segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Resultado da audiência com a Seplag - governo garante reajuste para animadores

Terminou há pouco a reunião do Sepe com o secretário de Planejamento Sérgio Ruy e com uma boa notícia para os animadores culturais: o governo aceitou reajustar o salário desse setor para R$ 1.234,56.
Eis os principais pontos discutidos:
Animadores culturais: o governo vai reajustar o salário desse segmento de R$ 645,00 para R$ 1.234,56. O novo valor já é válido para outubro. O governo, no entanto, não aceitou enquadrar o animador no plano de carreira, mas informou que está em entendimento com o INSS para pagar a dívida que tem em relação aos animadores;
Funcionários administrativos: há um estudo para a adoção do salário mínimo nacional como piso salarial desse setor. O estudo será apresentado na próxima audiência. Não foi apresentada uma proposta de enquadramento no plano de carreira;
Mestrado e doutorado: foi informado que o decreto com o enquadramento do mestrado e doutorado no plano de carreira será assinado ainda este ano - a minuta se encontra na Casa Civil;
Professores de 40 horas: a Seplag informou que foram feitas várias simulãções para o enquadramento desse setor no plano de carreira. O secretário Ruy informou que na próxima audiência, no dia 21, será apresentada uma proposta oficial para este setor.
No dia 21 haverá uma nova rodada de negociação com a Seplag, às 11h. Antes, no dia 14, haverá uma reunião com a Secretaria de Educação.

METADE DOS PROFESSORES GANHA MENOS DE R$720

No Nordeste, revela estudo da Unesco, quadro é ainda pior: 50% do professorado ganham menos de R$450

Adauri Antunes Barbosa
Jornal O Globo Publicado em 04/10/2009
SÃO PAULO. Baixos salários e formação deficiente. Esta é a realidade de 2.803.761 brasileiros, mostra o estudo “Professores do Brasil: Impasses e desafios”, patrocinado pela Organização das Nações Unidas para a Educação e a Cultura (Unesco). Segundo o levantamento, elaborado pelas professoras Bernardete Angelina Gatti e Elba Siqueira de Sá Barreto, metade ganha menos de R$720. No Nordeste, a realidade salarial é pior ainda: 50% do professorado ganham menos de R$450.— Isso dá uma ideia do desvalor salarial do professor — afirma a professora Bernardete, supervisora educacional da Fundação Carlos Chagas.Aposentada pela Universidade de São Paulo (USP), a professora diz que a situação salarial dos professores é complicada quando se constata que 79,1% dos empregos da categoria são do poder público, o que implica volume orçamentário muito grande:— Temos um dilema: a necessidade do país de ter professores, remunerá-los bem, atrair jovens com boas perspectivas e, de outro lado, o custo público para cobrir essas despesas. É complicado, há limitações que fazem com que o salário do professor não seja tão condigno.Pelos dados, coletados no Pnad/IBGE de 2006, constata-se que escolas públicas pagam melhor que particulares. O salário mediano (que evita a distorção da média salarial) para o ensino médio é de R$1.300 nas públicas e de R$1.000 nas privadas. No ensino fundamental, o mediano é de R$745 nas públicas e R$525 nas privadas, enquanto no ensino infantil é de R$568 (públicas) e R$400 (privadas).
“Perplexidade com falta de mobilização da classe”
Mas a questão salarial, para a pesquisadora, tem solução:— É uma questão que deve ter uma solução política, e que só poderá vir da melhor articulação entre a União, os estados e os municípios. Sem essa articulação, acho que vamos ter ainda muitos problemas.Responsável pela concepção e supervisão do projeto, o professor Célio da Cunha, assessor especial da Unesco no Brasil, elogia os esforços do governo federal que resultaram no Piso Nacional de Salários dos professores, de R$950, mas não respeitado em todos os estados.— O xis da questão é que políticas desse tipo precisam ter continuidade. Não só no plano federal, mas também nos planos estaduais e municipais. Estados e municípios têm autonomia e nem sempre respondem a esses esforços do governo. Então, é importante, sobretudo em uma época de eleições, que a partir do próximo ano haja continuidade dessas políticas — defende.Mesmo sendo a terceira carreira que mais dá emprego no Brasil — na frente só estão as profissões de serviços e de escriturário —, Bernardete expressa sua “perplexidade” com a pouca capacidade de mobilização dos professores:— Diante do volume de trabalhadores na educação, fica uma certa perplexidade da pouca capacidade de mobilização dessa categoria e também da dificuldade de conseguir uma carreira mais decente e salários mais adequados.
Jornal: O GLOBO Autor: Adauri Antunes Barbosa
Editoria: O País Edição: 1 Página: 12 Caderno: Primeiro Caderno
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Sepe se reúne com secretário de Planejamento

Os profissionais de educação das escolas estaduais realizam uma paralisação hoje de 24 horas, retornando ao trabalho amanhã. A categoria se reuniu há pouco em assembléia no auditório da ABI, onde decidiu acompanhar a reunião da diretoria do Sepe com o secretário de Planejamento, Sérgio Ruy, que está ocorrendo nesse momento, na sede da Seplag.
A reunião com Sérgio Ruy estava marcada para as 10h, mas foi adiada para a parte da tarde, a pedido do próprio secretário. Nesse momento, centenas de profissionais que estavam na assembléia realizam uma vigília, com objetivo de acompanhar a audiência e reivindicar o atendimento das reivindicações da categoria, entre eles: a inclusão dos profissionais de 40 horas, funcionários administrativos e animadores culturais no plano de carreira da educação e a diminuição do prazo de incorporação da gratificação do Nova Escola para que ela ocorra ainda nesta gestão do governador Sérgio Cabral.
No sábado, haverá um conselho Deliberativo com as instâncias decisórias do Sepe, a partir das 10h, também na ABI, quando será discutida a melhor forma de continuar a mobilização da categoria.

SEPLAG transferiu audiência da manhã de hoje para o final da tarde

O Secretário de Planejamento, Sérgio Ruy, adiou a audiência que seria realizada hoje pela manha para as 17h. Sérgio Ruy alegou que, pela manhã, estaria despachando com o governador Sérgio Cabral e mandou a sua assessoria negociar com uma comissão do Sepe e dos profissionais da rede estadual a transferência da reunião para o final da tarde.

Desde as 10h, os profissionais da rede estadual, que estão fazendo uma paralisação de 24 horas no dia de hoje, se concentraram na porta da SEPLAG para fazer uma vigília com objetivo de acompanhar a audiência com o secretário de Planejamento e reivindicar o atendimento das reivindicações da categoria, entre eles: a inclusão dos profissionais de 40 horas, funcionários administrativos e animadores culturais no plano de carreira da educação e a diminuição do prazo de incorporação da gratificação do Nova Escola para que ela ocorra ainda nesta gestão do governador Sérgio Cabral.

A partir das 14h, a categoria realiza assembléia geral na ABI. A idéia da direção do Sepe é que, após a assembléia, a categoria volta para a porta da SEPLAG para continuar a vígilia durante a realização da audiência.

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