das mulheres!
Basta de violência e feminicídio!
Há muito tempo o Brasil não é um
país seguro para as mulheres. Estamos na quinta posição a nível internacional,
entre os países onde mais se comete feminicídio.
Se considerarmos a população LGBT
vamos para o primeiro lugar no ranking e de todos esses crimes a população
negra é a principal vítima.
Vai fazer um ano da execução de Marielle Franco e até hoje não temos respostas! Não
podemos nos calar! Exigimos respostas!Vamos às ruas!
Segundo o 12º anuário brasileiro
de segurança pública, em 2017 foram registrados 60.010 casos de estupro, sendo
que 70% das vítimas foram meninas e adolescentes. Embora sejam números altos, o
estupro é considerado o crime com maior índice de subnotificação e os registros
ainda são falhos para identificar os estupros corretivos, aqueles direcionados
a mulheres lésbicas ou bissexuais para “corrigir” sua sexualidade. Esse é o
resultado dos sucessivos cortes no orçamento de políticas para mulheres e
pastas sociais.
Mesmo com avanços na legislação,
não tem sido possível efetivar a segurança das mulheres por falta de ampliação
e estruturação de serviços. Enquanto Bolsonaro aponta a castração química de
estupradores, tentando transformar o problema social em responsabilidade
individual e biológica, nada se fala sobre os investimentos em políticas
públicas.
Pelo contrário, há o
aprofundamento das condições que desencadeiam o aumento da violência.
Desemprego, precarização dos serviços públicos, discurso de ódio contra mulheres
negras e não negras, Lgbts, imigrantes, indígenas e quilombolas e a impunidade
quase certa para esses crimes.
NÃO VAMOS NOS CALAR! NÃO VAMOS NOS ESCONDER!
VAMOS TODAS (OS) DIA 8 DE MARÇO FAZER UMA GRANDE MANIFESTAÇÃO
ÀS 16h CONCENTRAÇÃO NA CANDELÁRIA
EIXO UNIFICADO DO 8M:
Pela vida das mulheres!
Justiça por Marielle!
Por democracia e direitos!
Somos contra Bolsonaro e a Reforma da Previdência!