Um  levantamento preparado pela Regional III do Sepe mostra bem como o  governo municipal descumpre a Constituição Federal que, no seu artigo  212, determina que os estados e municípios apliquem 25% da sua  arrecadação na Educação Pública. 
 O levantamento mostra que, nos últimos  anos, a prefeitura não investiu o índice de 25%, sendo incluída no  Cadastro Único de Convênios (CAUC) do governo federal, o que a impede de  renovar convênios, como o que permite o pagamento do Bolsa Família, por  exemplo. Somente no ano de 2009, Eduardo Paes deixou de aplicar cerca  de R$ 600 milhões, aplicando apenas 17% dos 25% exigidos pela lei.  Segundo o levantamento, Em três anos, a prefeitura do Rio investiu na  Educação o valor equivalente ao que deveria ter gasto em dois anos. O  levantamento foi feito com base nos dados do Conselho Regional de  Economia; do Armazém de Dados (site da própria prefeitura); e da página  do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio  Teixeira (INEP) do Ministério da Educação.
Com os R$ 600 milhões que deixou de  aplicar em 2009, o prefeito Eduardo Paes poderia ter dado um aumento  linear de R$ 1.000,00 para cada um dos cerca de 50 mil profissionais da  rede municipal (professores e funcionários). Ou poderia ter contratado  cerca de cinco mil profissionais, com salários iniciais de R$ 1.000,00.  Ou também, poderia ter construído e equipado cerca de 1.200 escolas, ao  custo de R$ 500 mil cada uma. 
Ao contrário disto, a prefeitura reduziu  o oferecimento do número de vagas nas escolas municipais (menos 22.117  vagas em 2010) e, também o número de turmas (menos 477 turmas) o que  provoca a superlotação e faz com que cada professor da rede fique  responsável por uma média de 42 por turma. Isto, sem falar que existe  uma carência de pelo menos 15 mil professores e sete mil funcionários na  rede municipal. 
Neste ano (2010), a previsão é a de que o  governo municipal vá investir apenas 16% da sua arrecadação. Tal falta  de investimento faz com que os problemas nas escolas municipais aumentem  de dia para dia. A extinção de cargos como os de supervisor pedagógico,  professor substituto, coordenador de turno, agente de portaria,  servente (substituídos por pessoal terceirizado), agente de pessoal,  professor de multimídia e professor responsável pela merenda; e a  redução dos agentes educadores (antigos inspetores de alunos),  merendeiras (que estão sendo substituídas por pessoal da Comlurb), da  equipe de direção das escolas e do pessoal de secretaria, causam uma  fragilidade pedagógico-administrativa, que deixa as escolas mais  suscetíveis para que ocorra o aumento dos casos de violência dentro do  espaço escolar, como temos visto nos últimos tempos.
Clique aqui para ver o quadro.
Clique aqui para ver o estudo pela Regional 3 do SEPE.
 

 
 
 
 Postagens
Postagens
 
 
 
 
 
 
 
 
 
