28 DE JUNHO
DIA INTERNACIONAL DO ORGULHO LGBT
A Rebelião de Stonewall, aconteceu
no dia 28 de junho de 1969 e foi o movimento LGBT mais importante na história.
LGBT’s cansadxs de tantas humilhações se rebelaram pela constante repressão
policial e durante seis noites se enfrentaram. As ruas foram ocupadas com
confrontos policiais, trincheiras, incêndios e com várias manifestações com
enfrentamentos que deram origem ao dia
28 de junho – dia do orgulho LGBT!
Apesar das inúmeras lutas ao
longo dos tempos até hoje os direitos dxs LGBT’s trabalhadorxs precisam
avançar. A violência física é contínua e são exclusxs do mercado de trabalho e
do estudo. Sua orientação sexual e sua identidade de gênero muitas vezes é
escondida por causa de uma sociedade que impõe padrões heteronormativos.
Este setor representa milhões de
desempregadxs, na sua maioria são terceirizadxs e estão em postos precarizados,
principalmente quando são negras e negros!
No governo de Dilma a PLC 122 que
criminaliza a LGBTfobia foi vendida ao
setor fundamentalista e o kit anti homofobia foi usado como moeda de barganha
para esquecer a citação de Pallocci relacionado à corrupção.
É necessário ressaltar que apesar
de todas as debilidades mulheres, negras e negros tiveram leis que caracterizam
algum tipo de violência seja por gênero ou raça, entretanto o setor LGBT não
teve nenhum avanço!
De FHC a Dilma foi contabilizada
4.003 mortes de LGBT’s, sendo que no governo Lula/Dilma triplicou o número de
mortes. No governo de Michel Temer nada
se modificou, são 345 mortes desde que assumiu a presidência da República.
O Brasil é o primeiro país no
mundo em assassinatos LGBT’s com requinte de crueldade. A expectativa de vida
de uma mulher trans é de 35 anos e estima-se que um LGBT é assassinado por dia.Na maioria das vezes os dados
estatísticos são imprecisos por não ter órgãos competentes caracterizando os
assassinatos. Caracteriza-se que são 500.000 casos de violência no
Brasil contra LGBT’s incluindo estupro “corretivo” realizado em lésbicas,
bissexuais, transexuais que tem como objetivo “corrigir” a orientação sexual e
identidade de gênero.
Para revertermos estas estatísticas
é importante que profissionais da educação se empenhem e lutem para que dentro
das escolas/creches se tenha uma educação libertária, livre de preconceitos e
para que isso se torne concreto, a educação sexual dentro dos ambientes
educacionais se torna um dos maiores pilares de sustentação para que possa se respeitar
e entender a orientação sexual e a identidade de gênero de todxs!
A educação atualmente passa por
um dos maiores ataques, o Projeto Lei “Escola sem Partido” conhecido como “A
Lei da Mordaça” que entre várias proibições encontra-se também a proibição da discussão de gênero e
orientação sexual.
É fundamental saber que o
machismo anda de braços dados com a LGBTfobia e quando negamos esta informação
não se permite o desenvolvimento adequado além de negar a informação, contribui
com a violência!
As reformas
trabalhistas/previdência e a terceirização precariza a situação LGBT. Mulheres,
negros e LGBT’s são os que ficam nos piores postos de trabalho além de
receberem os menores salários!
É necessário afirmar que o sistema capitalista não acaba com as opressões ou sequer ameniza.
Logo, é primordial que os setores oprimidos se unifiquem como parte da classe
trabalhadora e tomem em conjunto esta luta para derrotar o capital que divide a
classe através do machismo, racismo e LGBTfobia para poder dominar.
Mesmo com todos os ataques temos
como tarefa avançar e arrancar mais direitos como nome social, identidade de
gênero, criminalização a LGBTfobia, despatologização trans entre outros
direitos específicos.
Neste ano de 2017, o dia
internacional do orgulho LGBT será marcado dois dias antes da Greve Geral
marcado para 30 de junho.
O dever da classe trabalhadora é
abraçar a pauta LGBT e lutar contra as reformas que atacam direitos das
mulheres, negros e LGBT’s,
A NOSSA LUTA É TODO DIA! CONTRA O
MACHISMO, RACISMO E LGBTfobia!