terça-feira, 28 de junho de 2011

Equipe de TV de Cabo Frio corta imagens de profissional da rede estadual por vestir luto pela educação em greve

No dia 23 de junho, dia do feriado religioso de Corpus Christi, tivemos uma exemplo de como a mídia tenta mascarar a greve na rede estadual. O relato de uma profissional que participava da confecção dos tradicionais tapetes de sal para a procissão que seria realizada na cidade de Cabo Frio é uma prova de como uma repórter da rede Intertv, afiliada da rede Globo na Região dos Lagos tentou fazer imagens do trabalho realizado pela profissional com seus alunos, mas impediu que ela aparecesse nas imagens por estar usando uma camisa preta com dizeres que marcavam o luto da rede estadual, em greve por melhores salários.

A equipe de reportagem foi atraída pela beleza do trabalho realizado, composto por um tapete composto por quase 20 mil fuxicos, que foi elaborado pela professora e por seus alunos durante um período de quatro meses. Mas quando a profissional começou a falar sobre a greve dos educadores e as reivindicações da categoria, ela teve a sua palavra cortada pela repórter que disse não ter autorização para fazer imagens da professora com a camisa alusiva à greve. A repórter disse que “as coisas não podiam ser misturadas” e o câmera chegou a confidenciar que se a professora em greve aparecesse nas imagens a edição cortaria suas imagens.

O fato provocou revolta na profissional, já que outras emissoras a tinham entrevistado e mostrado o trabalho da sua turma sem fazer uso de censura na hora de colher as imagens. O fato foi publicado no blog Pó de Giz (blogpodegiz.blogspot.com/) e no jornal Correio do Brasil (http://correiodobrasil.com.br/censurada-porque-vestia-luto/259099/)

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