segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Professor dá a aluno nota maior que Saresp, mostra pesquisa

da Folha Online


Há uma significativa distância entre o que se vê em sala de aula e o que é revelado pelo Saresp, o sistema oficial de avaliação da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo.

Estudo feito por três pesquisadores do departamento de economia da USP -Ricardo Madeira, Marcos Rangel e Fernando Botelho- mostra que os professores da rede estadual dão notas maiores a seus alunos do que as que os mesmos estudantes recebem no Saresp.

Além disso, há diferença entre as notas do boletim escolar em comparações raciais e de gênero. Negros e brancos com resultado idêntico no Saresp e as mesmas características têm notas diferentes em sala de aula, em favor dos brancos. O mesmo ocorre, com intensidade maior, a favor das meninas.

Esse é o primeiro estudo que confronta o desempenho de estudantes no Saresp com as notas dos boletins escolares.

A maior discrepância foi verificada nas provas de matemática do 3º ano do ensino médio. Na escala do Saresp, só 36% dos alunos eram proficientes. Para os professores, no entanto, quase todos (93%) atingiram o patamar mínimo de aprendizado considerado adequado.

Nas provas de língua portuguesa da 4ª série, a distância foi menor: 79% de proficientes, segundo o Saresp, e 95%, de acordo com os professores.

"O que percebemos é que o professor está avaliando seus alunos de maneira diferente do Estado. Será que isso acontece porque ele é ruim e não tem capacidade de discernir adequadamente sobre a proficiência dos estudantes? Talvez. Mas, antes de jogar pedra, temos que considerar que ele vê em sala de aula características individuais que o Estado não consegue ver", dizem os autores.

Entre essas características, eles citam capacidade de expressão oral, comportamento, organização e a vivência extraclasse. Se um aluno trabalha bem em grupo, tem bom relacionamento com colegas e se mostra esforçado, isso não aparecerá no cálculo de sua nota no Saresp, mas o professor pode estar levando isso em conta no momento de avaliá-lo.

"Se a sociedade considera que a missão da escola é mais do que apenas ensinar conteúdos, é de se esperar que o professor avalie isso também. Portanto, antes de concluir que o professor é ruim, temos que considerar que pode ser que o Saresp e outros exames similares sejam instrumentos incompletos de avaliação."

No caso das diferenças de sexo e raça, os autores identificaram que a distância é significativa mesmo depois de controladas todas as variáveis observáveis. Ou seja, alunos com mesma nota no Saresp, que estudam na mesma turma e com características socioeconômicas semelhantes têm desempenhos diferentes no boletim escolar, conforme sexo ou raça.

No caso da diferença entre brancos e negros (o estudo soma autodeclarados pretos e pardos), uma hipótese é que seja resultado de discriminação.

Os autores alertam, no entanto, que o trabalho não permite comprovar empiricamente essa suspeita, até porque não foi possível identificar comportamento diferenciado de professores brancos ou negros.

Se o preconceito racial explicasse a diferença, era de se esperar que os professores negros não agissem da mesma maneira que seus colegas brancos.

Para eles, é preciso fazer mais estudos para entender por que a diferença a favor de brancos persiste mesmo considerando todas as variáveis observáveis estatisticamente.

"Entender se essa desigualdade é fruto de discriminação racial ou de diferenças socioeconômicas é importante para subsidiar políticas públicas de ação afirmativa", diz Madeira.

O normal e a norma

Por Roberto Marques*

“A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá.”
(Marina Colasanti)

Jornais trazem notícias diárias sobre assaltos, assassinatos, corrupção, enfim, mazelas nossas, sociais, mas que muitas vezes insistimos em pensar que são demônios externos ao nosso paraíso. Achamos que somos “puros”, ou que nossos pecados são menores, fáceis de absolvição mediante uma reza simples ou uma boa ação caridosa, que também nos livram de possíveis culpas.
Os tiros que atravessam o ar das favelas são tiros nas favelas. Por estarem lá, o máximo que corações anestesiados, de cidadãos plenos de seus direitos, moradores de áreas exteriores, podem sentir é uma dose de piedade por aquelas almas sofredoras, vítimas potenciais de balas perdidas ou não.
Essa talvez seja a grande contradição que habita as escolas públicas municipais do Rio de Janeiro: professores, em sua maioria, não moradores de favelas, trabalham nas favelas, dentro de uma instituição que não comporta a favela, mas que ali está instalada. O drama é o de conseguir se enxergar como algo precarizado, desprovido de poder significativo, ainda que fora dali não seja necessariamente assim.
Por isso, por essa contradição, muitas vezes não nos damos conta, professores de áreas escolhidas para operações policiais de guerra, dos absurdos cotidianos. Tiros na rua ao lado nem sempre são suficientes para as aulas pararem. Tiros na rua de cima, também. A possibilidade real de confronto, muito menos (e sabemos muito bem quando irão acontecer). Nada disso parece ser motivo para desobedecer a CRE (trata-se disso: obediência) e colocar sua vida em primeiro lugar, ou dar um sinal de que isso não é normal. O importante é seguir a norma. Isso, a escola ensina muito bem.
Por isso os tiros incomodam tanto, quando perfuram as paredes da escola. Por isso os “caveirões” estacionados em frente ao portão da escola são tão violentos. Por isso as pessoas baleadas na rua da escola nos chocam tanto.
Simplesmente por nos lembrarem do atraso dos nossos movimentos. Por nos lembrarem que, nessa hora, abrimos mão de alguma coisa antes e pode ser tarde demais.

*Roberto Marques é Professor da Rede Municipal

Na América Latina o povo dá as costas a quem não é valente

Atilio Borón*, especialista em geopolítica.

“Os governos do Brasil, Argentina, Chile ou Uruguai consideram que a solução dos problemas do capitalismo se encontram no próprio capitalismo”

Zazpika-Gara (resumo da entrevista à Rebelión)

Atilio Borón é um dos grandes nomes da sociologia latino-americana contemporânea. Nasceu em Buenos Aires em 1943; suas obras se esgotam nas livrarias rapidamente. Talvez porque não seja um professor convencional e suas reflexões insistem na necessidade de transformar a realidade, trabalhando por um mundo melhor. Um mundo no qual este “continente de esperança”, como o definira Salvador Allende, seja um exemplo de que realmente é possível viver sem que o “mercado” regule nossas vidas e nossos sonhos.

Joseba Macías (JM) - Uma novidade significativa na América Latina que você bem conhece, é que boa parte dos países do continente passaram a ser governados por organizações que resultam do que poderíamos chamar de uma “reflexão socialista”. Ritmos, tradições e matizes diversas, sem dúvida, mas algo impensável há pouco tempo atrás.

Atilio Borón (AB) - Falando de socialismo em toda a sua extensão, realmente só temos como país socialista, no momento, Cuba. Logo depois há três governos, Venezuela, Equador e Bolívia, que desenvolveram processos de construção da alternativa socialista, processos muito diferentes entre si. E mais, por sorte, no momento no qual já não há mais modelos a copiar. O caso boliviano, por exemplo, se sustenta sobre uma extraordinária capacidade de organização que vem da época pré-colombiana e que deixou em maus lençóis todos os sociólogos pós-modernos que entenderam o ascenso de Evo Morales como uma manifestação precisamente pós-moderna... Na Venezuela, sem embargo, não há uma tradição organizativa nem pré-colombiana, nem pós-colombiana, o que explicaria a importância do papel da liderança de Hugo Chávez. Também Rafael Correa, no Equador, formado no cristianismo progressista da Universidade de Lovina e mais tarde doutorado em Economia em Illinois... Na minha opinião, o resto vai em outra direção. Os governos do Brasil, Argentina, Chile ou Uruguai consideram que a solução dos problemas do capitalismo se encontram no próprio capitalismo. Na Argentina, por exemplo, não resta nenhuma dúvida quando você ouve Kirchner falar. No Brasil, em dois séculos de história do sistema bancário, nunca esse sistema foi tão rentável para o grande capital como nos anos de Lula no poder. Representam mecanismo adaptativos dentro do próprio capitalismo.

Agora: também é certo que estes governos são um suporte fundamental para aqueles outros que citava no início e que estão trabalhando por uma alternativa verdadeiramente socialista. Esse é um fato real e objetivo e a isso não é estranha a forte pressão popular que, desde a base, se desenvolve nos países como Argentina e Brasil. Sem esquecer que todos estes governos da chamada “centro-esquerda” que foram tímidos, pró-capitalistas e amigos dos norte-americanos, correm nos próximos meses sérios riscos de serem desalojados do poder. Entretanto, os governos que levaram adiante com mais audácia processos de mudança, reformando a constituição, a economia, as instituições ou convocando plebiscitos de forma permanente, estão todos muito fortes. Alguma lição haveria de retirar de tudo isso, por exemplo, que quando não és valente, o povo te dá as costas. Os povos preferem o original à cópia.

JM - Gostaria de conhecer também a sua opinião sobre o papel jogado na América Latina pela social-democracia espanhola. Na distância, ao menos, dá impressão de que sua influência é realmente importante na hora de salvaguardar os interesses econômicos das empresas espanholas na região ou de exportar “receitas políticas”.

AB - Sem dúvida nenhuma. A socialdemocracia espanhola basicamente é uma cortina de fumaça que esconde a proteção das políticas de saque que estão levando a cabo muitas das empresas espanholas ali localizadas. Ai está o caso da Repsol, por exemplo. Ou o da Iberia, quando comprou os aviões da Aerolíneas Argentinas e seus escritórios por todo o mundo. Esta socialdemocracia nos vendeu também o modelo do Pacto de Moncloa, como exemplo a “exitosa” transição espanhola e vem apropriando-se paralelamente de muitos meios de comunicação em nome do grupo Prisa que ficaram sujeitos aos grandes ditames dos Estados Unidos: rádios, televisões, diários, revistas, livros escolares... Como no Estado Espanhol. Só que, na América Latina, o fato se agrava pelas condições de pobreza, de atraso cultural, etc.

JM - Na longa lista de países nos quais estão presentes estes interesses não podemos esquecer a Colômbia...

AB: - Exatamente. Sustentando a presença das empresas espanholas com a ajuda desse criminoso comum chamado Álvaro Uribe. Publiquei diversas reflexões e ensaios sobre Uribe, alguns baseados nos documentos desclassificados pelos próprios EUA. Fica claro que já desde 1991, nos informes do DEA, é o homem que articula as relações entre o cartel de Medellín e o Governo colombiano para facilitar os negócios da droga. E isso o disse o próprio DEA. O dossiê de lá para cá é incrível . E aí está a socialdemocracia espanhola apoiando tudo isso... E sem que possamos chegar a explicar diretamente ao povo espanhol, porque o controle dos meios de comunicação é absolutamente feroz.

JM - Terminando, se lhe parecer adequado, falando desta crise planetária que, paradoxalmente, parece fortalecer uma vez mais as opiniões eleitorais dos partidos conservadores em todo o mundo. Como se explica este fenômeno?

AB - Creio que a chave de tudo isso é o reflexo da grande vitória ideológica que o neoliberalismo conseguiu nos últimos quarenta anos. Ficou estabelecido que qualquer alternativa que não seja capitalista representa um delírio, uma aventura, uma salto no vazio. Creio que esta crise não vai ter a forma de um “V”, como dizem alguns, mas um “L” como já ocorreu no Japão a partir da década de 90. Estamos ante uma crise profunda e de muita longa duração. Você acredita que o G20 pode resolvê-la? É absolutamente patético. Nós instruímos os médicos que envenenaram-nos para nos dar o remédio, a curar...

Em definitivo, creio que estamos ante uma crise muito mais grave que as duas crises anteriores, a de 1929 e a de 1973. Em primeiro lugar porque nenhuma destas crises coincidiu com uma crise energética. E mais, em paralelo se desenvolve uma crise alimentar que não tem proporções. Na Europa, na África, na Ásia, na América Latina observamos motins motivados pela fome... Enquanto se utiliza uma área cada vez maior de terra para produção de biocombustíveis. Um exemplo: o pacto Bush-Lula firmado em São Paulo no ano de 2007... E finalmente vamos adicionar o tema das alterações climáticas para entender que esta crise não teve paralelo na história.

Dado este estado de coisas, só podemos pensar na construção de uma verdadeira economia pós-capitalista. Chamemos-lhe como quisermos, se trata definitivamente de avançar no processo de desmercantilização de maneira muito acelerada. Não podemos continuar com critérios mercantis para regular a relação entre nossas sociedades e a natureza. E este deve ser um princípio básico do mundo a construir: desmercantilizar a natureza, a saúde, a educação, a segurança social ....

Rebelión publicou este artigo com a permissão do autor, respeitando sua liberdade para publicá-lo em outras fontes.

O original encontra-se em: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=96979

*Politólogo e Sociólogo argentino. Site: http://www.atilioboron.com.

Traduzido por: Dario da Silva

O Texto acima foi encaminhado pelo Professor da Rede Municipal, Roberto Mansilla.

Voto Obrigatório

Por Luiz Baltar*

Para quem não sabe, o voto tornou-se obrigatório no Brasil na década de 30. Há quase 80 anos carregamos esse fardo. O voto é um direito, ser obrigado a votar, é um fardo.

Defender a manutenção do voto obrigatório nos dias atuais, principalmente com as mesmas justificativas daquela época, nos coloca em uma situação pouco agradável. De eternos ignorantes.

É provável que com o voto facultativo muitas pessoas deixarão de ir às urnas, porém, obrigá-las a votar sem consciência política, dá no mesmo ou até pior, como os fatos tem revelado. São pessoas que votam em qualquer um, naquele que está à frente nas pesquisas, em quem o vizinho pediu, etc.

Votar não é um dever cívico, e sim um direito cívico, uma escolha, não uma obrigação. Da mesma forma que os cidadãos tem outros direitos legais assegurados, obrigar qualquer um a usá-los está na verdade retirando um dos seus direitos básicos, o direito de livre escolha. Queremos poder escolher e não ser obrigados a ter que escolher.

O fato do voto ser obrigatório é mais um motivo para defendermos o voto nulo, neste caso como desobediência civil contra o sistema.

* Luiz Baltar é Professor de Arte

Voto Nulo Anula Eleição?

Por Luiz Baltar*

Não, voto nulo não anula a eleição. A legislação não prevê o cancelamento das eleições por votos nulos e sim por nulidade, o que é outra coisa.

Nulidade são os votos que que por algum motivo de fraude comprovada (em uma urna, seção, etc), entre outros motivos, são excluídos da contagem. Caso a nulidade seja superior a 50% dos votos válidos, neste caso, toda a eleição será cancelada. Lembrando que votos válidos são aqueles que foram atribuídos a um candidato ou legenda, ou seja, excluídos os brancos e nulos.

Na internet há muita divulgação que o voto nulo do eleitor anula a eleição caso totalizem mais de 50% do total de votos válidos. Isso não é verdade, basta ler a legislação eleitoral para confirmar.

Infelizmente não é possível diferenciar os votos nulos que foram conscientemente anulados por qualquer propósito, daqueles que foram anulados porque o eleitor não soube operar corretamente a urna.

Neste ponto podemos concluir que tanto a obrigatoriedade do voto, quanto o uso da urna eletrônica, conspiram contra a democracia. Simplesmente porque nivelam todos os votos nulos como sendo a mesma coisa.

Muitos podem então questionar o motivo para votar nulo, já que o mesmo não tem o poder para anular a eleição. Quem faz essa indagação é porque ainda não entendeu o propósito do movimento. Não estamos nem um pouco interessados em anular qualquer eleição, pois isso não resolveria nenhum problema, queremos criar a capacidade de mobilização da sociedade, esse é o ponto. Mobilizar a sociedade para exigir mudanças no sistema ao invés de continuar alimentando-o, passivamente, através do voto.

*Luiz Baltar é Professor de Arte.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Três Temas

Por Antonio Francisco*

Perseguições: Pobre criminalizado/ E tristeza em muitos lares./ Muitos dos antepassados/ Vindos lá de outros mares./ Ai daquele cuja cor/ É escura ou é parda/ Nossa Carta empacou/ Na injustiça que não tarda./ Correrias pelas ruas/ Carregando bugiganga./ Querem a pobreza nua/ Se possível, só de tanga./ Ambulante de calçada/ Corre atrás do prejuízo./ Repressão não está com nada/ Desde o teto até o piso./ Essa ordem que reprime/ Dá progresso só de capa./ Trabalhar jamais é crime/ Não entende assim o rapa./ Trata como marginal/ Cidadão, em ação bastarda./ Violência oficial/ Protegida pela farda.


Vivência: A cultura é vivência/ Que vem lá da tradição./ Acumula experiência/ Contra alienação./ Sua marca informal/ Não depende de instrução./ Preservar o que é local?/ Autodeterminação./ Processo bem natural/ Se a coisa é mesmo nossa./ Efeito promocional?/ Nem precisa, se tem bossa./ Não carece ser letrado/ Para ser um bom letrista./ E também de doutorado/ Para ser um estadista./ Portanto, não dê abrigo/ À história do esquecer./ Quem só mira o próprio umbigo/ Nem é cego, mas não vê.


Enganadiços: Só palavras de efeito/ Faz com que seja eleito/ Pelo segmento médio./ Essa classe não tem jeito/ Abraçada a preconceitos/ Seduzida pelo assédio./ Dá ouvido ao moralismo/ Graus diversos de cinismo/ Como sempre no passado./ E adora o modismo/ Defende um tal modernismo/ Chique é o globalizado./ Atuante na Internet/ Finge que pinta o sete/ Mas resiste a mudanças./ Tem gordura e estepe/ Já foi contra o CIEP/ Nem aí para as crianças./ Posam de muito atuantes/ Em discurso difamante/ De impressionar um monge./ Mas de fato só falantes/ Foram pelo dominante/ Contra quem veio de longe.


* Antonio Francisco é Professor Aposentado da rede estadual

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Arte e Matemática

Centro de Matemática da Universidade do Porto

Arte e Matemática

Está já acessível online um site promovido pelo Centro de Matemática da Universidade do Porto, dedicado a Arte e Matemática, no endereço seguinte: http://www.fc.up.pt/cmup/arte/

Este site tem como principais objectivos:
1. desenvolver conteúdos que mostrem a enorme diversidade de interacções entre Matemática e Arte,
2. tratar vários temas de Matemática, de uma forma rigorosa, embora elementar (ao nível dos curriculos actuais do ensino secundário), que possam ser úteis para o criador de Arte,
3. desenvolver conteúdos que possam ser usados no ensino da Matemática através da Arte.

Para que o site possa servir os objectivos a que se propõe, pede-se a todos os interessados que o promovam, enviando sugestões e novas ideias, e, se possível, colocando links nas vossas páginas pessoais e institucionais.

Obrigado e saudações
João Nuno Tavares
Centro de Matemática da Universidade do Porto
<http://www.fc.up.pt/cmup>
<http://www.fc.up.pt/mat>
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Pesquisa de economista americano, realizada em países da América Latina, mostra que as práticas de classe são o motivo do sucesso na ilha

Martin Carnoy: "Aproveitar melhor o tempo de aula é o caminho cubano"*

Pesquisa de economista americano, realizada em países da América Latina, mostra que as práticas de classe são o motivo do sucesso na ilha

Rodrigo Ratier (rodrigo.ratier@abril.com.br)

Foto: Marina Piedade
MARTIN CARNOY "Em Cuba, a turma trabalha mais, as perguntas do educador levam todos a pensar e ele não para a toda hora para pedir atenção."
Foto: Marina Piedade

Em 1997, uma pesquisa conduzida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) testou os conhecimentos em Matemática e linguagem de 4 mil alunos de 3ª e 4ª séries de 13 países latino-americanos. Os cubanos têm desempenho muito melhor que os das outras nações. Em 2005, num novo exame, novamente Cuba ocupou o topo da lista. Qual o segredo da ilha para obter resultados tão bons? A pergunta motivou Martin Carnoy, que leciona Educação e Economia da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, a realizar um estudo comparativo entre Cuba, Chile e Brasil. Após filmar aulas de Matemática (disciplina em que o desempenho foi mais desigual nos três países) em 36 escolas e entrevistar funcionários da área de Educação de todos os níveis de governo, além de professores, diretores, estudantes e pais, o americano concluiu que boa parte das diferenças está dentro das próprias salas. "Em Cuba, a turma trabalha mais, as perguntas do educador levam todos a pensar e ele não para a toda hora para pedir atenção." Isso, no entanto, dentro de um ambiente ideologizado e repressivo, o que sugere a necessidade de adaptar as soluções para um contexto democrático. A convite da Fundação Lemann, Carnoy esteve no Brasil em agosto para lançar o livro A Vantagem Acadêmica de Cuba, em que relata as descobertas da pesquisa. Na ocasião, ele detalhou a NOVA ESCOLA o que viu nos três países.

De acordo com sua pesquisa, por que os alunos de Cuba obtêm resultados superiores aos dos outros países da América Latina?
MARTIN CARNOY
Há diversos fatores em jogo, mas eu diria que o principal é o uso eficiente do tempo em sala. Filmamos aulas de Matemática da 3ª série em 36 escolas de Cuba, do Chile e do Brasil e descobrimos que, na ilha, elas são mais focadas na aprendizagem do que nos outros dois países. Como escrevo em meu livro, a qualidade de um sistema educacional depende da qualidade das experiências desenvolvidas em sala de aula.

Com qual atividade o professor brasileiro gasta mais tempo?
CARNOY
Com o trabalho em grupo. Na média das escolas em que pesquisamos, 30% do tempo é dedicado a essa tarefa. No Chile, o índice foi ainda maior, 34%, enquanto em Cuba caiu para 11%. O grande problema é que, na maioria das vezes, os brasileiros estão apenas sentados juntos, ou seja, com as carteiras unidas, mas sem interagir para resolver problemas matemáticos. Cada um trabalha por si ou apenas conversa com os colegas. O verdadeiro trabalho em equipe, que inclui a discussão para resolver a questão proposta, ocorre muito pouco tanto no Brasil como no Chile.

O que toma mais tempo das aulas nas escolas de Cuba?
CARNOY
Lá, 41% do tempo é reservado às tarefas individuais. A vantagem é que os alunos realmente trabalham em 38% do período resolvendo problemas e fazendo exercícios. Enquanto isso, o professor circula entre as carteiras, orientando e tirando dúvidas. Por outro lado, o período dedicado à cópia de instruções é baixo: apenas 2%.

No Brasil, o tempo usado com cópia é maior do que na ilha?
CARNOY
Sim. É três vezes superior ao verificado em Cuba. Numa das salas brasileiras que observamos, a garotada chegou a ficar uma hora copiando enunciados de problemas no caderno, algo que poderia ser resolvido com uma fotocópia ou uma folha mimeografada. Para piorar, não foi explicado o porquê daquele trabalho. Não estou dizendo que o quadro-negro não deva ser utilizado: ele é importante para apresentar conceitos e discuti-los, mas acho que seu uso deve ser rápido. Passar a aula toda escrevendo é, sem dúvida, uma perda de tempo.

Que outras diferenças importantes a pesquisa revelou no que se refere ao uso de tempo?
CARNOY
Descobrimos que no Chile e no Brasil despende-se o dobro dos minutos em transições de atividades ou interrupções, como pedidos de silêncio. Isso indica que a prática cubana é mais eficiente, mas também pode ter a ver com o tamanho médio das turmas. Em Cuba, as classes que analisamos tinham em média 17,9 crianças, enquanto nas brasileiras havia 27,9, e nas chilenas, 37,1.

O estudo enfoca ainda o tipo de pergunta feito à meninada. O que os dados demonstram?
CARNOY
Dividimos as questões em três categorias: as repetitivas, as que têm respostas curtas e as mais complexas, que exigem a explicação do raciocínio usado - em Matemática, é essencial descrever o processo que se está aprendendo. Em Cuba, perguntas desse último tipo aparecem em 55% das aulas. Percebi que no Brasil o mesmo não ocorre. Aqui, predominam as perguntas repetitivas, geralmente respondidas em coro. Isso quando são feitas, pois em 25% das aulas brasileiras a que assistimos elas não existiram. Também há pouca discussão sobre os equívocos. Quando alguém comete um erro, o educador geralmente apaga e chama outro para o quadro. Seria muito mais produtivo perguntar: "Onde está o problema? Por que a solução está incorreta?" Do contrário, ninguém entenderá onde errou.

O material didático apresenta diferenças significativas nos três países?
CARNOY
No Brasil, os livros didáticos são abrangentes, mas pouco profundos. Digo que têm 1 quilômetro de diâmetro e 1 centímetro de profundidade. Eles também possuem muitas informações teóricas, provavelmente para servir como guia de apoio ao docente, já que a formação dele é fraca. Na maioria das vezes, ele não consegue apresentar todo o conteúdo trazido pelo material. Em Cuba, há menos variedade de temas, mas cada assunto é explorado detalhadamente e com mais exercícios. O resultado é que no Brasil é bem menor a exigência em termos de habilidades cognitivas.

Como todos esses fatores interferem no desempenho dos alunos?
CARNOY
Entre as três nações, o Brasil ficou em último no nível de proficiência matemática. Em uma escala que vai até 5, ele tirou 2,2, enquanto o Chile ficou com 3,2, e Cuba, com 3,8. Numa das salas brasileiras, a compreensão dos conceitos não atingiu nem o nível básico, pois as atividades se baseiam quase exclusivamente na memorização e na cópia mecânica. O país também teve a pior posição quanto à média de atenção dos estudantes e ao grau de disciplina. Pela linguagem corporal e pelas atitudes em sala, é visível quando os brasileiros ficam entediados. Aí, se desligam da tarefa e passam a brincar ou a participar de conversas paralelas. No outro extremo estão os cubanos, que têm um envolvimento maior. Muito disso se deve ao bom planejamento. Quando alguém termina uma tarefa, já se apresenta outro desafio. Então, não dá tempo de se aborrecer.

Por que os educadores cubanos conhecem os alunos melhor do que os brasileiros?
CARNOY
Primeiro porque a rotatividade dos estudantes cubanos é bem menor do que nas escolas brasileiras. Eles tendem a ficar por vários anos na escola em que ingressam. Segundo porque em Cuba os mestres seguem com a mesma turma da 1ª à 6ª série. Além de terem maior familiaridade com ela, já conhecem os problemas e se esforçam para que não se repitam no ano seguinte.

De que maneira a equipe gestora colabora para a qualidade do ensino?
CARNOY
O ponto principal é que, em Cuba, diretores e vice-diretores supervisionam de perto o trabalho docente entrando constantemente em sala para ver se o currículo está sendo cumprido e como é ensinado. Os educadores estão acostumados a ser apoiados didaticamente e ser avaliados pelos gestores. É um trabalho focado no aprendizado. Além disso, os diretores conhecem muito bem os estudantes e as medidas adotadas para garantir que cada um avance.

Além do que ocorre dentro da escola, que outros fatores podem influenciar a aprendizagem?
CARNOY
O modelo que utilizamos inclui o chamado capital social gerado pelo Estado, que diz respeito à atuação do governo na organização do sistema educacional. Ao definir o currículo, a distribuição de alunos pelas escolas, o recrutamento e a formação docente em serviço, o Estado tem um impacto importante na atmosfera da sala. Isso se reflete no comportamento dos pequenos, nas poucas faltas dos professores e no compromisso deles e dos gestores com a melhoria da aprendizagem, além da expectativa dos pais em relação à escola. Somam-se a esse cenário a garantia de condições de saúde e de segurança e o combate ao trabalho infantil, que também são essenciais à aprendizagem. No entanto, em virtude da atuação da administração governamental centralizada e hierárquica, os métodos de ensino e o currículo são rigidamente impostos. Como não se trata de uma democracia, o ambiente estimulante para o estudo não ocorre com a participação das famílias em reuniões de conselhos escolares, por exemplo.

A formação dos professores em Cuba é de melhor qualidade?
CARNOY
Sim, especialmente em Matemática. Primeiro porque os estudantes aprendem um bom conteúdo no Ensino Médio e isso tem um efeito importante na forma de atuar quando se tornaram professores. Segundo porque a formação inicial tem foco claro em como ensinar o currículo nacional. No Brasil, além de a Educação Básica ser mais fraca, a formação inicial ou é insuficiente, ou é excessivamente teórica. Os recém-formados sabem muito sobre teorias do ensino e pouco sobre como ensinar.

Como a ilha consegue atrair bons profissionais pagando salários de cerca de 35 reais?
CARNOY
Os salários lá são fixados pelo Estado - que supre necessidades básicas, como moradia e alimentação - e, de fato, os educadores ganham mal. Mas, como a economia de mercado é muito pequena, as outras profissões também são mal remuneradas. Essa situação vem mudando nas províncias turísticas, onde as economias são dolarizadas e uma arrumadeira de hotel pode ganhar o triplo de um professor. Por enquanto, quem se sai bem no Ensino Médio ainda é atraído para o Magistério, considerado uma profissão de relativo prestígio. No Brasil, é preciso recuperar o salário do setor para que ele se equipare ao de outras ocupações de nível superior e atraia os melhores. O Chile deu um passo importante: nos últimos 13 anos, triplicou o salário dos docentes. Como resultado, a nota mínima para ingresso nas faculdades de Educação subiu até 10% entre 1998 e 2001.

Seu livro afirma ainda que a desigualdade também interfere no resultado educacional. Como isso ocorre?
CARNOY
Em geral, as crianças frequentam escolas com colegas muito parecidos em termos socioeconômicos. No Brasil, 80% das famílias que estão entre os 20% mais pobres da pirâmide social mandam os filhos para escolas que atendem moradores de lares com rendas similares. De um lado, o resultado é uma concentração dos que têm origem semelhante em uma mesma instituição. Nas escolas de classe baixa, como a clientela tem uma procedência familiar muito parecida - em geral, com pais pouco escolarizados -, não há bons modelos em que se inspirar. Além disso, nossa pesquisa mostra que esse tipo de escola atrai os piores mestres, que possuem expectativas reduzidas sobre o que a garotada pode aprender.

Para finalizar, quais lições de Cuba o Brasil não deveria seguir?
CARNOY
Penso que por aqui existe muito mais liberdade de crítica e de questionamento. Há mais caminhos para ser criativo no Brasil do que em Cuba. A possibilidade de um profissional de Educação dizer "Eu não concordo com isso" e não ser punido de alguma forma simplesmente por não se ajustar à ideologia dominante é fundamental.

Quer saber mais?

BIBLIOGRAFIA
A Vantagem Acadêmica de Cuba, Martin Carnoy, 272 págs., Ed. Ediouro, tel. (11) 3051-7000, 19,90 reais

*Texto encaminhado pelo Professor Sergio Teixeira

Audiência com Cláudia Costin no dia 18 de dezembro: Veja o que foi discutido

A direção do Sepe teve uma audiência com a secretária municipal de Educação, Cláudia Costin, no dia 12 de dezembro. No encontro, a direção do sindicato apresentou as reivindicações da categoria e questionou a política pedagógica implementada pela SME ao longo deste ano nas escolas da rede municipal. Um dos pontos destacados pela direção do Sepe na audiência foi a questão do novo plano de carreira para a Educação Municipal que está sendo elaborado pela secretaria sem uma discussão com a categoria. Veja o que foi discutido na reunião.

Férias em janeiro: A secretária abriu a audiência, afirmando que todos os professores e auxiliares de creche terão férias em janeiro (segundo ela, colônia de férias não é tarefa de professor).

Plano de Carreira: Ela informou que apenas as prefeituras que pagam salários abaixo do piso tinham prazo para apresentação de um plano de carreira até o final de dezembro. Segundo Costin, a discussão do novo plano está em curso no interior da SME, mas ela disse que a idéia do governo é de discutir o conteúdo do mesmo com o sindicato, para que a categoria aponte os pontos relevantes de seu interesse. A secretária disse que, no mês de janeiro, os trabalho vão ter continuidade, mas que é necessário um parecer da equipe econômica do governo municipal para que sejam verificados os impactos finaneceiros do mesmo.

Cláudia Costin defendeu a carga horária de 40 horas para os professores, alegando que isto seria importante para cobrir a falta de professores. Ela afirmou que os docentes antigos terão o direito de optar pela ampliação ou manunteção da carga horária de trabalho e que todas as vantagens serão garantida s para o quadro de 16 horas, que seriam passados para um quadro suplementar. Para o caso dos novos concursos, será adotada a carga horária de 40 horas. Segundo ela, o salário será mais atraente do que ter duas matrículas, citando como exemplo para a defesa do aumento da carga horária os casos de países, como a Coreia, EUA e da Europa.

Ela firmou um compromisso perante a direção do Sepe de que o governo não encaminhará o plano antes de apresentar para a categoria uma minuta do mesmo, o que não signigica que a SME irá incorporar a s nossas sugestões ou críticas. Costin deu prazo até meados de fevereiro/início de março para apresençaõ de uma versão preliminar do plano para a categoria.

Funcionários: Ela informou que não pensa em colocar na mesma carreira os professores e funcionários, alegando que tentou fazer isto com os auxiliares de creche e as polêmicas geradas fizeram com que a SME recuasse. Segundo Cláudia Costin, a idéia é apresentar uma proposta de “plano de carreira para funcionários da educação”.

Merendeiras: A secretária identifica que estas profissionais “estão com problemas de saúde”. Ela disse que a visita às cozinhas das escolas comprovou a precariedade das condições de trabalho e que seria necessário um novo perfil para as merendeiras. A proposta dela é a de que as merendeiras deverão ser lotadas prioritariamente em escolas pequenas e creches e que as novas contratações deverão se dar à partir da COMLURB, pois esta empresa “teria mais experiência para a gestão de tal função, que exige condições físicas do profissional e estudos sobre as condições ergonômicas para um melhor exercício das funções.”

Ela garantiu que as merendeiras concursadas serão nomeadas para as escolas pequenas e creches. Sobre a lotação, ela informou que as profissionais não serão retiradas de forma compulsória das suas respectivas escolas e que os casos ocorridos são uma questão de gestão.

Sobre a carga de 30 horas para funcionários Costin diz não ver vantagem na diminuição da carga horária das merendeiras. Ela usou o exemplo da carga de 16 horas dos docentes, mostrando que apenas no Rio de Janeiro existe tal carga, e que ela seria uma estratégia de governos na década de 70 para não conceder reajustes salariais.

Política Pedagógica: A secretária elogiou os projetos em curso, afirmando que a rede deu “um salto de qualidade” e que, em 2010, serão consolidados os projetos implementados neste ano. Quando questionada sobre a utilização de voluntários, estagiários e alunos do ensino médio na recuperação paralela, ela alegou ser opção das escolas. Ela afirmou ainda, que a rede teve sucesso como programa de realfabetização para aqueles alunos considerados analfabetos funcionais.

Ao ser criticada pelas provas que continham as mesmas questões de avaliações anteriores afirmou ser uma “estratégia pedagógica” e que tal estratégia será mantida. Que a repetição de questões não significou necessariamente em acerto das mesmas pelos alunos. Que todas as escolas e professores tiveram acesso a informações sobre as provas.


Prova de segunda época: A secretária disse que tal decisão “pegou as pessoas no susto”, que não será assim no ano que vem. Que será lançada uma RESOLUÇÃO no início do ano que vem, normatizando o processo de avaliação. Que os professores terão duas semanas sem alunos para se capacitar, e que neste período será editada a nova resolução. Ela informou que já estão enviando para as escolas o calendário das provas para o ano que vem, que também será realizada uma prova de Ciências. Sobreo alto índice de reprovação na rede neeste ano, Costin afirmou que a rede voltou a reprovar, que são 49 mil reprovados e que 55 mil terão a segunda chance. Significa mais de 25% de reprovados na rede.

Financiamento/novos investimentos: Ela deixou claro que esta é uma questão de competência da Secretaria Municipal de Fazenda.

Remoção: Segundo a secretária, foi oferecido 60% de vagas em escolas do amanhã, 20% em escolas com baixo IDEB e 20% nas demais unidades escolares. Que foi decisão da Coordenadoria Escolar e de Gestão, que dentro das CRE's já está se realizando cessões, terão novas cessões em fevereiro e posteriormente serão abertas as duplas regências.

Conselho Municipal de Educação: A secretária informou que o Sepe pode participar das plenárias, que são abertas, uma vez que perdeu o prazo para encaminhar seu representante e que irá consultar o Conselho sobre a possibilidade de algum membro efetivo abrir mão de seu acento para o Sindicato.

Sobre o problema do Ciep João Batista na Cidade de Deus onde uma UPA está sendo construída acarretando transtornos e redução de carga horária para os alunos, informou que a UPA irá beneficiar os alunos e a comunidade, que não há motivo para que os alunos estejam sendo liberados antes da hora, que a secretaria irá entrar em contato com a direção da escola.

Sobre o problema da falta de pagamento para os projetos Cientistas do Amanhã, Fórmula da Vitória ela informou que o pagamento já foi efetuado no dia 18 de dezembro.

Concursos: A secretária informou que vão acontecer novas nomeações utilizando o banco de PII e demais áreas. Que será realizado concurso para Língua Estrangeira.

Relação com o Sindicato: Costin afirmou que houve uma “quebra de confiança”, que considerou a campanha do Sepe pela não correção das provas numa atitude “anti-aluno”, disse que não pode haver distorção ao passar para a categoria o que é discutido nas audiências, mas que o processo de diálogo está sendo retomado.

PEJA e Eleição para Diretoras de escolas: A Secretária afirmou que a intenção é de ampliar (citou como exemplo a Maré) tanto para diurno quanto para noturno, que o problema é ter professor. Defendeu o processo sucessório para direções de escolas que na sua opinião acaba com o clientelismo.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Quatro frases que fazem o nariz do Pinóquio crescer

Por Eduardo Galeano*

1 – Somos todos culpados pela ruína do planeta.

A saúde do mundo está feito um caco. ‘Somos todos responsáveis’, clamam as vozes do alarme universal, e a generalização absolve: se somos todos responsáveis, ninguém é. Como coelhos, reproduzem-se os novos tecnocratas do meio ambiente. É a maior taxa de natalidade do mundo: os experts geram experts e mais experts que se ocupam de envolver o tema com o papel celofane da ambiguidade. Eles fabricam a brumosa linguagem das exortações ao ‘sacrifício de todos’ nas declarações dos governos e nos solenes acordos internacionais que ninguém cumpre. Estas cataratas de palavras – inundação que ameaça se converter em uma catástrofe ecológica comparável ao buraco na camada de ozônio – não se desencadeiam gratuitamente. A linguagem oficial asfixia a realidade para outorgar impunidade à sociedade de consumo, que é imposta como modelo em nome do desenvolvimento, e às grandes empresas que tiram proveito dele. Mas, as estatísticas confessam. Os dados ocultos sob o palavreado revelam que 20 por cento da humanidade cometem 80 por cento das agressões contra a natureza, crime que os assassinos chamam de suicídio, e é a humanidade inteira que paga as consequências da degradação da terra, da intoxicação do ar, do envenenamento da água, do enlouquecimento do clima e da dilapidação dos recursos naturais não-renováveis. A senhora Harlem Bruntland, que encabeça o governo da Noruega, comprovou recentemente que, se os 7 bilhões de habitantes do planeta consumissem o mesmo que os países desenvolvidos do Ocidente, “faltariam 10 planetas como o nosso para satisfazerem todas as suas necessidades.” Uma experiência impossível.

Mas, os governantes dos países do Sul que prometem o ingresso no Primeiro Mundo, mágico passaporte que nos fará, a todos, ricos e felizes, não deveriam ser só processados por calote. Não estão só pegando em nosso pé, não: esses governantes estão, além disso, cometendo o delito de apologia do crime. Porque este sistema de vida que se oferece como paraíso, fundado na exploração do próximo e na aniquilação da natureza, é o que está fazendo adoecer nosso corpo, está envenenando nossa alma e está deixando-nos sem mundo.

2 – É verde aquilo que se pinta de verde.

Agora, os gigantes da indústria química fazem sua publicidade na cor verde, e o Banco Mundial lava sua imagem, repetindo a palavra ecologia em cada página de seus informes e tingindo de verde seus empréstimos. “Nas condições de nossos empréstimos há normas ambientais estritas”, esclarece o presidente da suprema instituição bancária do mundo. Somos todos ecologistas, até que alguma medida concreta limite a liberdade de contaminação.

Quando se aprovou, no Parlamento do Uruguai, uma tímida lei de defesa do meio-ambiente, as empresas que lançam veneno no ar e poluem as águas sacaram, subitamente, da recém-comprada máscara verde e gritaram sua verdade em termos que poderiam ser resumidos assim: “os defensores da natureza são advogados da pobreza, dedicados a sabotarem o desenvolvimento econômico e a espantarem o investimento estrangeiro.” O Banco Mundial, ao contrário, é o principal promotor da riqueza, do desenvolvimento e do investimento estrangeiro. Talvez, por reunir tantas virtudes, o Banco manipulará, junto à ONU, o recém-criado Fundo para o Meio-Ambiente Mundial. Este imposto à má consciência disporá de pouco dinheiro, 100 vezes menos do que haviam pedido os ecologistas, para financiar projetos que não destruam a natureza. Intenção inatacável, conclusão inevitável: se esses projetos requerem um fundo especial, o Banco Mundial está admitindo, de fato, que todos os seus demais projetos fazem um fraco favor ao meio-ambiente. O Banco se chama Mundial, da mesma forma que o Fundo Monetário se chama Internacional, mas estes irmãos gêmeos vivem, cobram e decidem em Washington. Quem paga, manda, e a numerosa tecnocracia jamais cospe no prato em que come. Sendo, como é, o principal credor do chamado Terceiro Mundo, o Banco Mundial governa nossos escravizados países que, a título de serviço da dívida, pagam a seus credores externos 250 mil dólares por minuto, e lhes impõe sua política econômica, em função do dinheiro que concede ou promete. A divinização do mercado, que compra cada vez menos e paga cada vez pior, permite abarrotar de mágicas bugigangas as grandes cidades do sul do mundo, drogadas pela religião do consumo, enquanto os campos se esgotam, poluem-se as águas que os alimentam, e uma crosta seca cobre os desertos que antes foram bosques.

3 – Entre o capital e o trabalho, a ecologia é neutra.

Poder-se-á dizer qualquer coisa de Al Capone, mas ele era um cavalheiro: o bondoso Al sempre enviava flores aos velórios de suas vítimas... As empresas gigantes da indústria química, petroleira e automobilística pagaram boa parte dos gastos da Eco 92: a conferência internacional que se ocupou, no Rio de Janeiro, da agonia do planeta. E essa conferência, chamada de Reunião de Cúpula da Terra, não condenou as transnacionais que produzem contaminação e vivem dela, e nem sequer pronunciou uma palavra contra a ilimitada liberdade de comércio que torna possível a venda de veneno.

No grande baile-de-máscaras do fim do milênio, até a indústria química se veste de verde. A angústia ecológica perturba o sono dos maiores laboratórios do mundo que, para ajudarem a natureza, estão inventando novos cultivos biotecnológicos. Mas, esses desvelos científicos não se propõem encontrar plantas mais resistentes às pragas sem ajuda química, mas sim buscam novas plantas capazes de resistir aos praguicidas e herbicidas que esses mesmos laboratórios produzem. Das 10 maiores empresas do mundo produtoras de sementes, seis fabricam pesticidas (Sandoz-Ciba-Geigy, Dekalb, Pfizer, Upjohn, Shell, ICI). A indústria química não tem tendências masoquistas.

A recuperação do planeta ou daquilo que nos sobre dele implica na denúncia da impunidade do dinheiro e da liberdade humana. A ecologia neutra, que mais se parece com a jardinagem, torna-se cúmplice da injustiça de um mundo, onde a comida sadia, a água limpa, o ar puro e o silêncio não são direitos de todos, mas sim privilégios dos poucos que podem pagar por eles. Chico Mendes, trabalhador da borracha, tombou assassinado em fins de 1988, na Amazônia brasileira, por acreditar no que acreditava: que a militância ecológica não pode divorciar-se da luta social. Chico acreditava que a floresta amazônica não será salva enquanto não se fizer uma reforma agrária no Brasil. Cinco anos depois do crime, os bispos brasileiros denunciaram que mais de 100 trabalhadores rurais morrem assassinados, a cada ano, na luta pela terra, e calcularam que quatro milhões de camponeses sem trabalho vão às cidades deixando as plantações do interior. Adaptando as cifras de cada país, a declaração dos bispos retrata toda a América Latina. As grandes cidades latino-americanas, inchadas até arrebentarem pela incessante invasão de exilados do campo, são uma catástrofe ecológica: uma catástrofe que não se pode entender nem alterar dentro dos limites da ecologia, surda ante o clamor social e cega ante o compromisso político.

4 – A natureza está fora de nós.

Em seus 10 mandamentos, Deus esqueceu-se de mencionar a natureza. Entre as órdens que nos enviou do Monte Sinai, o Senhor poderia ter acrescentado, por exemplo: “Honrarás a natureza, da qual tu és parte.” Mas, isso não lhe ocorreu. Há cinco séculos, quando a América foi aprisionada pelo mercado mundial, a civilização invasora confundiu ecologia com idolatria. A comunhão com a natureza era pecado. E merecia castigo. Segundo as crônicas da Conquista, os índios nômades que usavam cascas para se vestirem jamais esfolavam o tronco inteiro, para não aniquilarem a árvore, e os índios sedentários plantavam cultivos diversos e com períodos de descanso, para não cansarem a terra. A civilização, que vinha impor os devastadores monocultivos de exportação, não podia entender as culturas integradas à natureza, e as confundiu com a vocação demoníaca ou com a ignorância. Para a civilização que diz ser ocidental e cristã, a natureza era uma besta feroz que tinha que ser domada e castigada para que funcionasse como uma máquina, posta a nosso serviço desde sempre e para sempre. A natureza, que era eterna, nos devia escravidão. Muito recentemente, inteiramo-nos de que a natureza se cansa, como nós, seus filhos, e sabemos que, tal como nós, pode morrer assassinada. Já não se fala de submeter a natureza. Agora, até os seus verdugos dizem que é necessário protegê-la. Mas, num ou noutro caso, natureza submetida e natureza protegida, ela está fora de nós. A civilização, que confunde os relógios com o tempo, o crescimento com o desenvolvimento, e o grandalhão com a grandeza, também confunde a natureza com a paisagem, enquanto o mundo, labirinto sem centro, dedica-se a romper seu próprio céu.

Freely-translated from Spanish by Arthur Goncalves Filho on December 5, 2009

* Texto encaminhado pela Professora Vera Nepomuceno

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Inscrições abertas para curso gratuito de especialização em Educação Física Escolar na UFF

Estarão abertas de 18 de janeiro a 23 de fevereiro as inscrições para o 21º curso de especialização “lato sensu” em Educação Física Escolar do Programa de Pós-Graduação do Departamento de Educação Física na UFF.
O curso é inteiramente gratuito.
Serão 20 vagas no total, ministradas às terças e quintas-feiras, das 18 às 21h30.
Outras informações no Departamento de Educação Física, Campus do Gragoatá (Uffão, em frente à Concha Acústica), São Domingos, Niterói, ou pelo site www.uff.br/gef.

Vereadores mantém veto ao projeto que cria o Calendário Unificado Escolar

Os vereadores do Rio decidiram nesta quinta-feira, 17 de dezembro, por 14 votos a favor e 21 contra, manter o veto ao projeto de lei nº 297-A/2009, de autoria do vereador Reimont, que institui o Calendário Escolar Unificado do Município. Com a decisão, o projeto vai para o arquivo.

Confira esta notícia em: http://spl.camara.rj.gov.br/noticias/mais_noticias_ascom_int.php?id_noticia=712

Carta dos Aposentados da Educação aos Candidatos a Postos Eletivos no Executivo e Legislativo do Estado e Municípios do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 2009.


Carta aos candidatos a postos eletivos no executivo e legislativo do Estado e municípios do Rio de Janeiro

Nós, profissionais da educação aposentados, reunidos em Itaguaí no 33o Encontro Estadual de Aposentados da Educação do SEPE/RJ, dirigimos esta carta aos candidatos aos postos eletivos do executivo e legislativo. Sabemos que a educação sempre é colocada como prioridade para os políticos de plantão.
Governos se revezam no poder sempre usando a educação pública como promessa de campanha, mas ao assumirem o "poder", deixam de investir o mínimo constitucional.

A política de gratificação e abonos destrói a paridade e integralidade.
As reformas levadas a cabo pelos governos têm atingido duramente a classe trabalhadora e, em especial os aposentados/as e pensionistas, com reflexo direto no atendimento à população dos serviços essenciais que garantam condições mínimas para a cidadania.

A fome, a miséria, o desemprego e a violência materializam o modelo de desenvolvimento que flagela o nosso país.
Sendo assim, consideramos fundamental reafirmarmos o contido na Declaração Universal dos Direitos Humanos, econômicos, sociais, culturais e ambientais.

Exigimos dos candidatos a cargos eletivos, tanto no executivo quanto no legislativo, compromissos públicos com as seguintes questões:

- Fim do fator previdenciário;
- Implementação do Programa de Direitos Humanos em todos seus aspectos;
- Fim da política de abonos e gratificações;
- Sistema de saúde que contemple a especificidade de atendimento contínuo ao aposentado/idoso;
- Garantia de reajuste anual, respeitando a data base negociada com o sindicato.

Itaguaí, 10 de Novembro de 2009.

33o Encontro Estadual de Aposentados da Educação do SEPE/RJ

Carta dos Aposentados da Educação ao Governador Sergio Cabral

Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 2009.


Exmo Sr. Governador do Estado do Rio de Janeiro.
MD. Sr. Sérgio Cabral Filho

Nós, aposentados/as da educação, filiados/as ao Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação - SEPE/RJ, reunidos/as no 33º Encontro Estadual de Aposentados/as da Educação em Itaguaí, de 09 a 11 de Novembro de 2009, vimos solicitar a V. Exª empenho em aperfeiçoar com urgência e de forma mais justa a lei 5539/09, recém sancionada.

A proposta de incorporação da gratificação Nova Escola cria distorções tanto para profissionais de início de carreira, quanto para aposentados - em especial. O longo prazo para concluir a implementação (até 2015) causa preocupação e tristeza. Terá o/a aposentado/a vida longa para usufruir tão esperada gratificação?

Para amenizar as distorções propomos:

* Incorporação da gratificação pelo seu nível máximo (R$435,00) a partir do nível 1, obedecendo o percentual interníveis de 12% previsto no Plano de Carreira do Magistério;

* Incorporação do valor máximo (R$217,50) mantendo o interstício previsto no Plano de Carreira do Pessoal Administrativo;

* Conclusão da incorporação ainda nesta gestão (final de 2010);

* Garantia de reajuste anual sobre os valores acumulados.

Sr. Governador, a marca impressa por V. Exª em sua vida pública, a defesa dos aposentados e as promessas de campanha, fez com que muitos de nós profissionais de educação e aposentados em especial, nos tornássemos seus eleitores.

Com a certeza da sensibilidade de Vª Exª as nossas postulações, subscrevemo-nos.

Atenciosamente,

33o Encontro Estadual de Aposentados da Educação do SEPE/RJ

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Sepe se reuniu com Tereza Porto

O Sepe teve audiência com secretária de Educação estadual, Tereza Porto, anteontem, dia 15. Eis os principais assuntos discutidos:

1) Adicional de Qualificação: a SEE apresentou a resolução que dispõe sobre os procedimentos para requerer esta gratificação que foi discutida com a direção do SEPE. A resolução será publicada ainda em dezembro.

2) Animadores Culturais: a dívida do governo com o INSS está sendo negociada entre SEPLAG e INSS. Os casos específicos encaminhados pelo coletivo de Animadores serão resolvidos o mais breve possível (já houve ordem de pagamento). Não há intenção de realizar novos concursos para animadores. A animação cultural foi absorvida na estrutura da SEE e, segundo palavras da secretária, “agora que tiveram valorização salarial, serão cobrados”.

3) Funcionários Administrativos: a SEE reconhece que este foi o setor mais prejudicado em 2009 e se compromete a negociar as demandas no início do ano. A secretária afirmou que “Embora não tenhamos discutido o papel do funcionário de apoio (sic!) na escola, o descongelamento do plano de carreira deles é a próxima pauta”.

4) Enquadramento: todos os processos estão parados na SEPLAG. Reconhecem que se a SEPLAG não liberar tais processos em janeiro, haverá problemas sérios com os novos processos em março. A direção do Sepe cobrou uma audiência conjunta com a SEE e SEPLAG para encaminhar este ponto.

5) Concurso para Orientadores Educacionais e Pedagógicos: a secretária confirmou a sua realização em 2010, mas não apontou prazos.

6) Municipalização: a SEE continua afirmando que a prioridade é ceder os professores docentes II para as prefeituras, mantendo-os na própria escola municipalizada. Depois tentará resolver cada caso dentro da coordenadoria. Cobramos que este processo não é tranqüilo e a SEEDUC solicitou que encaminhássemos os casos complicados. A secretária continua afirmando que a municipalização só ocorrerá em municípios onde o IDEB for maior do que o Estado.

7) Código 61: o subsecretário Marcos Medina se comprometeu em discutir com o governo. Lembramos que a demora nesta decisão prejudica funcionalmente muitos profissionais da educação.

8) Pagamento da ação ganha pelo Sepe sobre o desconto previdenciário indevido: a equipe da SEE espera o retorno da Procuradoria Geral do Estado e só depois apresentará um calendário.

9) Novo Concurso para professores: denunciamos a existência de professores no banco de espera do último concurso e a secretária pediu que encaminhássemos por escrito os casos, alegando que é intenção da secretaria chamar os professores que estiverem neste caso.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

PREFEITURA E SME DEVEM LANÇAR PROPOSTA DE PLANO DE CARREIRA AO APAGAR DAS LUZES DE 2009

PAES E COSTIN PREPARAM GOLPE!!
PREFEITURA E SME DEVEM LANÇAR PROPOSTA DE PLANO DE CARREIRA AO APAGAR DAS LUZES DE 2009
Estranhamente a secretária de Educação Municipal Claudia Costin cancelou a audiência que teria com o Sepe, marcada para esta sexta-feira,11/12. A alegação para o cancelamento é que a secretária irá se encontrar com o prefeito Eduardo Paes.
O Sepe apurou que a reunião iria discutir a proposta de plano de carreira.
Precisamos ficar em ESTADO DE ALERTA, pois mais um golpe contra a educação pública da cidade do Rio de janeiro está sendo preparado, a exemplo do que aconteceu na rede estadual.
Tendo em vista as últimas medidas divulgadas pela SME do Rio, o Sepe convoca todos os profissionais da rede municipal para a assembléia geral nesta terça-feira, 15 de dezembro, às 18 horas no auditório do Sepe, que fica na Rua Evaristo da Veiga, 55 – 7º andar, próximo à Cinelândia.
CEIA DA MISÉRIA
Sepe também vai promover no dia 15 de dezembro a Ceia da Miséria, a partir das 14 horas na Cinelândia, com objetivo de denunciar a situação de penúria a que está submetida toda a educação pública do Rio de Janeiro por causa do descaso dos governos do estado e do município.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Funcionários têm o ponto liberado para Encontro

O Sepe conseguiu junto a SME a liberação do ponto de um funcionário por escola para a participação no Encontro de Funcionários do SEPE.

Já a SEE liberou o ponto de todos os funcionários. O dia 11 cai em uma uma sexta-feira.

Local: Arcos Rio Palace Hotel, Avenida Mem de Sá, 117 Centro (Lapa)

Data: 11 e 12 de dezembro de 2009 de 09 às 18 horas

Informações pelos telefones:
2195-0450
(08 às 20 h)
2564-2194
(09 às 15 h)

Somos Educadores!
Não somos escravos!
Não é minha função, não faço!

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