sexta-feira, 25 de novembro de 2016

25 DE NOVEMBRO - DIA INTERNACIONAL DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES - TRABALHADORAS NÃO PAGARÃO PELA CRISE - NENHUM DIREITO A MENOS!


VIOLÊNCIA NO BRASIL CONTRA A MULHER

No Brasil a violência contra a mulher vem crescendo. O Brasil passa de sétimo para o quinto país dentre 83 países em feminicídio, o que significa que a cada 90 minutos uma mulher é assassinada.
A taxa de homicídios entre mulheres apresentou crescimento de 11,6% entre 2004 e 2014 o que demonstra que não se fez políticas públicas relacionadas às mulheres de forma eficaz.
Entre os anos de 2004 a 2014 Amapá, Bahia, Pernambuco, Paraná e Rio de Janeiro apresentaram assassinatos acima da média nacional.
Contudo, o assassinato de mulheres negras aumentou em 54,2% enquanto as mulheres negras diminuiu 9,8% entre 2003 a 2013.
Segundo as pesquisas do IBGE as mulheres negras são as maiores vítimas de violência doméstica com a estatística de 60%.
O fato é que as mulheres negras sofrem em todas as instâncias mais violência porque além de receber o machismo ainda trazem o racismo, herança da escravidão!
Entretanto, às lésbicas e trans são totalmente invisibilizadas porque sequer conseguem entrar nas estatísticas oficiais pela falta de política para o combate a violência no que se refere a LGBTfobia.
Segundo o Atlas da Violência de 2016, o ano de 2014 através do ligue 180, teve um total de 52.957 denunciantes de violência, sendo que 77% afirmaram ser vítimas semanais de agressões, e em 80% dos casos o agressor era o marido, namorado, ex-companheiro.
No Brasil a cada 11 minutos e 33 segundos, pouco mais de cinco pessoas são estupradas por hora. Segundo os dados, 24% dos casos ocorreram nas capitais e Distrito Federal. As mulheres que mais são estupradas são as mulheres negras e trabalhadoras que moram em favelas, periferias e subúrbio.
No Estado do Rio de Janeiro a cada dia uma mulher é assassinada, 135 agredidas e 12 estupradas.
 A lei Maria da Penha existe há 10 anos e a lei do feminicídio que existe a um ano e oito meses surgiram através de muitas lutas por movimentos de mulheres. Todavia,, não basta somente fazer leis é importante que exista investimento para que se combata a violência contra a mulher!


ESTADO E GOVERNOS SEGUEM COM A VIOLÊNCIA CONTRA ÀS MULHERES


As reformas trabalhistas e da previdência são formas de violência contra as mulheres. A reforma da previdência retrata que o governo despreza a  dupla jornada de trabalho das mulheres trabalhadoras quando iguala o tempo de contribuição para a aposentadoria entre homens e mulheres em 35 anos. Mas o governo dos empresários e banqueiros ainda aumenta a idade mínima para aposentadoria das mulheres de 60 para 65 anos de idade. Como as mulheres que são um pouco mais do que a metade da população são a maioria das beneficiárias, mulheres trabalhadoras trabalharão mais e  estarão com a nova face da escravidão.
Outro ataque serão as professoras do ensino infantil, fundamental e médio, categoria na qual 8 em cada 10 profissionais são mulheres pois perderão o direito de se aposentarem com 25 anos no magistério. As mulheres aposentadas também sofrerão com  a desvinculação das aposentadorias ao salário mínimo, sendo as mulheres 56,7% das beneficiarias e a maioria recebe o teto mínimo. 
Quanto as reforma trabalhista aumentam os acordos coletivos de trabalho acima das existentes leis trabalhistas. Sendo assim, licença maternidade, 13º salário, FGTS, férias, auxílio creche e outros poderão ser extintos.As mulheres trabalhadoras que estão nos setores com menor tradição sindical, serão as primeiras a ver seus já limitados diretos serem rifados nas mesas de negociação.  
A antiga PEC 241 atual PEC 55 que se encontra no senado propõe congelamento por 20 anos nos serviços públicos essenciais como educação, saúde, saneamento básico, investimento para o combate a violência contra a mulher, creche etc. Isto significa que hoje já existe o sucateamento  imagina ao longo destes 20 anos! Essas medidas precarizam ainda mais as condições de vida das trabalhadoras/negras e as expõem a todo tipo de vulnerabilidade social. Precisamos barrar estes ataques!

ATAQUES AS MULHERES TRABALHADORAS E NEGRAS


As mulheres trabalhadoras, sobretudo negras são as que mais sofrem com a crise econômica. Pois a ideologia machista serve para dividir a classe trabalhadora  para que ocorra a exploração capitalista. No casos da mulher negra se acentua mais porque recebe o dois tipos de opressão: o machismo e o racismo.  Por causa destes elementos de opressão ligado a exploração, as mulheres são colocadas em um patamar abaixo na sociedade.
Desta forma, são as primeiras a serem atacadas pelos governos em momentos de crise econômica e todas as demandas da sociedade se acentuam também por causa do dinheiro.
O governo atual que fazia parte do governo anterior segue com a cartilha de ataques aos direitos e condições de vida das trabalhadoras.


UNIFICAR AS LUTAS DA CLASSE TRABALHADORA É UMA NECESSIDADE PARA DAR UM BASTA AOS ATAQUES DO GOVERNO!
As mulheres do Rio de Janeiro foram protagonistas em diversas lutas em vários setores.  Ocuparam a Câmara dos Vereadores na greve da educação em 2013, estiveram nas ocupações de 2016, foram as ruas exigir que Cunha saísse do governo, derrotaram Pedro Paulo  nas eleições à Prefeitura e estão sempre nas ruas denunciando todo tipo de machismo!
E para derrotar este governo é necessário resgatar as mulheres brasileiras lutadoras como  Aqualtune que ficou a frente  liderando 10.000 homens em batalha e mesmo grávida fugiu liderando 200 pessoas

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