Universidade para o Capital
Nunca na história da humanidade a produção de conhecimento foi tão grande como atualmente. Inúmeros artigos e teses são publicados semanalmente, mas esse conhecimento não tem sanado as necessidades básicas da população como saúde, moradia, entre outras. Mas porque isso acontece?
No Brasil, temos em torno de 190 milhões de habitantes, e em média 4 milhões são universitários. Destes, 75% estão em universidades particulares, que tem na sua formação uma grade curricular voltada para atender as demandas profissionais do mercado de trabalho e tem seu direito à educação diretamente submetido a capacidade de pagar e gerar lucros aos grandes conglomerados, como a Estácio e outros.Nas universidades públicas com o processo de reestruturação do ensino superior (REUNI e PROUNI e variações estaduais) intensifica-se um atrelamento ao capital já antes iniciado com o ingresso de Fundações através da relação público-privado, a autonomia das universidades públicas tem sido comprada pelas grandes corporações: citamos o curso de farmácia da USP que teve seu departamento de infectologias substituído pelo departamento de cosméticos, para atender os interesses do seu patrocinador, e na UERJ o curso de direito, onde planos de saúde financiam estágios e, em contrapartida exigem que disciplinas e monografias sejam obrigatoriamente ligadas a área de direito da saúde privada.
Portanto, é necessária uma mobilização do conjunto dos estudantes e trabalhadores contra a submissão da educação e da produção de conhecimento frente aos conglomerados econômicos, que usam da universidade pública como centros de pesquisas, patenteando o conhecimento público e direcionando a formação acadêmica para atender a iniciativa privada e seus lucros. Esta estrutura está não só se infiltrando nas universidades, como tem inúmeros defensores em seus anti-democráticos conselhos universitários, que utilizam de seu status como professores para defender os lucros das fundações e a crescente presença de Organizações Sociais (OS's) na saúde e educação. A vereadora Aspásia Camargo e professora do departamento de Ciências Sociais da UERJ é só um exemplo de centenas destes em cada universidade.
Nesse sentido, inúmeros estudantes e movimentos sociais estão se unindo no intuito de construir ações coletivas que denunciem e contraponham a venda da educação para as grandes corporações. Se você quer que a educação seja verdadeiramente pública e popular, que o conhecimento sirva as demandas sociais participe do II Seminário do Fórum de Educadores Populares: Por uma Educação Popular e Emancipatória.
Data: 29/11/2009 Horário: das 08:00h as 18:00h
Local: Ocupação Quilombo das Guerreiras
Rua Francisco Bicalho, 49 (Próximo a Rod. Novo Rio)
Inscrições: forumedu.pop@gmail.com
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