sexta-feira, 20 de julho de 2012

Greve da UERJ: profissionais pedem apoio

Fonte: Comando de Greve da UERJ - Nossa greve tem sido duramente atacada por uma reitoria que se coloca como anteparo do governo Cabral e não mede esforços em criminalizar e tentar inibir de várias formas nosso movimento. Assim, facilita Cabral em não responder às reivindicações da greve. A reitoria também não abre negociações à pauta interna (o que ela poderia responder). Além disso, a mesma juíza que deu liminar à Uerj também permitiu a invasão do IASERJ.

Ressaltamos que, além da ação de interdito proibitório, a reitoria entrou com uma nova ação exigindo a ilegalidade e abusividade da greve. Ganhou a liminar e assim se exige altos percentuais de funcionamento para que a greve não seja tratada como ilegal. Esse será mais um balão de ensaio do governo Cabral.

Além de moções de apoio à greve e repúdio à postura antidemocrática da reitoria, convidamos os companheiros/as para participarem do Ato público na porta do HUPE (13h, nesta quinta, dia 20) e na assembleia comunitária neste mesmo dia na UERJ (às 15 horas).

Queremos fazer uma assembleia/ato público de apoio à greve e total repúdio à reitoria da Uerj. Estamos convidando parlamentares, candidatos pelos partidos de esquerda, lideranças sindicais, populares, estudantis, de movimentos contra opressão etc.

Nosso entendimento é que esse duro ataque faz parte de um plano maior dos governos para derrotarem a luta dos trabalhadores, pois assim alcançam melhor condição para aplicarem seus planos de austeridade para salvar o Capital da crise econômica.

DIA 19/7/12 QUINTA-FEIRA

É DIA DE LUTA CONTRA A REPRESSÃO E CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS.

ÀS 13H - ATO PÚBLICO NA PORTA DO HUPE EM DEFESA DA SAÚDE PÚBLICA.

ÀS 15 H - ATO/ASSEMBLEIA NA UERJ CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DO MOVIMENTO.

NÃO DEIXE DE SE FAZER REPRESENTAR. AJUDEM-NOS NA DIVULGAÇÃO.

Cabral: o governador que fecha escolas, hospitais...


O governador do estado do Rio, Sérgio Cabral, vinha se especializando em uma triste característica: a de fechar escolas, tais como as dezenas que foram fechadas no final do ano passado, sob o pretexto da municipalização das unidades.

Agora, não contente com isso, o governador também determinou a extinção do Hospital Central dos Servidores do Estado, que faz parte do IASERJ, na Praça da Cruz Vermelha, Centro do Rio. Ou seja, além de ser um conhecido inimigo da Educação pública, pagando salários arrochados aos professores e funcionários administrativos, usando e abusando da terceirização das escolas e tendo como contrapartida as piores colocações nos índices que atestam a qualidade do ensino país, o governador “resolveu” fechar um hospital que está em pleno funcionamento.

Trata-se de um acordo em que Cabral cedeu o Hospital Central ao Instituto Nacional do Câncer, do governo federal. Acordo este que foi feito de cima para baixo, com pouca ou nenhuma discussão com os principais interessados: os próprios servidores estaduais. A verdade é uma só: o fechamento do hospital é mais uma ação deste governo contra o patrimônio público estadual.

Os servidores pagam, mensalmente, um imposto relativo ao IASERJ. Verbas para manter a unidade existem. Mas onde o governador as aplica?

O governo conseguiu derrubar a liminar na Justiça que o movimento em defesa do IASERJ havia conseguido e impedia a extinção da unidade. A Secretaria Estadual de Saúde, assim que derrubou a liminar, começou a desalojar os pacientes, no dia 13 de julho - com o apoio do Choque da PM (foto), de maneira irresponsável e truculenta, em alguns casos, sem o consentimento das famílias. O próprio diretor do hospital não foi avisado do desalojamento e pediu exoneração em protesto.

O movimento em defesa do IASERJ está em vigília em frente ao hospital e já decidiu que entrará com um recurso na Justiça para manter a unidade aberta. O Sepe também está na vigília, com vários diretores presentes na mobilização.

Nota sobre a relotação por fechamento de turmas no estado – Sepe orienta o professor a não assinar novo memorando de apresentação

O governo Cabral intensificou a coerção aos trabalhadores da educação estadual, neste início de recesso da categoria, ao retirar tempos de aulas resultantes de fechamento de turmas.

Esta prática tem sido o cotidiano do governo no tratamento da educação pública: fechamento de turmas e de escolas, número excessivo de alunos por turma, fragmentação do horário e do local de trabalho dos professores, acarretando enormes distúrbios nas vidas pessoais dos nossos colegas, companheiras e companheiros.

Porém, o que chama a atenção para esta nova modalidade de coerção deposita-se no documento que Cabral e Risolia nos estão obrigando a assinar, como ocorreu na Metropolitana 6 (Grande Tijuca/Méir). Redigido na primeira pessoa do singular, induz à assinatura de um termo-compromisso que passa a impressão de que o servidor o está escrevendo de próprio punho – e não, apenas, tomando ciência das ameaças –, onde reconhece, de bom grado, a sua responsabilidade em se apresentar à metropolitana no prazo máximo de cinco dias, ao fim dos quais, reconhece o direito do Estado em lhe imputar faltas e lhe tomar a sua lotação definitiva.

Não aceitamos esta coerção!

Orientamos aos professores que não assinem este documento, pois ele foi criado por algum quadro dirigente do governo, desobedecendo ao Artigo 21, parágrafo 1º, da Resolução n° 4474, de 26/05/2010, da SEEDUC, que publica o modelo de “Memorando de Apresentação” para fins de relotação (veja o anexo com o modelo do memorando da resolução nº 4474).

Exigimos o recolhimento imediato deste novo memorando!

Ao contrário destes funcionários dirigentes do governo, os trabalhadores da educação fundaram o Sepe, em 1977, a partir de ações políticas que se materializavam na resistência e na desobediência aos governos, como as greves, as passeatas, as manifestações e assembleias, todas proibidas pela ditadura militar.

A Direção Estadual do Sepe orienta à categoria que resista às transferências por fechamento de turmas. O governo, em reunião com a direção do nosso sindicato, em fevereiro último, se comprometeu a não prejudicar a vida profissional dos professores que não encontrassem escola para cumprir os tempos perdidos. Nos casos em que a direção do sindicato tem acompanhado, o governo tem cumprido o acordo, acatando o retorno para a escola, dos professores excedentes, para lá realizarem outras atividades pedagógicas.

A principal orientação do sindicato no início destas breves férias é ignorar este vil documento, e descansar para a luta que iniciaremos no dia 9 de agosto, com paralisação de 24 horas e assembleia às 14h, no Clube Municipal, na Tijuca.

Diretoria do Sepe

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