NOTA SOBRE A ESCOLA MUNICIPAL CLOTILDE GUIMARÃES
Em menos de 12 horas duas escolas da rede
municipal foram atingidas pela violência.
Se não é no entorno pelos tiroteios constantes
é pela vulnerabilidade devido à falta de profissionais.
Em uma das escolas, Clotilde Guimarães em
Ramos, um aluno faz a diretora de refém usando uma faca.
Um dos maiores problemas que assola a educação pública
é falta de segurança. Isso demonstra o grau de vulnerabilidade que os
profissionais vivenciam no cotidiano.
A escola onde ocorreu o fato, fica localizada na Av. Brasil na altura da
cracolândia e sequer possui porteiro.
Profissionais além de cumprir a sua função precisam se dividir em abrir o
portão de entrada e garagem.
A iluminação ao seu redor é péssima, muros com
sérios problemas e lixo no entorno. Muitas vezes pessoas que ficam ao redor escalam os muros da escola e jogam
pedras.
Profissionais constantemente sofrem para
trabalhar correndo risco de serem assaltados tanto durante o dia quanto a noite
o que não se difere dos alunos, principalmente no horário do PEJA.
A partir das 14:30 às 18h a escola fica com
maior vulnerabilidade pois o portão da frente fica encostado deixando todos os
profissionais a mercê da boa sorte. Afinal, faltam profissionais!
A ronda
escolar que nesse ponto seria de extrema importância sequer é cogitada.
Em dias de confronto apesar da unidade ser do outro
lado da Maré, o local é feito como ponto de encontro da PM antes da incursão dentro
da comunidade.
Os alunos que frequentam a unidade na sua
maioria são moradores da Maré que já sofrem no seu cotidiano com a violência do
Estado.
É necessário o Programa
Interdisciplinar de Apoio às Escolas Municipais do Rio de Janeiro – PROINAPE que
são equipes de assistentes sociais, professores e psicólogos para atender esses alunos.
O SEPE cobra sempre em audiências por concursos
de porteiros e demais funcionários para que se tenha mais segurança e mais
qualidade no atendimento ao aluno. Entretanto, para a prefeitura não é
prioridade a vida dos professores, funcionários e alunos.
Não podemos esquecer que essa negligência é uma
prática dos governos. Como não lembrar da chacina da Escola Municipal Tasso da
Silveira em 2011, onde a rede se encontrava na mesma situação, sem porteiro e
demais profissionais?
A SME é responsável pela falta de segurança!
Para além disso, seu dever de zelar pela integridade física dos
profissionais das unidades/alunos, proporcionando medidas eficiente que
assegure melhores condições de trabalho para que se possa ter uma educação
pública de qualidade.
POR MAIS INVESTIMENTOS NA EDUCAÇÃO PÚBLICA!
CONCURSO PARA PORTEIROS, JÁ!
POR MAIS CONCURSOS DE FUNCIONÁRIOS !
SEPE REG.IV