Rede estadual exige melhores salários:
Os professores e funcionários das escolas estaduais vão parar as atividades no dia 16 de setembro (quinta-feira), em conjunto com as escolas da rede municipal do Rio, em protesto contra o sucateamento da rede, as más condições de trabalho e o arrocho salarial impostos pelo governador Sergio Cabral.
Os péssimos índices do Ideb e do Enem apenas revelaram que os sucessivos governos que passaram pelo estado nas duas últimas décadas destruíram as condições para o exercício de uma educação pública de qualidade. A situação da rede estadual é muito grave: os profissionais de educação do estado têm mais de 60% de perdas salariais; mais de 20 professores, entre aposentados e exonerados, abandonam as salas de aula por dia; a grade curricular foi rebaixada para disfarçar a falta de professores; o governo aplica o mínimo de recursos em educação; existe uma enorme carência de funcionários administrativos; um superfaturamento de equipamentos; o desmonte do primeiro segmento (pré à 4ª série).
Especificamente nos últimos quatro anos de Cabral, assistimos a um governo sem projeto educacional. A responsabilidade por estes resultados do Ideb não pode ser jogada nas costas dos profissionais da educação, já que não bastam boa vontade e esforço individual dos servidores: sem recursos, valorização profissional e condições de trabalho, não haverá qualidade efetiva na educação estadual.
Município exige o fim da reforma da previdência de Paes:
A rede municipal de educação realizou em 26 de agosto uma paralisação de 24 horas (60% da rede parou), com um ato público em frente à Câmara de Vereadores em protesto contra o PLC nº 41 do prefeito Eduardo Paes de reforma da previdência municipal, que prevê a quebra da paridade e a diminuição dos vencimentos de aposentados e pensionistas. Os servidores municipais vão participar da paralisação dia 16/09, em conjunto com a rede estadual, e exigem: o fim do PLC 41; o pagamento da dívida com o FUNPREVI; o cumprimento das responsabilidades do Tesouro Municipal com a Previdência dos servidores; e uma audiência pública na Câmara para a prestação de contas e debate com os servidores.
A educação pública reivindica também 22% de reajuste salarial para cobrir as perdas salariais. Um estudo do Dieese comprova que a prefeitura está longe do limite prudencial que exige a Lei de Responsabilidade Fiscal. Dessa forma, poderiam ser gastos quase R$ 1 bilhão a mais em 2010, com um reajuste salarial bem melhor que o de 4,21% concedido por Eduardo Paes.
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