segunda-feira, 20 de agosto de 2018

ATA DA REUNIÃO DOS AGENTES DE EDUCAÇÃO INFANTIL DO MP-RJ



O CAPITALISMO E O MACHISMO ESTÃO NOS MATANDO! Basta de Violência Contra as Mulheres!


Nesses dois últimos meses no Brasil, dois assassinatos marcaram  violência contra a mulher a nível nacional, de Tatiane Spitzner, advogada de 29 anos no Paraná  e de Maria Eunides da Costa Santos, empregada doméstica, no interior de SP. Ambos tiveram requintes de crueldade de seus ex-maridos, o primeiro caso a vítima  depois ter sido arrastada e espancada foi jogada pela janela e o segundo caso a vítima teve suas mãos decepadas e um olho cortado. 

A violência contra as mulheres são feitas de diversas formas através das psicológicas e físicas onde o  capitalismo se apodera para a exploração das mulheres.

O Brasil sobe de 7o para 5o lugar no mundo em feminicídios. As mulheres negras são as mais atingidas. Na última década houve um aumento de 15,4% de assassinatos de mulheres negras e diminui 8% de mulheres brancas. Atualmente, o governo federal do MDB fez um corte de 61% dos investimentos as mulheres vítimas de violência e 54% de promoção as mulheres, o que não se diferencia do governo anterior que aplicava apenas por cada mulher R$0,26 (vinte e seis centavos) para o combate a violência contra a mulher.

A falta de investimentos e rearranjos orçamentários sempre em políticas públicas relacionados ás mulheres, reflete nas vítimas muitas vezes   não terem confiança em denunciar por saber que não vai ter sua vida assegurada pela segurança pública, creches/escola integral para seus filhos, moradia, emprego e salário digno para poder se libertar do seu agressor.

Muitos assassinatos não conseguem ser comprovados como feminicídio. Um dos métodos para caracterizar é que a vítima tenha sofrido algum tipo de violência como psicológica, patrimonial, física e sexual e tenha sido notificado e tentado fugir de alguma maneira dos tipos de violência relacionados. Somente assim é que se identifica como seria o desfecho do caso. Acredita-se que o número de feminicídios seja bem maior que os números registrados.

O feminicídio pode ser caracterizado de três formas: reprodutivo, doméstico e sexual.  O reprodutivo são casos de morte devido ao aborto voluntario onde existe o controle do corpo da mulher e retirada de liberdade/direitos, o doméstico  é caracterizado pelo local que houve a agressão e o sexual onde há violação do corpo através de agressão física.

O assassinato de mulheres em contextos marcados pela desigualdade de gênero é uma expressão maior de ódio contra as mulheres, e está caracterizado não somente pela morte, mas pelo sentimento de posse e vulnerabilidade. O fator que fazem as mulheres sofrerem a violência é  caracterizar como propriedade privada, instrumento utilizado pelo capitalismo para justificar a opressão e a exploração.

Por isso, a regional 4 não pode se calar diante dessa barbárie e lança a campanha: O CAPITALISMO E O MACHISMO ESTÃO NOS MATANDO! Basta de violência contra as mulheres!


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