domingo, 20 de agosto de 2017

É PELA PAZ QUE EU NÃO QUERO SEGUIR ADMITINDO!




É  PELA PAZ QUE EU NÃO QUERO SEGUIR ADMITINDO!
No dia seguinte aos chamados atos da paz, dezenas de escolas e creches ficaram sob o fogo cruzado. Em nossa Regional, quem estava em Manguinhos ou na Maré, constatou que os cartazes da paz ainda não atingiram seu objetivo. 

O Brasil vive a realidade de um país em guerra. Segundo dados do 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, só no ano passado, 56.325 brasileiros foram vítimas de homicídio, numa média de 154 mortes por dia. O Brasil é o 7º lugar entre os países que mais matam no mundo, superando a realidade da guerra civil na Síria (149 mortes por dia), e do conflito Israel x Palestina (66 mortos por dia). Uma em cada 10 pessoas assassinadas no mundo é brasileira. 

Apesar dos enormes gastos na área de segurança pública (em torno de 76,2 bilhões de reais só no ano passado), o comércio de drogas não diminuiu por aqui, nem em qualquer outro lugar do mundo, movimentando só no Brasil uma cifra de 15,5 bilhões de reais por ano. O consumo de drogas também não diminuiu, pelo contrário, mais que dobrou em menos de dez anos e já é quatro vezes maior que a média mundial, segundo dados do Conselho Internacional do Controle de Narcóticos, entidade ligada a ONU. 

Ao invés do investimento em moradia, saneamento, geração de emprego, saúde e educação, a única política pública existente é a da criminalização através de incursões policiais, que levam terror à comunidade e profissionais. Elas ocorrem há décadas, por meses, quase todas as semanas, sem que nenhuma melhoria tenha ocorrido. 

Não se trata de uma guerra contra as drogas, guerras não são feitas contra objetos ou coisas, guerras são feitas contra pessoas! E no Brasil o alvo dessa guerra tem cor, classe social e endereço. Trata-se de uma guerra aos pobres, onde a principal vítima são os setores mais excluídos e explorados da nossa sociedade: quem é preto, quem é pobre, quem é da periferia. Os verdadeiros senhores das drogas continuam tranquilos nas áreas mais ricas da cidade, transitando inclusive por Brasília. 

Não adianta inventar uma cultura de paz fictícia para justificar que o governo tem política pública. Da mesma forma, não adianta justificar que por conta da crise, não pode conceder merenda de qualidade, xerox, concurso, 1/3, dupla, migração, 13º antecipado, reajuste, melhores condições de trabalho. 

Segundo o Tribunal de Contas, a INFRAERO, o JOCKEY CLUB, a UNIMED, devem bilhões de ISS. Ao invés de cobrar esta dívida, o governo corta o orçamento com a merenda escolar. Não é um problema da Lei de Responsabilidade Fiscal. Trata-se de uma prioridade política evidente: o prefeito vai cuidar das pessoas... que tem dinheiro. Quem não tem... precisa se organizar e lutar! 

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SEPE/ Regional IV

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