quarta-feira, 22 de junho de 2011

Governo responderá até o dia 15 de julho às principais reivindicações salariais



Em audiência realizada ontem (22), o governo do Estado se comprometeu a responder até o dia 15 de julho se atenderá ou não às principais reivindicações salariais da categoria: reajuste salarial de 26%, descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos e antecipação das parcelas da incorporação do Nova Escola. A audiência contou com a presença da direção do SEPE, dos secretários de Planejamento e de Educação, além de deputados estaduais. O Sindicato procurou mostrar a justiça e a viabilidade destas propostas apresentando dados da receita estadual e comparações salariais com outras redes públicas. O governo estadual teve que admitir que o salário dos profissionais da educação é baixo, mas não se mostrou disposto a apresentar uma proposta concreta na reunião, remetendo ao prazo de 15 de julho.

Ainda na audiência, ficou acertado que o reajuste da GLP será pago com o salário de Junho e que um novo lote de enquadramento por formação virá com o salário de julho. Neste lote, segundo os secretários, estarão incluidos os professores 40 horas que aguardam ansiosamente por este direito.

Sobre as escolas compartilhadas que estão ameaçadas de fechamento, o secretário de educação informou que nada ocorrerá até o final de julho, quando os relatórios das equipes que estão visitando as escolas devem estar finalizados. Informou ainda que não haverá junção de turmas e que os problemas de segurança serão considerados no momento de definir as mudanças. Solicitamos que, antes de qualquer transferência ou mudança, o secretário receba uma comissão de profissionais destas escolas em conjunto com a direção do SEPE, proposta que foi aceita pelo secretário Risolia.

Por fim, o Secretário de Educação solicitou que o sindicato suspendesse o boicote ao SAERJ. A direção do SEPE informou que esta é uma decisão soberana da assembléia da categoria e que somos contrários a qualquer avaliação externa, meritocrática e vinculada a remunerações variáveis. Acreditamos na avaliação mediadora e diagnóstica e não em medidas classificatórias e discriminadoras como o Plano de Metas.

Prefeitura do Rio só concede 6,56% – categoria mobilizada por reajuste digno de 21%

OUTDOOR DA CAMPANHA NA VISCONDE DE SANTA ISABEL (TIJUCA)


OUTDOOR DA CAMPANHA NA FREI CANECA (CENTRO)

A prefeitura do Rio anunciou ontem (dia 21) o percentual de reajuste dos servidores municipais em 2011, que será de 6,56%. Os profissionais das escolas municipais reivindicam 21% de reajuste emergencial. Um estudo preparado pelo Dieese para o Sepe mostrou que o prefeito Eduardo Paes tem dinheiro em caixa para aumentar os salários dos servidores em até 26,72%.

Por este estudo, entre 2006 e 2010, a arrecadação municipal cresceu 30,78%, mas as despesas de pessoal subiram apenas 8,74%. Ou seja, a prefeitura neste período (gestões César Maia e Eduardo Paes) “economizou” e aumentou o seu faturamento de caixa às custas do arrocho salarial dos servidores municipais.

Este estudo serve para comprovar que Eduardo Paes e os secretários municipais da área econômica mentem ao dizer que não há condição para a concessão de reajustes salariais e valorização dos servidores. Mesmo considerando as determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF - que delimita os gastos dos governos) o levantamento do Dieese mostra que, hoje, o prefeito poderia conceder um reajuste muito maior do que o anunciado ontem sem que para isto tenha que descumprir a lei. O Sepe já lançou a campanha salarial da categoria, com outdoors pelas ruas do Rio (foto 1: outdoor em Vila Isabel; foto interna: Mangueira) exigindo 21% de reajuste emergencial.

Os servidores municipais também estão mobilizados contra dois projetos do prefeito Eduardo Paes que estão na Câmara de Vereadores prontos para serem votados; um deles é o Projeto de Lei nº1005/2011, que dispõe sobre o Plano de Capitalização do FUNPREVI. Esta é a forma final do projeto apresentado por Paes aos vereadores em abril, chamado na época de “plano de insolvência”. Segundo a prefeitura, o objetivo é acabar com o rombo do nosso fundo através da regulamentação da transferência previdenciária (incluindo o piso e o teto para cada categoria), dos royalties, da venda de imóveis próprios e financiados pelo PREVIRIO.

Segundo informações da liderança do governo na Câmara, a idéia do prefeito é votar este projeto junto com o PLC nº 41, a reforma da previdência dos servidores municipais, que retira vários direitos. Por isso o PL nº 1005 foi encaminhado para ser apreciado e votado em regime de urgência. Isso significa que os dois projetos podem ser votados a qualquer momento. A categoria deve ficar atenta e mobilizada para parar as escolas no dia em que a votação for agendada e ir pressionar os vereadores na Câmara Municipal.

A rede municipal tem que seguir o exemplo dos bombeiros e dos colegas da rede estadual, que se mobilizaram para lutar pelo reajuste salarial. Não só no Rio de Janeiro, mas em outros estados, como São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Paraná, Bahia, Ceará, Paraíba, Minas Gerais e muitos outros, diversos segmentos da educação estão mobilizados e fazendo greves por melhores salários e condições de trabalho. O Sepe já mostrou que a prefeitura do Rio tem dinheiro para aumentar salários. Portanto, todos à luta para barrar a Reforma da Previdência e conseguir reajuste salarial digno. Nossa reivindicação é de 21% de reajuste emergencial.

Pedimos também que os colegas enviem emails aos vereadores, pedindo que votem contra os PLs e apóiem nossa proposta de reajuste – os emails dos parlamentares podem ser acessados no site da Câmara de Vereadores (www.camara.rj.gov.br/).

Regional 4 realizará assembleia regional na próxima terça (28/6)

A Regional 4 realizará uma Assembleia Regional na próxima terça-feira, dia 28/6, para discutir os encaminhamentos relativos a Greve da rede estadual e a luta contra a reforma da previdência das dupla Paes/Costin na rede municipal.
O ponto de encontro para a assembleia será na entrada do Colégio Estadual Gomes Freire de Andrade entre 17 e 18 horas.

Acesse e divulgue o cartaz com o calendário de mobilização da rede estadual aqui

A vida tem dessas coisas


A vida tem dessas coisas

 Hoje, liguei a TV e o que vi
Não deu pra acreditar. Vi um
“soldado” de farda a um colega
Atacar jogava-lhe gás de pimenta
Para a visão do outro prejudicar
Tudo para acabar com um manifesto
Pacífico de outra corporação que
Estava a fazer “arruaça” por pedir
Reparação em seu salário minguado
Para que possa seguir o lema da
Sua corporação: defender acima de
Tudo a vida do cidadão.

Mas para isso acontecer ele precisa
Comer, alimentar seus filhos razão
Para sua luta manter, sem isso não terá
Sustentação para o outro cidadão
Defender. Sim porque este “indivíduo”
De quem falo também é um cidadão
Que deveria ser respeitado como manda
Os direitos humanos, pois ninguém
Pode viver e o outro defender com
Salários tão desumanos.

Porém isso o governo “não vê”
E nem faz questão de saber
Porque não é ele que está a sofrer
Vendo tudo em sua casa faltar
Ele não ouve seu filho chorar
Sem quase nada pra comer
E nem sabe o que é ver, no
Final de cada mês, o aluguel a vencer
Com isso o governo não se importa
Pois não faz parte do seu viver
Para ele é mais importante viajar a Paris
E andar de bicicleta na Champs Elysées

Rio de Janeiro, 04/06/2011.

Maria Conceição Santos

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