No dia 12 de junho (quarta), a rede municipal do Rio de Janeiro vai paralisar por 24 horas. No mesmo dia, realizaremos assembleia na ACM (Rua da Lapa 86), às 10h, e ato na Cinelândia, às 14h.
O Sepe pede que todos os profissionais vistam roupas vermelhas no protesto. Neste dia, a rede municipal vai dar mais uma prova ao prefeito que a nossa luta está crescendo. A decisão por esta nova paralisação foi tomada na assembleia da rede no dia 22/05, que ocorreu no Clube Municipal (foto).
Até agora a prefeitura não apresentou nenhum índice de reajuste salarial. Mesmo com os escandalosos erros dos cadernos pedagógicos, amplamente denunciados na imprensa, a secretária Cláudia Costin mantêm a política educacional de abertura das escolas para as ONGs e Fundações Privadas, a meritocracia e a precarização do trabalho.
Na Bahia, os profissionais de educação, revoltados com a intromissão na sua autonomia pedagógica nas escolas, devolveram ao governo os “pacotes pedagógicos” que prejudicam alunos e profissionais. Em todo o país e, em vários municípios do Estado do Rio, profissionais de educação estão em luta por melhores salários e condições de trabalho.
Por isso, dia 12/06, quando a cidade estará repleta de turistas e chefes de estado para a Copa das Confederações, vamos às ruas denunciar à população os ataques que o prefeito Eduardo Paes faz à educação pública municipal e cobrar da prefeitura e dos vereadores o atendimento às nossas reivindicações.
Categoria exige data base e reajuste salarial de 19%
Segundos dados da prefeitura, a previsão atualizada (fevereiro 2013) da receita corrente líquida da cidade do Rio de Janeiro é de R$ 18 bilhões. Ou seja, 12% a mais do que 2012. Por isso, reivindicamos um reajuste de 19% (12% de aumento da receita + 7% de inflação), o que não representa nenhum grande impacto na folha salarial.
Segundo dados da Controladoria Geral do Município, só nos quatro anos da primeira gestão do governo Paes, a Prefeitura deixou de aplicar R$ 1.098 bilhão da verba do FUNDEB. Divididos pelas 1.074 escolas, 249 creches e 108 EDIs (total de 1431 unidades), daria mais de R$ 767 mil para cada unidade escolar – muito mais do que as escolas receberam. Verba suficiente para a criação de laboratórios de ciências e informática, quadras cobertas, bibliotecas, salas de artes e salas de recursos, reformas na infra-estrutura e compra de materiais pedagógicos para todos os alunos.
Se dividirmos essa sobra do FUNDEB pela quantidade de profissionais de educação (59.813, segundo o site da SME), daria mais de R$ 18 mil para cada um. Bem mais que o 14º salário que a Prefeitura paga. Estes valores não incluem a falta de aplicação dos 25% do orçamento em educação. Portanto, fica uma pergunta: Onde está o dinheiro da educação?
Leia aqui sobre a audiência com a SME.