Os
profissionais de educação das redes públicas do Rio de Janeiro se solidarizam
com a greve da categoria nas escolas estaduais do Distrito Federal e, ao mesmo
tempo repudia as agressões sofridas por professores e funcionários, que foram
brutalmente atacados pela Polícia Militar durante manifestação na tarde da
quarta-feira (dia 28 de outubro). A polícia militar do governador Rodrigo
Rolemberg (PSB) prendeu pelo menos quatro professores, que estavam realizando
uma manifestação na localidade conhecida como Eixão, além de deixar vários
manifestantes feridos. A categoria, que está em greve desde o dia 15 de
outubro, reivindica o pagamento da sexta e última parcela de uma reajuste
acordado com a gestão anterior e suspensoi pelo atual governador. Em assembleia
realizada na última quarta-feira (dia 4/11), os profissionais decidiram manter
a greve até que o governo atenda as suas reivindicações.
Mais
uma vez, os governos mostram a sua incapacidade e falta de apreço pelos
direitos democráticos, mandando a polícia reprimir manifestações legítimas e
pacíficas a golpes de cassetete e com o uso de balas de borracha e spray de
pimenta. Tais fatos lamentáveis já aconteceram no Rio de Janeiro, em 2013 e
2014 e no Paraná, no início deste ano, deixando dezenas de feridos e
profissionais respondendo a inquéritos administrativos e criminais. Justamente
no mês de outubro, quando se comemora o dia do professor, o governador do
Distrito Federal dá uma prova de insensibilidade e de arbitrariedade,
suspendendo acordos assinados e mandando a polícia reprimir profissionais em
luta pelos seus legítimos direitos.