O governador do estado do Rio, Sérgio Cabral, vinha se especializando em uma triste característica: a de fechar escolas, tais como as dezenas que foram fechadas no final do ano passado, sob o pretexto da municipalização das unidades.
Agora, não contente com isso, o governador também determinou a extinção do Hospital Central dos Servidores do Estado, que faz parte do IASERJ, na Praça da Cruz Vermelha, Centro do Rio. Ou seja, além de ser um conhecido inimigo da Educação pública, pagando salários arrochados aos professores e funcionários administrativos, usando e abusando da terceirização das escolas e tendo como contrapartida as piores colocações nos índices que atestam a qualidade do ensino país, o governador “resolveu” fechar um hospital que está em pleno funcionamento.
Trata-se de um acordo em que Cabral cedeu o Hospital Central ao
Instituto Nacional do Câncer, do governo federal. Acordo este que foi
feito de cima para baixo, com pouca ou nenhuma discussão com os
principais interessados: os próprios servidores estaduais. A verdade é
uma só: o fechamento do hospital é mais uma ação deste governo contra o
patrimônio público estadual.
Os servidores pagam, mensalmente,
um imposto relativo ao IASERJ. Verbas para manter a unidade existem. Mas
onde o governador as aplica?
O governo conseguiu derrubar a
liminar na Justiça que o movimento em defesa do IASERJ havia conseguido e
impedia a extinção da unidade. A Secretaria Estadual de Saúde, assim
que derrubou a liminar, começou a desalojar os pacientes, no dia 13 de
julho - com o apoio do Choque da PM (foto), de maneira irresponsável e
truculenta, em alguns casos, sem o consentimento das famílias. O próprio
diretor do hospital não foi avisado do desalojamento e pediu exoneração
em protesto.
O movimento em defesa do IASERJ está em vigília em
frente ao hospital e já decidiu que entrará com um recurso na Justiça
para manter a unidade aberta. O Sepe também está na vigília, com vários
diretores presentes na mobilização.
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