terça-feira, 21 de junho de 2011

Nesta quarta (22/6) Ato Show "SOS EDUCAÇÃO", com a banda Farofa Carioca


Temos uma extensa agenda de greve até o dia 29, data de nossa próxima assembleia no Clube Municipal, às 14h. Amanhã, dia 22, faremos uma carreata com concentração na Cinelândia a partir das 14h; em seguida, vigília em frente à Seplag, às 16h, para aguardar a audiência com o secretário Sergio Ruy, às 17h.

Mais à noite, a partir das 18h, a rede estadual realiza ato show na Praça XV com a presença da banda Farofa Carioca. Veja abaixo o calendário completo:

Dia 22/06 (quarta)
: vigília em frente à Seplag, a partir de 16h. O secretário Sergio Ruy irá receber uma comissão do sindicato e parlamentares;

22/06: Carreata no Centro do Rio, com concentração na Cinelândia às 14h;

22/06: Ato-show na Praça XV, Centro do Rio, às 18h, com o nome “SOS Educação”;

dia 26/06 (domingo): Educação estadual, bombeiros e diversas outras categorias de servidores fazem caminhada no Aterro do Flamengo, com concentração em frente ao Castelinho, às 10h - professores e funcionários vestirão preto;

Dia 27/06 (segunda), a partir das 14h, Twitaço em defesa da greve da educação estadual/RJ. Use: #SOSEDUCAÇÃO e dê sua mensagem de apoio!

Dia 28/06 (terça): A 3ª Vara de Justiça de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça analisa o pedido de liminar do Sepe contra o corte do ponto - profissionais de educação realizam passeata da Candelária até o Fórum, concentração às 12h;

Dia 29/06 (quarta)
: Assembleia, às 14h, no Clube Municipal (Rua Haddock Lobo, nº 359, Tijuca).


Baixe o calendário de greve aqui 

A Associação Nacional dos Institutos de Educação de Surdos enviou moção de solidariedade


A Associação Nacional dos Institutos de Educação de Surdos (ASSINE) enviou uma moção de apoio aos bombeiros e à greve dos profissionais de educação do Estado do Rio de Janeiro. Veja abaixo o texto da moção.


MOÇÃO DE APOIO AOS BOMBEIROS E PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO


Nesse início de mês de junho, os ventos que, apenas nesse ano, já sopraram na Tunísia, no Egito, na Grécia, na Espanha e em diversos estados do Brasil, passaram a ser sentido também aqui no Rio de Janeiro. São os ventos da resistência à intransigência e ao autoritarismo na política e da oposição às medidas econômicas neoliberais, que privilegiam os especuladores e grandes capitalistas, em detrimento dos trabalhadores e das populações pobres. No nosso estado, esses ventos foram primeiro captados pelos bombeiros e guarda-vidas, que protagonizam há dias bonitas e firmes manifestações em favor de seus direitos como trabalhadores e servidores públicos preocupados com a qualidade do serviço oferecido para a população.

Na terça-feira, 07/06/2011, foi a vez dos servidores da rede estadual de ensino público se colocarem ao lado dos bombeiros e guarda-vidas em sua luta, sendo essa tomada de posição emblemática, tanto pelo tamanho da categoria, quanto pelo tratamento absolutamente negligente que vem sendo dispensado pelos sucessivos governos estaduais à educação, um serviço (e um direito) público da maior importância. Por fim, essa greve de servidores da educação também é motivada pela intransigência do governo Cabral, que se recusa a negociar com a categoria, que já está em campanha salarial há meses e já promoveu uma paralisação anterior de 48 horas.

Por acreditar que esse quadro de sucateamento dos serviços públicos, de precarização do trabalho, seja no setor público, o uno privado, e de crescente criminalização das lutas sociais, só pode ser revertido pela mobilização dos trabalhadores de todos os setores e categorias ao lado da população que necessita dos serviços públicos, nos colocamos ao lado das greves encabeçadas por bombeiros e servidores da educação. Mais do que isso, conclamamos todos a se unirem a essa luta, até mesmo declarando e organizando greves nas demais categorias de trabalhadores, se necessário.

Pela imediata anistia dos 439 bombeiros que foram presos!

Pela desmilitarização dos Bombeiros!

Aumento salarial e atendimento de todas as reivindicações de professores e bombeiros já!

Pela valorização do Serviço Público e dos servidores!

Contra o autoritarismo do governo Cabral e a política econômica neoliberal dos governos federal, estadual e municipal! Fora Cabral!


Rio de Janeiro, 13 de junho de 2011.


ASSEMBLEIA DA ASSINES-SSIND

Greve na rede estadual: / Veja manifesto do CE Dom Pedro II, de Petrópolis



Manifesto dos Professores do Colégio Estadual Dom Pedro II

A paralisação dos professores do Colégio D. Pedro II é, primeiramente, a manifestação da indignação diante da construção social do papel do professor. Quem é o Profissional da Educação hoje? Como as políticas públicas o reconhecem? Que ideia fazem dele e o que transmitem à sociedade?

A reivindicação dos Profissionais da Educação não se reduz à questão salarial. Vai além: No discurso do Governo do Estado do Rio, os professores não são reconhecidos como intelectuais, não são tratados com a merecida importância que tem na sociedade. Considerados operários sem prestígio, meros cumpridores legalistas das exigências estatísticas, seres incapazes de pensar e de opinar, não são ouvidos sobre as políticas que orientam a Educação no Estado. O desprestígio é reforçado pelos baixos salários que revelam à população o valor atribuído à Educação, hipocritamente valorizada nas campanhas eleitorais e nas propostas dos partidos políticos.

Há uma culpabilização excessiva do Professor diante do insucesso da Educação no Estado, quando bem sabemos que são muitos os fatores estruturais que contribuem para tal resultado, como a carência na alimentação, a falta de democratização da cultura, uma mídia irresponsável, o capital cultural, a falta de acesso à saúde, as péssimas condições de moradia e transporte, a violência, as relações familiares difíceis, entre outros. O Professor age neste meio, transformando-o, edificando valores, prestando sua contribuição. Não é, no entanto o único responsável pela alteração da realidade exigente na qual vivemos. É preciso que todos compreendam seu lugar neste processo: O Estado, a Mídia, a Sociedade e a Família.

A Educação no Estado do Rio vem sendo um campo profícuo de projetos escusos que movimentam milhões sem ouvir as reais necessidades dos professores, beneficiando empresas de aliados políticos, mobilizando verbas federais. O que prova que há dinheiro para investimentos reais na Educação, há verba para garantir uma melhor valorização do Professor, mas prevalecem interesses particulares que acabam por desviá-los.

Vivemos o paradoxo da supervalorização da Educação, neste momento de crescimento do país, com a necessidade de profissionais bem formados que garantam um país mais justo e digno de todos, por um lado, e de outro, a desvalorização do Profissional da Educação. Essa contradição demonstra a compreensão equivocada do papel do Professor e da sua contribuição à sociedade. Não é ele o herói solitário que resolverá todos os problemas estruturais. É antes, o Profissional qualificado que pode contribuir para o fomento de mentes pensantes e comprometidas com o bem comum, capazes de atuar nas diversas ciências com competência. Mas, para que possa atuar em seu papel, precisa acreditar em si, sentir-se valorizado e respeitado. Um dos resultados das políticas públicas para a Educação tem sido o total desinteresse dos jovens pelas licenciaturas. Em tempos de megamilionários que nunca leram um livro e que não precisaram da escola para enriquecer, Professores, profissionais graduados e pós-graduados recebem os mais baixos salários propostos pelos governos. Não se trata de entrar na lógica do hiperconsumo que propaga uma felicidade comprável, trata-se de uma reflexão acerca do homem e do que realmente o realiza. O que é o conhecimento e qual o seu valor? Vamos continuar veiculando que apenas os corpos, os títulos e os carros valem na vida humana? O homem, capaz de conhecer e de produzir conhecimento, favorecendo a vida, as relações e sua realização plena, continuará desperdiçando-se em coisas que não o realizam????

Petrópolis, 14 de junho de 2011

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