segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Na cidade-sede dos Jogos Olímpicos, 45% das escolas públicas não têm sequer uma quadra de esportes

Fora do pódio
Publicada em 10/10/2009 às 18h17mO Globo
RIO - Professor de educação física da Escola Municipal Christiano Hamann, na Gávea, Rodrigo France transformou-se em especialista do improviso. Como o colégio só tem um pequeno corredor para a prática de esportes, o futebol tem no máximo três jogadores de cada lado. A rede de vôlei fica amarrada em canos e, quando algum aluno exagera na força, é torcer para o vizinho estar de bom humor e devolver a bola. O caso reflete a realidade de 2009 da cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016: dos 1.781 colégios públicos de ensino básico do Rio, 803 (45%) sequer têm uma quadra de esportes, segundo dados do Censo Escolar de 2008 do Ministério da Educação. No estado, a situação é ainda pior: das 6.570 unidades, 3.871 (58,4%) não possuem instalações esportivas.
- Na capital, se muitas escolas não têm instalações esportivas, outras apresentam quadras com piso ruim, poste de vôlei enferrujado ou então falta uma cobertura. Tudo isso leva a um desperdício de talentos imenso, se levarmos em conta o esporte de alto rendimento. Mas a educação física na escola precisa de mais espaço para cumprir sobretudo seus objetivos pedagógicos. Num exercício, a criança que não consegue mudar de direção do lado direito para o esquerdo vai ter um reflexo negativo na hora de identificar letras, de diferenciar o "p" e o "b", por exemplo - afirma Sérgio Tavares, professor de educação física da Universidade Castelo Branco, que, após pedido do Tribunal de Contas do Município (TCM) ao Conselho Regional de Educação Física, coordenou uma proposta de manual para a avaliação das aulas de educação física escolar no Rio.
Leia a íntegra desta reportagem no Globo Digital
Se faltam instalações nas escolas, o que há fora delas também parece longe do ideal. Dados levantados pelo gabinete da vereadora Andrea Gouvêa Vieira (PSDB), no Plano Plurianual da prefeitura enviado à Câmara, mostram que a Secretaria de Esportes só atende atualmente 8,8% dos alunos matriculados na rede municipal de ensino com atividades em vilas olímpicas e outros espaços. A proposta é chegar a 2013 com 13,5%. E mais: uma auditoria feita pelo TCM, no fim do ano passado, constatou "falhas estruturais e de controle" naquele que já foi o principal projeto de parceria entre a Secretaria de Esportes e as escolas, o Mel. Somente de 2004 a 2008, o programa, já extinto, consumiu cerca de R$ 60 milhões, em convênios assinadas com ONGs sem processo licitatório.

Publicada em:http://oglobo.globo.com/rio/rio2016/mat/2009/10/10/na-cidade-sede-dos-jogos-olimpicos-45-das-escolas-publicas-nao-tem-sequer-uma-quadra-de-esportes-768006155.asp

Resultado da audiência do SEPE com o Chefe da Casa Civil do Município no dia 9 de outubro

Por Vera Nepomuceno, Coordenadora-Geral da Regional IV

No dia 9 de outubro, o SEPE teve uma audiência com a prefeitura, na pessoa do secretário Pedro Paulo, chefe da Casa Civil do Município.Na audiência, o SEPE teve a confirmação que os servidores municipais terão reajuste de acordo com o IPCA e que será acumulado (retroativo).
O secretário Pedro Paulo afirmou que o indice deixado por Cesar Maia é ¨ ïmexível¨, e que ainda não foi repassado para o salário do servidor em função dos ajustes que o novo prefeito precisou fazer nas contas da prefeitura, mas que mantém seu compromisso. Apresentará ainda em outubro o percentual que deverá ser retroativo, que para o governo é a mesma coisa que acumulado. Lembrou que o limite prudencial da folha de pagamento já está em 56% ou seja, no limite da responsabilidade fiscal.Quando questionado pelo SEPE em relação ao índice reivindicado (12,5%), que traria uma recomposição do salário, ele apresentou a possibilidade de uma agenda de negocição onde pudessemos estabelecer a construção dessa recomposição ao longo da gestão de Eduardo Paes. Reivindicamos uma data base e houve aceno da possibilidade de seguirmos negociando...
Lembramos o exemplo de outras prefeituras que há uma negociação efetiva e de como isso é saudavel na democracia. Enfatizamos que a cidade que será a sede das olimpiadas precisava ser o exemplo no jogo democrático, e houve pleno acordo por parte do governo.
Em relação a Comlurb nas cozinhas, ficou claro que o governo estará jogando pesado. Afirmou que começará a implantar o projeto pela Zona Sul e que nas cozinhas onde tiver Comlurb, não terá merendeira da rede.
A Comlurb entrará com toda logistica e que, ao final de um período, se o resultado for positivo, o projeto será ampliado para toda rede.
Fizemos um bom debate e alertamos inclusive do levante que poderá ocorrer nas cozinhas da rede, pois as merendeiras querem ser reconhecidas como cozinheiras e receber salário adequado à função, além de número suficiente de trabalhadoras para poder realizar um bom trabalho sem adoecer e ter toda logística necessária para o seu bom desempenho. Mas a intenção do governo é transforma-las, ao pé da letra, em merendeiras!!!!!!!!
Em relação as concursadas de 2008, ele está aguardando parecer da PGM, através do procurador Luis Fernando Dionísio, e que a prefeitura não as ¨deixará na chuva¨, palavras textuais de Pedro Paulo.A respeito de uma agenda de audiências, que possa garantir uma recomposição do salário do magistério, do debate a respeito do plano de carreira, dos projetos aplicados pela prefeitura e por toda a pauta da educação, o secretário afirmou que é preciso reestabelecer os encontros com a secretária Claudia Costin e, no final da audiência, ligou para a secretária de educação que se comprometeu em marcar uma audiência para os próximos dias com o SEPE.
Estiveram representando o SEPE, os seguintes diretores:Vera Nepomuceno, Susana, Wiria, Claudio Monteiro e Tulio. Dorotéia e Zezé estavam representando a regional 6, pois foram elas que conseguiram agendar a audiència c/ Pedro Paulo, quando este foi inaugurar uma escola naquela regional.

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO DO RIO DE JANEIRO

Nós, professores servidores do Estado do Rio de Janeiro, escrevemos esta carta aberta à população do Rio de Janeiro para mostrar aquilo que realmente envolve a questão a incorporação da gratificação chamada Nova Escola e a diminuição do nosso plano de carreira.
A princípio, não foi dito o valor do salário do professor estadual, que é de apenas R$ 607,26. A população deve imaginar que recebemos alguma ajuda extra, como vale transporte, vale refeição, que qualquer empresa é obrigada a pagar a seu funcionário. Porém, não é isso o que acontece: não recebemos estes benefícios que são direitos de todo o trabalhador e ainda temos o desconto previdenciário de 11%, recebendo um salário líquido de aproximadamente R$ 540,00.
O Governo faz propagandas na televisão dizendo que deu laptops para todo professor, mas na verdade, estes laptops foram adquiridos pelo sistema de comodato, ou seja, estes equipamentos são emprestados pelo governo que, quando bem entender, pode pedir os mesmos de volta.
Atualmente, observamos a climatização das salas de aula, onde o Governo aluga os aparelhos e ainda terá um consumo absurdo de energia elétrica, gerando consumo de energia bastante elevado.
A incorporação do Nova Escola se dará até 2015, em 7 parcelas. O governador já se considera reeleito. Existem casos de professores que receberão, no ano que vem, segundo este projeto, um aumento de R$ 2,47! Isso mesmo, talvez não dê para pagar uma passagem com o valor deste aumento em 2010.
Um outro ponto é o grande número de pedidos de exoneração de professores, estima-se que seja aproximadamente 30 por dia! Não existem condições de trabalho e isso nos incomoda. Contudo, o que mais nos deixa indignados, é a carta compromisso enviada aos nossos lares onde o mesmo governador empenha sua palavra e agora se esquece de tudo aquilo que prometeu. As promessas são:
Promessa 1- Reposição das perdas dos últimos 10 anos. Resultado- Reajuste de 4% e mais 8% de uma perda de mais de 70%.
Promessa 2- Manutenção do atual plano de carreira e inclusão dos professores de 40h. Resultado- Não só manteve o professor 40h de fora do plano como tentou diminuir as diferenças entre níveis de 12% para 7,5%. (Graças a luta dos professores, essa diminuição não teve sucesso, permanecendo os 12%)
Promessa 3- Fim da política da gratificação Nova Escola e incorporação do valor da gratificação ao piso salarial. Resultado- Esqueceu de avisar que seria em 7 anos e sem reposição da inflação. Promessa 4- "A secretaria de Estado de Educação do meu governo terá como titular pessoa com histórico na área de educação e vínculos com o magistério."
Resultado- A atual titular da pasta é da área de computação, burocrata sem passagem pelo magistério. Não somos ouvidos, e ainda vemos a imprensa nos virar as costas e distorcer a situação real. Somos pais e mães de família, que fizeram um curso superior, na esperança de um futuro melhor. Contamos com a compreensão e a colaboração da população do Estado do Rio de Janeiro. Vista a camisa da Educação, você pode não ser professor, seu filho e sua família podem não precisar da Educação Pública, mas a nossa sociedade só vai melhorar com Educação Pública de qualidade Faça a sua parte, essa será uma verdadeira mudança na história da Educação no Estado do Rio de Janeiro, porém precisamos adequar a verdadeira realidade do magistério Estadual.
Mande para os seus contatos e vamos mostrar a nossa força!!!!!!!
Agradecemos imensamente a atenção
Professores do Estado do Rio de Janeiro

O link abaixo é da Comunidade dos Professores do Estado do RJ
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=3172638

O momento é agora!!!!! Todos unidos!!!!

Clarice Lispector: uma aprendizagem

Curso iniciando no dia 27 de outubro Inscrições pelo tel. (21) 2286-3299 ou pelo sitewww.polodepensamento.com.br

No princípio era o Verbo e o verbo se fez selvagem perto do coração de Clarice. Longe da razão que aplaina o mistério, perto da intuição, de assombros e sobressaltos, longe das definições que explicam o mundo, raia Clarice Lispector, vocação solar na Literatura Brasileira.
O curso consistirá numa aproximação gradativa da obra da autora: “Escrever é o modo de quem tem a palavra como isca: a palavra pescando o que não é palavra”.
4 aulas às terças-feiras, das 19h30 às 21h30
27 de outubro
O verbo selvagem: visita ao livro - frasco de essências de Clarice Lispector - Perto do Coração Selvagem. O olhar que o livro pousa sobre nós.
03 de novembro
A rebeldia contra o enredo em Água Viva. “Estou atrás do que fica atrás do pensamento. Inútil querer me classificar, eu simplesmente escapulo, não deixando, gênero não me pega mais”.
10 de novembro
Criação e entendimento: A Paixão segundo GH. “Criar não é imaginação, é o grande risco de se ter a realidade”.
17 de novembro
Emergência do feminino na literatura: o pós-Clarice. “Mas já que se há de escrever que pelo menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas”

Rosiska Darcy de Oliveira é doutora em educação pela Universidade de Genebra onde lecionou durante dez anos. Professora licenciada do doutorado em Letras da Puc - Rio, especialista na obra de Clarice Lispector e no tema do feminino. Escritora, publicou Elogio da Diferença, A Dama e o Unicórnio, Outono de Ouro e Sangue, Reengenharia do Tempo e A Natureza do Escorpião. Jornalista, colabora com os jornais O Globo e O Estado de São Paulo. Presidiu o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher. Preside o Centro de Liderança da Mulher no Rio de Janeiro. É membro dos Painéis Mundiais sobre Democracia e sobre Desenvolvimento Sustentável da UNESCO. Presidente-executiva do movimento Rio Como Vamos.

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