Já está pronta a cartilha do Sepe sobre o Plano de Metas do governo do estado para a educação.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Marcha em Defesa da Educação fortalece a campanha salarial 2011
A Marcha em defesa da educação realizada ontem, 31/03, pelo Sepe contou com milhares de profissionais de educação, estudantes e demais manifestantes de diversas categorias que realizaram uma passeata da Candelária à Cinelândia, parando em pontos estratégicos, onde diretores do Sepe, representantes de estudantes, líderes partidários e de entidades, além de parlamentares defenderam a educação pública, o reajuste salarial para a categoria, o fim da privatização e que 10% do PIB nacional sejam utilizados no setor.
Manifestantes lembram caso dos 13 presos políticos do Rio
Manifestantes lembram caso dos 13 presos políticos do Rio
A marcha transcorreu sem nenhum incidente, bastante colorida, com centenas de faixas e balões na defesa do ensino público. Após a marchaocorreu, na Cinelândia, a assembléia unificada da rede estadual e da rede municipal do Rio, que hoje paralisaram as atividades por 24 horas.
Na passeata, foi lembrada a prisão dos 13 manifestantes contra a vinda de Obama ao Brasil – já que à noite se realizaria um ato público em solidariedade aos manifestantes na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ. A manifestação também pediu o passe livre nacional, mais verbas para as escolas públicas e um piso nacional digno para os professores.
Sepe pressiona governos para abrir negociação
A rede estadual reinvindica reajuste emergencial de 26% e a incorporação imediata e integral da gratificação do Programa Nova Escola (cujo término, estipulado pelo governador Sérgio Cabral, só se dará em 2015). A categoria também reivindica a inclusão dos funcionários de apoio no plano de carreira e paridade para os aposentados da educação. O índice de 26% reivindicado é resultante de parte das perdas salariais entre 2009 e 2010.
O Sepe, reiteradamente, tem tentado buscar a via da negociação com as autoridades estaduais, mas, desde o início do ano, não tem tido resposta do governador aos pedidos de audiência. A última audiência com o secretário de Educação Wilson Risolia foi realizada no início de janeiro, quando ele convocou o sindicato para fazer uma apresentação do seu Plano de Metas e não discutiu as reivindicações da categoria.
A rede municipal do Rio reivindica reajuste de 21% e o fim da iniciativas do prefeito Eduardo Paes e da secretária municipal de Educação Cláudia Costin de abrir as portas das escolas para entidades e organizações do setor privado, como Fundações e ONG’s. Em 2010, o prefeito Paes chegou a ser condenado pela Justiça Federal por manter uma política de não aplicar os 25% da arrecadação municipal no setor, o que faz com que a categoria tenha que trabalhar em escolas com superlotação de alunos e falta de equipamentos e pessoal. Hoje, a rede municipal tem carência de mais de 10 mil professores e 12 mil funcionários, como merendeiras; agentes administrativos; pessoal de portaria e inspetores de alunos.
A manifestação também pediu o passe livre nacional, mais verbas para as escolas públicas e um piso nacional digno para os professores.
Clique aqui para ver um dos primeiros vídeos da marcha da educação do dia 31 de abril. Quem tiver vídeos no youtube, mande para o Sepe o endereço para postarmos aqui.
Veja aqui matéria sobre a marcha exibida no RJ-TV da Rede Globo.
Veja aqui matéria sobre a marcha exibida no RJ-TV da Rede Globo.
Leia aqui, a moção de repúdio do CPERS/Sindicato contra a repressão e em solidariedade aos 13 presos políticos do Rio:
Sepe denuncia e comprova graves problema na perícia médica da prefeitura
Diretoras do Sepe em reunião com representantes da Unidade Tijuca |
A diretoria do Sepe esteve mais uma vez, no dia 30/03, na unidade da Tijuca da “Rede Rio Medicina” – uma empresa privada que está administrando os serviços de perícia médica da prefeitura do Rio - por causa das denúncias da categoria. Lá, foi constado o que o sindicato já havia visto nas unidades de Madureira, Campo Grande, Bonsucesso e Copacabana: não existiam médicos para atender os trabalhadores.
Leiam o relato da diretora do Sepe Suzana Gutierres sobre a ida à Tijuca
“Ao chegarmos, solicitamos imediatamente uma reunião com a responsável por aquela unidade, pois queríamos esclarecimentos sobre a situação caótica, que fez com que os profissionais levassem mais de 6 horas para serem atendidos. Rapidamente apareceram a gerente de atendimento da RRM (Rede Rio Medicina), Ariandra, a chefe de atendimento e responsável técnica da RRM; Miriam, a gerente de operação e coordenadora de valorização do servidor, Laura, e os assessores da Secretária Municipal e Administração, Ana Paula e Gabriel.
“No início da reunião, apontamos os problemas com a privatização da perícia: a desvalorização dos profissionais, a falta de médicos para o atendimento, a precariedade dos locais: em muitos não há espaço suficiente para a demanda; em outros o sistema e a luz caem constantemente e, na unidade da Tijuca a perícia é realizada no 2º andar, que só tem acesso por uma escada de madeira em formato caracol.
“Ana Paula, respondeu que a perícia foi terceirizada porque a SMA se preocupava com a educação e portanto os médicos da biometria estavam ocupados com os exames admissionais. Além disso, alegou que toda mudança apresentava problemas e que seriam corrigidos com o tempo. Lembramos aos presentes que com o mesmo discurso, a prefeitura já havia feito um contrato com a clínica Gamed para avaliar as merendeiras readaptadas. Lembramos que somos (Sepe) contra a esta privatização e que o governo não fez um planejamento. Fomos informados que esta mudança foi acordada no dia 4 de março e se iniciaria no dia 4 de abril. Porém, a prefeitura antecipou para o dia 14 de março.
“A assessora da SMA Ana Paula falou também que um dos motivos da ‘descentralização da perícia (leia-se privatização) era a redução das quantidades de licenças médicas’. Esta declaração comprova nossa caracterização da lógica do governo de diminuir o déficit do funcionalismo caçando licenças e negando as péssimas condições de trabalho.”
Mais informações obtidas pelo Sepe na visita
Nas 6 unidades existentes colocaram 10 médicos para o atendimento; no dia 5 de abril, às 14h, haverá uma reunião da equipe para tentar solucionar os problemas.
O Sepe questionou o fato de a Prefeitura submeter os servidores que, na maioria das vezes adoecem por conta das péssimas condições de trabalho, a uma experiência irresponsável e traumática. A diretoria do Sepe perguntou também se os profissionais continuariam sendo desrespeitados até segunda-feira. Denunciamos o descaso com o qual a prefeitura trata a rede pública de saúde e os profissionais. Reivindicamos o acesso aos valores da licitação e ao valor do contrato com a empresa responsável.
A assessora da Secretaria de Administração Ana Paula falou que o contrato previa pagamento por atendimento, mas não tinha o valor exato. Disse que iria apresentar ao secretário de administração nossa proposta de ampliação dos 3 dias para o RAC. Informou que a contratação de mais médicos estava em curso, mas que tentariam garantir médicos em todas as unidades e, que na unidade Tijuca, a perícia não ficará mais no 2º andar.
A perícia foi recentemente privatizada pela prefeitura e, desde então, o serviço piorou a ponto de correr o risco de entrar em colapso.
O Sepe esteve também no posto localizado em Copacabana e confirmou sérios problemas como a falta de médicos, o grande calor no local e filas enormes para o atendimento. Os mesmos problemas estão ocorrendo em outros postos, segundo denúncias feitas ao sindicato.
O Sepe está preparando a documentação para denunciar a situação ao Ministério Público.
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