MÊS DE NOVEMBRO, MÊS DE LUTA!
20 DE NOVEMBRO – DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
25 DE NOVEMBRO – DIA DE COMBATE A VIOLÊNCIA CONTRA À MULHER
CONTRA O GENOCÍDIO DO POVO NEGRO E
CONTRA O FEMINICÍDIO
No dia a dia as mulheres
trabalhadoras vem sofrendo cada vez mais com a violência. Os números de estupros,
feminicídio e agressões cresceu e o Estado é negligente. Com a crise econômica
os cortes orçamentários para o combate a violência contra à mulher é praticamente
inexistente!
Atualmente, 60% das mulheres
assassinadas no Brasil são mulheres negras. A mulher negra carrega dois tipos
de opressões: o machismo e o racismo. Esses elementos também fazem as mulheres
negras sofrerem mais com a violência
obstétrica, policial, abortos clandestinos e estupros.
Os confrontos armados faz a
lágrima escorrer na face da mulher negra
quando seu filho é assassinado . O direito de ser mãe também é negado quando faltam vagas em hospitais públicos para seus filhos nascerem, quando não
conseguem atendimento pediátrico para seus filhos, sofrem com a ausência de vagas nas creches e
quando são ainda criminalizadas quando realizam o aborto. Nada
se diferencia dos tempos da escravidão!
Quanto as LBts negras são totalmente invisibilizadas e
isto se torna evidente quando não existem dados oficiais referente a violência
que sofrem. A expectativa de vida das
trans é de 37 anos e o Brasil é o campeão em assassinatos LGBT’s com requintes
de crueldade no mundo.
Com a crise, a falta de
investimentos piorou. Se antes cada mulher valia 26 centavos em investimentos
do governo para o combate contra a violência à mulher, imaginem o que antes
investiam para o combate a LGBTfobia? Praticamente nada!!!
Ainda dificultaram a vida das
mulheres LBTs quando veta o kit anti homofobia nas escolas e arquiva a
PEC 122, que criminaliza a LGBTfobia.
É
inadmissível que o Estado não entenda que o machismo e a Lgbtfobia andam de
braços dados. Temer hoje, ainda piora
situação quando corta 60% dos investimentos para o orçamento de
políticas públicas para as mulheres.
A Reforma Trabalhista, que foi
aprovada a pouco tempo, possibilita o aumento das jornadas de trabalho de 8
para 12 horas, massacrando as mulheres negras que acumulam empregos fora de
casa, o trabalho doméstico e o cuidado com os filhos. Isto permite que as
gestantes trabalhem em locais insalubres, colocando suas vidas e a de seus
bebês em risco, as mulheres negras que ocupam a maior parte dos postos de
trabalho precarizados, terceirizados e temporários serão as mais afetadas.
Agora, Temer e sua corja estão
arquitetando como aprovar ainda esse ano a Reforma da Previdência, que visa
aumentar o tempo de trabalho dxs trabalhadorxs. É preciso entender que os ricos
e poderosos criam a nova face da escravidão para poder manter seus privilégios.
Desta forma, é através do sangue e da morte de cada um dxs trabalhadorxs que
eles constroem a sua riqueza.
Para se reverter todas as perdas de direitos é importante que a classe trabalhadora se organize e que lute!
A luta direta dxs
trabalhadorxs é a única forma de combater os exploradores!
Nenhuma a menos. Basta de violência e feminicídio!
Não a cultura do estupro e a negligência do Estado!
Criminalização da LGBTfobia já! Nenhum direito a menos!
Greve geral para derrotar a reforma trabalhista e da
previdência!
Fora Temer e os corruptos e opressores do congresso!
É PRECISO IR PARA AS RUAS LUTAR
CONTRA A PEC 181!
PUNIR O ESTUPRADOR, NÃO A MULHER!
As
mulheres retornaram as ruas para protestar e mostrar a sua indignação contra a
PEC181. Para trazer cada vez mais trabalhadorxs para lutar contra esta PEC é necessário
entender o que ela respresenta!
1)
O que é a PEC 181?
As
mulheres desde 1940 tem o direito de interromper a gravidez quando são
estupradas ou quando colocam sua vida em risco. Entretanto, a PEC 181 quer
proibir o direito da mulher interromper a gravidez em casos de estupro ou risco
de morte para a mãe.
2)
E como surgiu a PEC 181?
A
princípio, esse projeto era para garantir o aumento da licença-maternidade em
casos de parto prematuros, mas acabou se tornando mais uma forma de
criminalizar e atacar as mulheres por conta da pratica do aborto.
3)
O congresso que apoia o presidente Michel Temer cortou 60% da
verba de políticas para as mulheres. O que resulta nas vidas das mulheres
trabalhadoras estes cortes?
A
diminuição ainda maior de construção de creches, serviços de saúde, moradia e
combate à violência contra a mulher.
4)
E por que este governo cortou investimentos?
Para as
negociatas de corrupção, que livrou e ainda livrará Temer e outros políticos da
cadeia.
5)
E quem está pagando para que se mantenha toda esta corrupção no
congresso?
As mulheres
pobres e trabalhadoras através da condição de maior opressão e violência. O
congresso fecha os olhos para o tamanho do problema de saúde pública que vitimiza
cada vez mais milhares de mulheres, sendo a 4ª causa de mortalidade materna.
6)
Como podemos lutar contra a PEC 181?
Indo para
as ruas protestar e cobrar do congresso a retirada desta PEC!
Não podemos permitir que esse congresso sujo retire
ainda mais os nossos direitos. É importante enfatizar que mesmo sendo proibido, o
aborto é praticado em diversas clínicas clandestinas que cobram fortunas e que
possibilitam as mulheres ricas um atendimento de qualidade e sem julgamento ou
criminalização.
Por isso, mais do que
nunca é necessário a unidade da classe trabalhadora, na construção de uma nova
greve geral, que derrote a PEC 181 e as reformas de Temer, assim como exija o
combate prioritário do genocídio negro e da violência machista.
É necessário que os debaixo derrube os de cima e assim avançarmos para acabar
com o machismo, com o racismo, com a LGBTfobia e com a exploração de todos os
trabalhadorxs.
Não a PEC 181!
Licença maternidade sim, criminalização do aborto não!
Educação sexual e contraceptivos para prevenir. Aborto legal e
seguro para não morrer!
Investimentos para o combate a violência contra a mulher!
Pelo fim do genocídio do povo negro, machismo e lgbtfobia!
Greve geral para defender nossos direitos!