Ata da assembleia da rede municipal do Rio de 09/11/2013, realizada na Hebraica:
A Assembleia iniciou com os informes sobre a audiência que a direção do Sepe solicitou à secretária Claudia Costin para tratar dos encaminhamentos da audiência de Conciliação ocorrida no STF, em Brasília, no dia 22 de outubro. Dessa forma, a direção do Sepe criticou a forma como foi montada a audiência pela prefeitura - o governo havia convocado os segmentos dos pais e diretores do CEC, que não estavam na audiência em Brasília. O Sepe explicou, na audiência, os motivos da greve, que foram, resumidamente:
1) Por dois mandatos o prefeito só recebeu a direção do Sepe quando a greve foi deflagrada;
2) A categoria aguardou por 19 anos que os governos ouvissem o que havia sido pautado para negociação, portanto a intransigência era do governo;
3) O prefeito descumpriu o prometido que era formar um Grupo de Trabalho com o sindicato para a elaboração do PCCS a partir do que havia sido discutido pela categoria em seus fóruns e formalizado na proposta entregue, mesmo com a suspensão da greve;
4) A criação do professor polivalente no PCCR;
5) A manutenção, no PCCR, da denominação de merendeira;
6) A utilização de fundações privadas dentre outros pontos.
Na audiência, os pais e responsáveis acusaram, de forma dura, a categoria e a direção pela greve e o prejuízo causado aos seus filhos; também na reunião, alguns diretores responderam, questionando a visão dos pais e responsáveis que acusavam a direção e a categoria de ter agido de forma violenta nas marchas dentre outros pontos.
A direção cobrou da secretária uma audiência específica entre o Sepe e a prefeitura, o que aconteceu às 14h30h, iniciada, novamente, com a crítica ao método utilizado, pois passou a impressão de que a prefeitura queria jogar os responsáveis contra a categoria. A secretária afirmou que não tinha sido esse o objetivo e que a proposta da SME era a de fazer a reunião em separado com o sindicato após reunião com os pais, como o Sepe propôs.
Dito isso, a assembleia discutiu o que foi tratado na segunda audiência:
• A questão da reposição foi tratada primeiro porque a secretária teria outro compromisso. Foi decidido o que segue abaixo, cobrando da SME a publicação de uma circular, resolução ou outro documento para todas as escolas, o que seria feito pela coordenadora de Recursos Humanos Maria de Lourdes (SME);
• Foi reafirmada a decisão da categoria aprovada em assembleia de que não seria aceita qualquer atitude que tomasse o caráter de punição.
• A reposição é um compromisso da categoria com a qualidade da educação pública e partiria dos conteúdos que são pré-requisitos para o ano escolar seguinte.
• Não seria utilizado o mês de janeiro, nem feriado, nem domingo, destacando o Art.3º da resolução da SME. Para fins de reposição das aulas, PODERÃO ser utilizados, a critério de cada Unidade Escolar, nos termos do artigo anterior.
• A decisão passaria pela reunião na escola com a comunidade escolar e participação dos grevistas, que apresentariam sua proposta de reposição.
• A decisão coletiva da forma de reposição seria registrada em ata com assinatura dos pais, professores e direção e o ano letivo terminaria em 2013, sem prejuízo do período do Natal e Ano Novo, portanto recesso a partir do dia 20/12, com a possibilidade de reforço escolar no retorno em 2014, pois muitos professores iriam seguir com suas turmas.
• Educação Infantil não exige reposição de conteúdos, portanto poderá contar como reposição fazer replanejamentos, reunião com Pais, reuniões pedagógicas ou outras atividades que o professor considere importante, acertada com os responsáveis.
• A direção do Sepe apresentou algumas denúncias feitas pela categoria como: algumas direções não queriam aceitar a proposta dos professores em entrar mais cedo ou usar algum tempo após seu turno de trabalho; que havia casos de obrigar o grevista a trabalhar direto dois turnos e alguns casos até no noturno com crianças; funcionários administrativos, sendo colocados para trabalhar direto por dois turnos - contrário a qualquer legislação trabalhista. Ficou acertado que nenhuma dessas situações poderia acontecer e que qualquer conhecimento de situações iguais a essas ou outras situações devem ser comunicadas diretamente à coordenadora de Recursos Humanos, Maria de Lourdes Albuquerque Tavares, dizendo o nome da escola e o da diretora para que as providências fossem tomadas. A Secretaria iria cumprir o acordo assinado em Brasília.
• Nenhum profissional grevista iria fazer a reposição em outra escola
• Foi lembrado que a SME acabou com a Resolução nº 2, mas ainda não publicou a que garante a origem, incluindo os funcionários – esta será publicada, segundo a SME.
Após os informes e a abertura de inscrições para tirar dúvidas sobre a audiência, foi dado o informe da audiência pública sobre orçamento e das propostas aprovadas no Conselho Deliberativo.
Depois foi aberto, na assembleia, tempo para avaliações e propostas sendo aprovadas as relacionadas abaixo:
• O Sepe vai elaborar, junto com uma comissão, as Campanhas que vão tratar das seguintes questões: Não utilização dos Cadernos Pedagógicos; Não à migração para 40 horas; Não ao PF; Não às provas externas; Fim da polivalência;
• Campanha “Não é Minha Função Não Faço”.
• Paralisação integral no dia da votação do orçamento de 2014 na Câmara.
• 30/11 – assembleia unificada com estado, no Centro do Rio de Janeiro, às 14h.
• Durante a semana de 11 a 15 de novembro as Unidades Escolares devem escolher representantes de escola para formarem o GT que vai discutir assuntos inerentes às Questões Pedagógicas. No dia 19/11, reunião nas regionais com os representantes eleitos com as propostas discutidas nas escolas, que serão levadas para as reuniões dos GTs pedagógicos entre o Sepe e a SME;
• 21/11- reunião do GT pedagógico;
• 02 de dezembro - reunião do Fórum de Valorização da Carreira- Sepe/CEC e SME;
• 07/12- Indicativo de assembleia Estatutária sobre o Congresso do SEPE;
• 15 de fevereiro - Conselho Deliberativo;
• Que as direções das regionais acompanhem o processo de reposição das escolas em sua área de abrangência dando suporte à categoria
Moções:
• Apoio aos profissionais que trabalham na Maré;
• Repúdio à assinatura do Acordo da Audiência de Conciliação em Brasília - no dia 22 de outubro;
. Moção de repúdio à assinatura pela direção do acordo em Brasília: "Assembleia dos profissionais de educação da rede estadual, realizada no dia 9 de novembro de 2013, repudia a assinatura do acordo no STF, dia 22 de outubro de 2013 pela direção estadual do Sepe”.
• Moção de apoio à greve do Pará.