quinta-feira, 21 de junho de 2012

Rede Estadual mobilizada: Assembleia do dia 19/6 aprovou paralisação nos dias do Saerj



Entre as deliberações tiradas pelos profissionais na assembleia da rede estadual realizada ontem (dia 19/6), no Clube Municipal, a paralisação nos dias da realização do SAERJ é uma das ações mais contundentes para mostrar ao governo Cabral o repúdio da categoria para com a política educacional meritocrática que a SEEDUC vem implementando na nossaredeVeja no texto abaixo por que a rede estadual é contra o SAERJ:

Sepe é contra o Saerj (ou Saerjinho) - uma avaliação feita pela Secretaria Estadual de Educação (Seeduc), quepretende medir os conhecimentos dos alunosmas não foi planejada pelos professores da rede estadual e não leva emconsideração a realidade das escolasque não têm uma estrutura mínima para o estudoPor isso, o sindicato orienta osprofessores a não aplicaram a provacuja aplicação está prevista para os dias 27 e 28 de junho. Nesses dias, o sindicatoestá convocando uma paralisação de nossas atividades – atenção, se as datas forem modificadas pela Secretaria, aparalisação ocorrerá na nova data.As provas do Saerjinho fazem parte do Plano de Metas apresentado pela Seeduc e temcomo um dos seus eixos a meritocraciaIsto significa que o resultado desta e de outras avaliações externas será utilizadopara “premiar” ou “punir” professores e funcionários de acordo com o resultado das provasestabelecendo uma lógicade remuneração variável.

O Sepe não é contra qualquer avaliação que tenha por objetivo identificar problemas no processo de ensino para melhorar a qualidade da educação. O problema, para o sindicato, é que o Saerjinho é uma avaliação classificatória que pretende estabelecer salários diferentes de acordo com a produtividade de cada escola. Alem do mais, este sistema já deu errado em vários lugares, tais como Chile, EUA e no estado de São Paulo. E já deu errado aqui na própria Seeduc, com o Programa Nova Escola, que foi um tremendo fracasso.

A educação é um direito de todos e dever do Estado. Estabelecer uma lógica produtivista na educação é esquecer que a escola não é uma fábrica, que a riqueza do processo educativo depende de muitas coisas além do esforço dos professores e funcionários, e que não haverá qualidade na educação enquanto as condições de trabalho forem tão ruins que levam ao abandono de mais de 20 professores por dia – como pesquisa do Sepe no Diário Oficial comprova.

Não somos contra o Saerj para impedir um diagnóstico, pois nós profissionais da educação fazemos isso o tempo todo. Somos contra o Saerj porque não podemos aceitar que a educação pública seja encarada como uma mercadoria vendida a preços diferentes dependendo das condições do “negócio”. Educação de qualidade é direito de todos!


Diagnóstico ou Responsabilização? O “X” do problema


É importante que a sociedade saiba se a aprendizagem em uma determinada escola pública é baixa ou alta. Mas fazer do resultado de uma prova, o ponto de partida para um processo de responsabilização dos profissionais leva-nos a explicar a diferença baseados na ótica da meritocracia liberal: mérito do diretor que é bem organizado, méritos dos alunos que são esforçados, mérito dos professores que são aplicados. Mas, e as condições de vida dos alunos e professores? 


E as políticas governamentais inadequadas? De quem é a responsabilidade por décadas de descaso e desmonte da escola pública? Quem é o responsável pelo permanente rodízio de professores e especialistas, sempre em busca de melhores condições para realizar o seu trabalho? E o que dizer dos professores obrigados a dividir o seu trabalho entre várias escolas para tentar aumentar seus salários ou mesmo porque foram obrigados a dividir sua carga horária? E a completa falta de funcionários administrativos, devido aos muitos anos sem concurso? E a terceirização destas funções, subordinando o trabalho destes educadores à lógica e aos interesses das empresas que os contratam e não aos interesses e demandas da comunidade escolar que atendem? E as condições de vida dos próprios alunos, especialmente os mais pobres que vivem em famílias sem condições mínimas de sobrevivência e muito menos para criar um ambiente propício ao estudo?


Um dos mais graves problemas destes sistemas de metas e desempenho é que a avaliação passa a ser vista como o objetivo de todo o processo de ensino aprendizagem e não como seu resultado. Inverte-se à lógica do processo educativo e passa-se a ensinar os alunos a fazerem os testes e provas. Não somos contrários a todo tipo de avaliação externa. Entendemos que os governos, as secretarias e mesmo a sociedade tem o direito de saber o resultado dos investimentos e políticas públicas para educação. mas qualquer avaliação rigorosa tem de contar com os professores. 


A utilização de provas como instrumento de responsabilização e pressão sobre os profissionais de cada escola é uma medida que recusa o diagnostico dos problemas, condição básica para buscarmos saídas planejadas e fecundas. Tal postura é compreensível em governos que estão cientes de que uma avaliação criteriosa, capaz de examinar as condições materiais e educacionais subjacentes ao trabalho escolar colocaria em evidencia a falta de compromisso do poder publico com a educação popular. Daí, a ordem dos fatores é oposta àquela presente no Plano de Metas do secretário Risolia: é a política educacional que determina a política de avaliação. 


 


As “metas” que queremos são outras 


Propomos que, no lugar de estabelecer metas numéricas baseadas em uma avaliação classificatória e produtivista, façamos coletiva e democraticamente um esforço para estabelecer as bases do que seriam as condições concretas para o exercício de uma educação de qualidade. Com esse projeto, deveríamos estabelecer metas de curto, médio e longo prazos visando à universalização destas condições que certamente envolveriam salários, funcionários, número de alunos por turma, grade curricular e currículo, estrutura física, laboratórios, quadras e bibliotecas, etc. Em contrapartida, os profissionais se comprometem com metas estabelecidas nos projetos político-pedagógicos pelas comunidades (metas qualitativas e não quantitativas apenas em português e matemática). E como fazer isso? 


Acreditamos que a educação é um direito de todos e dever do Estado. Estabelecer uma lógica produtivista na educação é esquecer que a escola não é fábrica, que a riqueza do processo educativo depende de muitas coisas além do esforço dos professores e funcionários, que não haverá qualidade na educação enquanto as condições de trabalho forem tão ruins que levam ao abandono de mais de 20 professores por dia.


Não boicotamos o Saerj para impedir um diagnóstico, pois nós, profissionais da educação. fazemos isso com nossos alunos o tempo todo.


Boicotamos o “SAERJinho” porque não podemos aceitar que a educação pública seja encarada como uma mercadoria vendida a preços diferentes dependendo das condições do “negócio”. Ao tentar padronizar e aprisionar os modos de ensinar, as formas de aprender e os múltiplos saberes de estudantes e educadores, o Plano de Metas mata o sentido público da educação pública. Ao estabelecer gratificações e bonificações por metas (e, obviamente, o seu contrário, a ausência destes “incentivos” frente ao não cumprimento das mesmas metas), sem oferecer as condições mínimas para o exercício da tarefa de ensinar, o plano estabelece uma lógica por demais injusta: para a escola e seus profissionais, todo o rigor; para o Estado, a relativização “do que é possível fazer”. Não podemos concordar com isso. Assim, propomos ao secretário Risolia o seguinte:


1) O fim da política de bonificações por produtividade.


2) A abertura de uma discussão para o estabelecimento das condições necessárias para uma efetiva educação de qualidade e a negociação das metas de curto, médio e longo prazos para a universalização destas condições.


3) A valorização do processo de construção e de avaliação do projeto político-pedagógico de cada escola, de modo a permitir que as diversas comunidades escolares realizem um diagnóstico da sua situação e discutam as maneiras de superar as adversidades presentes em cada realidade.

Assembléia unificada dos servidores estaduais decide fazer paralisação de 48 horas e passeata ao Palácio Guanabara no dia 4 de julho




Em assembleia realizada na concha acústica da UERJ no finalda tarde desta terça-feira, os integrantes do Movimento Unificadodos Servidores Estaduais (MUSPE) aprovaram um indicativo deparalisação de 48 horas nos dias 3 e 4 de julho, com uma passeata aser realizada no dia 4 de julho do Largo do Machado até o Palácio Guanabara em defesa dos triênios do funcionalismo estadual.

A paralisação e a marcha tem o objetivo de manter a pressão sobre o governo Cabral, que ataca os direitos do funcionalismo e quer acabar com os triênios. Também objetivam a conquista da pauta unificada de reivindicações, que incluui reajuste,incorporação de gratificações, implementação dos planos de carreira, conruso público, defesa do Iaserj e fim dasprivatizações. Ficou decidido que a mobilização deve se intensificar até o dia 3 de julho, com as categorias realizando omáximo possível de assembleias gerais para referendar o indicativo de paralisação de 48 horas e de participaçãona marcha ao Palácio Guanabara.

Os profissionais de educação da rede estadual já aprovaram a nova paralisação de 48 nos dias 3 e 4/7 e a participação na passeata na assembleia realizada ontem (dia 19/6), no Clube Municipal. Na plenária, os profissionais da rede estadual também decidiram estender por mais um dia a paralisação que estavam realizando nestas segunda e terça-feiras e vãomanter as escolas fechadas hoje (dia 20/6).

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Governo estadual ataca profissionais com medo de nossa mobilização



O governo estadual vem fazendo uma campanha diária na imprensa contra os professores da rede; não por coincidência, toda vez que se aproxima uma mobilização da categoria, a SEEDUC divulga este tipo de informação, buscando rebaixar e até ameaçar o profissional das escolas estaduais.

A “informação” da vez é a de que existem “15 mil professores” licenciados por problemas médicos, segundo a SEEDUC, de forma “irregular” – no ataque da Secretaria “sobra” até para os médicos que concederam as licenças, num desvario total, como se fosse possível uma conspiração de tantos médicos e professores contra o estado!

De qualquer forma, seria risível, se não fosse trágico, este ataque do governo aos profissionais da educação.

Trágico porque, nunca é demais lembrar, nossa categoria é atingida por doenças próprias, como aquelas que atingem, gravemente, a voz ou a caracterizada síndrome de burnout, uma doença “silenciosa”, de caráter depressivo. Tais doenças tendem, obviamente, a aumentar o seu alcance e até a se tornarem verdadeiras epidemias muito por causa das péssimas condições de trabalho que o governo oferece.

Condições ruins que se tornam ainda mais gritantes, tendo em vista o salário irrisório que o governo Cabral paga.

Assim, antes de acusar os professores e médicos de mentirem, cabe ao governador Cabral e seu secretário de Educação pagarem salários dignos e oferecerem condições decentes de trabalhosalários dignos o suficiente para que o professor possa, por exemplo, se dedicar exclusivamente ao estado; cabe ao governador também cumprir a lei e implantar o 1/3 de atividades extraclasse nas escolas.

O Sepe reforça o alerta para que a categoria fique atenta a estas verdadeiras provocações que o governo estadual vem fazendo contra nossa mobilização.

Nossa luta é justa! Não à ação de Cabral no STF que pede o fim dos triênios! Por um reajuste salarial aos professores em 2012 – não ao reajuste zero! Pela regularização da profissão dos animadores culturais! Pelo enquadramento por formação dos funcionários!

Profissionais da educação do estado: o Sepe convoca você a participar da greve de advertência de 48 horas nesta segunda e terça-feiras, com assembleia no Clube Municipal, na terça (dia 19), às 10h.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Paralisação, assembleia e passeata nesta quinta-feira: Governo estadual tenta desmobilizar servidores em matéria do Jornal o Dia de 13/6)

Com relação ao anúncio do secretário estadual de Planejamento e Gestão , Sérgio Ruy Rezende, dizendo que os nossos triênios vão ser mantidos e que apenas algumas novas carreiras serão afetadas pela ADIN 4.782 que corre no Supremo Tribunal Federal (reportagem publicada na coluna do Servidor do Jornal O Dia de hoje (dia 13/6)), o Sepe alerta a categoria para o intuito do governo do Estado de tentar enfraquecer a mobilização do conjunto do funcionalismo que, nesta quinta-feira (dia 14/6), realizará uma passeata no Centro do Rio em defesa dos triênios dos servidores estaduais e ameaça ir à greve para garantir este direito, ameaçado pela Ação Direta de Inconstitucionalidade, enviada pelo governador Sérgio C abral para o STF e que solicita uma liminar do órgão para acabar com as gratificações por tempo de serviço no funcionalismo estadual.

O Sepe lembra que, na época em que o governo defendia a Reforma da Previdência, também nos foi dito que a mesma não atingiria aqueles que já estivessem trabalhando e, sim, os ingressantes no serviço público. Hoje, podemos constatar que a Reforma atinge a todos os servidores, que tiveram direitos e benefícios cortados (aumento do tempo de serviço, redução salarial com o fator previdenciário, etc.). Portanto, não podemos acredita no secretário, quando ele diz que o governo do estado não quer acabar com os triênios. Até porque, a ADIN que se encontra no STF ainda  não foi retirada.

Por isto, a mobilização e a luta tem que continuar. Não podemos acreditar num governo que vive atacando os direitos dos servidores e não dialoga com as categorias do funcionalismo. Mobilize a sua escola para dar um basta aos desmandos de Cabral. Dia 14/6 temos que fazer uma paralisação maciça nas escolas estaduais e ir para a assembleia votar o indicativo de greve para pressionar o governador a retirar do STF o seu pedido liminar contra os triênios. Depois da assembleia, vamos nos juntar aos servidores na passeata (concentração a partir das 13h, na Candelária) para exigir do governador Cabral respeito aos nossos triênios e demais direitos.




terça-feira, 12 de junho de 2012

Mobilização contra ataque de Cabral aos triênios: Muspe aprovou assembleia indicativa conjunta do funcionalismo para o dia 19 de junho



Em reunião realizada na tarde de ontem, as entidades que compõem o Movimento Unificado dos Servidores Estaduais aprovaram um indicativo de realização de assembleia conjunta do funcionalismo estadual para o dia 19 de junho, às 15h, na Concha Acústica da UERJ. Este indicativo de realização de uma assembleia conjunta dos segmentos do funcionalismo deverá ser discutido por cada categoria em separado nas suas assembleias que estão sendo realizadas durante esta semana e na semana que vem até o dia proposto para a realização da assembleia unificada, que poderá deflagrar uma greve geral do funcionalismo estadual, em luta contra a ADIN do governador contra os triênios, que tramita no STF, em Brasília. Desde o anúncio de que o governador havia entrado no STF com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra as gratificações do funcionalismo estadual por tempo de serviço os servidores estão se mobilizando, realizando assembleias e atividades contra mais um ataque de Cabral contra o serviço público em nosso estado.

Dia 11 de junho), a UERJ entrou em greve por tempo indeterminado e uma das reivindicaçoes dos profissionais da universidade estadual é justamente a retirada da ação do governador contra os triênios. A rede estadual vai fazer uma paralisação de 24 horas no dia 14 de junho, com indicativo de greve, com assembleia às 10h no Clube Municipal (Tijuca) e participação, à tarde, na grande passeata organizada pelo movimento unificado dos servidores estaduais em defesa dos nossos triêniois. Outros segmentos do funcionalismo também se mobilizaram e irão realizar assembleias nos próximos dias, aumentando a pressão sobre as autoridades estaduais para que o governo retire a sua ADIN do STF.

Novo diretor do Iaserj não apresenta seus planos para a instituição

Em reunião hoje (12/6) pela manhã com o corpo clínico do Hospital do Iaserj, o novo diretor, Pedro Cirilo optou por não dizer o que fará como novo diretor da unidade. Ele foi empossado ontem (11/6), em substituição ao médico Nelson Ferrão que, no cargo, se colocava contra o projeto do governador Sérgio Cabral Filho de demolir o Hospital do Iaserj para que o Instituto Nacional do Câncer (Inca) construa em seu lugar um centro de pesquisas em oncologia.


Ferrão foi exonerado por isto. Mas Cirilo preferiu não responder se veio para desativar o hospital. “Não vou me posicionar, agora, sobre o que farei à frente da direção do Iaserj. Quero, antes, tomar da situação da unidade e depois ouvir a Secretaria de Saúde para então anunciar o que vou fazer”, afirmou. Disse que foi  contatado na quinta-feira última pela secretaria e convidado para substituir Ferrão, sem que lhe fosse informada qual a sua missão como novo gestor da unidade.


Cobrado pelo corpo clínico da unidade sobre qual o seu papel, disse:“Hoje (12/6), terei, às 13 horas, uma reunião com a SES. Não tive nenhuma reunião preliminar com a secretaria de saúde para discutir que papel teria à frente do Hospital do Iaserj”.


Todos os profissionais do Hospital do Iaserj presentes se colocaram contra a demolição. Informaram sobre o funcionamento de todos os setores. Entre outras informações lembraram que o Iaserj é um hospital de média complexidade, realiza mais de 9.000 atendimentos por mês, inclusive pequenas cirurgias. São realizados durante o mesmo período aproximadamente 35 mil exames laboratoriais e 1500 de imagem. O hospital tem cadastrados 80.000 pacientes do SUS. São 56 leitos ativos, sendo 12 de UTI. Do total de pacientes atendidos, 60% são do SUS e 40% servidores do estado. No terreno funciona ainda o Instituto de Infectologia São Sebastião.


Muspe não reconhece exoneração


Estiveram presentes à reunião, representantes do Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Estado (Muspe), que informaram a nova direção a decisão da entidade de não reconhecer a exoneração do diretor Nelson Ferrão. Os representantes do movimento explicaram que o os servidores estão sendo mobilizados contra a demolição do Hospital do Iaserj, sendo este, um dos principais eixos da paralisação da próxima quinta-feira, junto com a luta pela manutenção do triênio.


Foi informado também que, na mesma quinta-feira, será realizado um  ato de desagravo ao diretor afastado, na Cinelândia


fonte: Sindsprev RJ


segunda-feira, 11 de junho de 2012

Iaserj ameaçado: vigília completa uma semana e continuará até governador desistir da demolição

Nesta sexta-feira 8/06, completa uma semana de atividade a vigília de servidores e usuários em defesa do Hospital Central do Iaserj, ameaçado de demolição pelo governo Sergio Cabral Filho (PMDB). Nesses sete dias iniciais, a vigília vem recebendo expressivo apoio de parentes de pacientes internados, sindicatos, associações de moradores, movimentos sociais, parlamentares e entidades da sociedade civil, que realizaram um grande ato público contra a demolição, na última terça (5/06), culminando com uma passeata pela Rua Henrique Valadares e imediações.


A liminar expedida nesta quinta-feira 7 pelo juiz Daniel Vianna Vargas, da Comarca da Capital — proibindo a Secretaria Estadual de Saúde de transferir pacientes internados no Hospital Central do Iaserj e de interromper os serviços de atendimento à população usuáriafortalece a luta contra a demolição, mas não dispensa a vigília, que continuará até a Secretaria Estadual de Saúde (SES-RJ) desistir da demolição. A intenção do governo Cabral Filho é entregar a área do Hospital do Iaserj ao Instituto Nacional do Câncer (Inca), que ali construiria um ‘centro de pesquisas’ em oncologia. Se a demolição ocorrer, como quer o governo do Estado, a população do Rio ficará sem um hospital que atende a nove mil pacientes/mês, em 41 especialidades médicas. Fato ainda mais grave quando o Estado vive uma epidemia de dengue e faltam leitos para internação em toda a rede pública de saúde.


 


Servidores se mobilizam contra possível chegada de caminhões com tapumes


Um dos momentos de maior tensão da vigília aconteceu na quarta-feira (6/06), quando servidores haviam sido informados de que caminhões com tapumes, enviados pela Secretaria Estadual de Saúde, estariam se dirigindo à entrada do Hospital do Iaserj com a ordem de ‘cercar a unidade’, preparando-a para a demolição. Imediatamente, dezenas de servidores e parentes de pacientes internados reforçaram a vigília, ocupando o pátio interno da unidade e postando-se no portão principal, para impedir a entrada dos caminhões que, felizmente, não apareceram. Servidores, contudo, avaliam que não está descartada a hipótese de a Secretaria de Saúde colocar tapumes no Hospital e tentar remover à força os pacientes ali internados. Por isso a vigília continua e precisa, cada vez mais, do apoio da população carioca.


Na quarta-feira, logo após a informação de que os caminhões da Secretaria de Saúde se dirigiam ao Iaserj, a reportagem do Sindsprev/RJ esteve no Hospital, onde conversou com servidores e parentes de pacientes internados. Sob forte tensão, eles criticaram duramente o governo do Estado pela tentativa de demolir o Hospital. “O significado desta nossa vigília é única e exclusivamente manter a assistência à população. É isso, nada mais que isso. O povo está morrendo e sendo sacrificado, num ano em que temos a Rio+20, que deveria acontecer para salvar vidas. no ambulatório, o nosso hospital atende a mais de 30 mil pessoas todo mês. É um absurdo que tudo isto acabe agora. Pedimos às entidades da sociedade que nos ajudem a defender o Iaserj, que é de todos”, afirmou, em tom de desabafo, a enfermeira Girlena Barcelos, com 30 anos de serviço no Hospital do Iaserj.


fonte: Sindsprev/RJ

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