Mesmo após negociação entre o Sepe, manifestantes e um oficial do 5o BPM durante toda a noite de sábado, 28/9, a pedido do presidente da Câmara de Vereadores José Jorge e do Prefeito Eduardo Paes o governador Sérgio Cabral ordenou que soldados do Batalhão de Choque da Polícia Militar iniciassem a desocupação da Câmara.
Manifestantes são violentamente reprimidos
do lado de fora
A
violência começou quando polícia de Cabral usou gás de pimenta contra
manifestantes que se encontram próximo à rua Evaristo da Veiga. Vários profissionais
foram feridos por causa do uso indiscriminado de gás de pimenta e de agressões
da tropa da PM contra manifestantes que tentavam impedir a entrada de mais
policiais na Câmara.
Manifestantes
que apoiavam os professores e funcionários da ocupação (a maioria formada por
mulheres), foram atingidos por bombas de efeito moral, bombas de gás, gás de
pimenta e cassetetes. Foram usadas armas de choque e um dos manifestantes,
mesmo desmaiado, foi levado pela polícia.
Dentro
do plenário a ação truculenta da Polícia Militar obrigou os profissionais a
saírem da Câmara. Os profissionais de educação Gustavo Kelly e Ercio Novaes, que
estavam na ocupação foram presos, além de outros dois manifestantes.
Acompanhados pelo Dept. Jurídico do Sepe todos os detidos na 5ª DP foram
liberados.
Integrantes
da categoria também registraram, no mesmo local, queixas contra o comando da PM
por retirar à força os professores e funcionários administrativos da Câmara,
sem uma ordem específica da Justiça.
Ato em frente à Câmara
Já
no domingo, 29/9, os grevistas que estavam acampando receberam a solidariedade
outros manifestantes e realizaram ato em frente à Câmara de Vereadores, em
protesto contra a retirada violenta pela PM na noite anterior e que provocou
ferimentos em dezenas de pessoas.