Há anos os Agentes Auxiliares de Creche sofrem com a dupla função, atuando como professores, com baixos salários, carga horária exorbitante, sem plano de carreira e com a total falta de condições de trabalho. No final de junho, a prefeitura do Rio atacou mais uma vez os AACs. O final do contrato dos recreadores terceirizados aumentou ainda mais o déficit de profissionais nas creches.
A solução encontrada pela prefeitura foi remover AACs de suas creches para cobrir a carência existente em outras. Com isso as crianças tiveram seu horário reduzido, sua adaptação negligenciada e sua segurança ignorada, uma vez que turmas com 25 alunos entre 2 e 3 anos têm agora apenas um agente auxiliar de creche.
Os profissionais sofreram o mesmo descaso, pois foram retirados de suas creches para “tapar buraco”, sendo desvalorizados quanto ao trabalho que exerciam. O que nos espanta é que a Secretaria Municipal de Educação não tenha feito o que estes profissionais vêm há muito tempo fazendo mesmo sem ser sua função: PLANEJAMENTO.
Se todos sabiam que os contratos acabariam, porque a SME não convocou os concursados? Será que a lógica da gestão, dos números e da meritocracia fez a SME esquecer que a educação na primeira infância é uma prioridade? Com a quebra da autonomia pedagógica será que a Secretaria que é responsável pela educação esqueceu-se de planejar? Será que por isso o tempo de Centro de Estudos tão fundamental para o desenvolvimento do processo pedagógico foi diminuído?
Continuaremos com nossa denúncia aos pais e Ministério Público. Não vamos admitir que mais uma vez a população, os alunos e os profissionais sofram com o descaso do prefeito pela educação.
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