segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Escolas da rede estadual e do município do Rio paralisam as atividades na quinta-feira (16)

Na quinta-feira, dia 16, os profissionais das escolas públicas estaduais e da rede municipal do Rio de Janeiro realizarão uma paralisação conjunta de 24 horas. Nesse dia, a educação, juntamente com outros setores do serviço público estadual, realizará, a partir das 11h, uma marcha, da Candelária a Cinelândia, em defesa da escola pública e dos serviços públicos de qualidade e contra a reforma da previdência do prefeito Eduardo Paes, contida no Projeto de Lei Constitucional nº 41. Ao final da marcha, na Cinelândia, será realizado um ato, com o lançamento de um manifesto. Às 15h, a rede municipal realiza uma assembleia no auditório da ACM (Rua da Lapa, 86).

Rede estadual exige melhores salários:

Os professores e funcionários das escolas estaduais vão parar as atividades no dia 16 de setembro (quinta-feira), em conjunto com as escolas da rede municipal do Rio, em protesto contra o sucateamento da rede, as más condições de trabalho e o arrocho salarial impostos pelo governador Sergio Cabral.
Os péssimos índices do Ideb e do Enem apenas revelaram que os sucessivos governos que passaram pelo estado nas duas últimas décadas destruíram as condições para o exercício de uma educação pública de qualidade. A situação da rede estadual é muito grave: os profissionais de educação do estado têm mais de 60% de perdas salariais; mais de 20 professores, entre aposentados e exonerados, abandonam as salas de aula por dia; a grade curricular foi rebaixada para disfarçar a falta de professores; o governo aplica o mínimo de recursos em educação; existe uma enorme carência de funcionários administrativos; um superfaturamento de equipamentos; o desmonte do primeiro segmento (pré à 4ª série).
Especificamente nos últimos quatro anos de Cabral, assistimos a um governo sem projeto educacional. A responsabilidade por estes resultados do Ideb não pode ser jogada nas costas dos profissionais da educação, já que não bastam boa vontade e esforço individual dos servidores: sem recursos, valorização profissional e condições de trabalho, não haverá qualidade efetiva na educação estadual.


Município exige o fim da reforma da previdência de Paes:

A rede municipal de educação realizou em 26 de agosto uma paralisação de 24 horas (60% da rede parou), com um ato público em frente à Câmara de Vereadores em protesto contra o PLC nº 41 do prefeito Eduardo Paes de reforma da previdência municipal, que prevê a quebra da paridade e a diminuição dos vencimentos de aposentados e pensionistas. Os servidores municipais vão participar da paralisação dia 16/09, em conjunto com a rede estadual, e exigem: o fim do PLC 41; o pagamento da dívida com o FUNPREVI; o cumprimento das responsabilidades do Tesouro Municipal com a Previdência dos servidores; e uma audiência pública na Câmara para a prestação de contas e debate com os servidores.
A educação pública reivindica também 22% de reajuste salarial para cobrir as perdas salariais. Um estudo do Dieese comprova que a prefeitura está longe do limite prudencial que exige a Lei de Responsabilidade Fiscal. Dessa forma, poderiam ser gastos quase R$ 1 bilhão a mais em 2010, com um reajuste salarial bem melhor que o de 4,21% concedido por Eduardo Paes.

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