quinta-feira, 26 de julho de 2012
Eduardo Paes, reprovado - prefeito que ataca a educação não merece reeleição!
Estamos no último ano da gestão do prefeito Eduardo Paes. Nestes quatro anos de mandato, o prefeito seguiu a cartilha do Banco Mundial e de seu amigo, o governador Sérgio Cabral, aplicando uma série de ataques à população do Rio de Janeiro.
Com a desculpa de preparar a cidade para a Copa e as Olimpíadas, “cachoeiras” de dinheiro foram para os bolsos de banqueiros e empresários. A miséria é escondida e os trabalhadores enganados com uma série de “bolsas”. Clínicas da família e EDISs são inauguradas, mas não há profissionais, equipamentos, nem materiais básicos.
Como as “metas” do capital sempre exigem mais, Paes acelerou o projeto de destruição da educação pública da maior rede da América Latina: a rede municipal do Rio de Janeiro.
Para cumprir esta tarefa, escolheu como secretária de educação Claúdia Constin, economista paulista, que construiu a reforma administrativa de FHC.
O resultado desta política todos nós sabemos. Vivenciamos diariamente nas escolas e creches. Empresas privadas ganham as verbas da educação para impor métodos ineficazes, que jamais garantirão um processo de ensino e aprendizagem. São mais de 90 projetos em parcerias com estes institutos e fundações que agora, ditam o projeto pedagógico, acabando com nossa autonomia. Professores tornaram-se polivalentes e meros aplicadores de apostilas. Não existe o direito a 1/3 do tempo para planejamento. A estrutura dos prédios e as condições de trabalho são péssimas. As salas são superlotadas. As provas externas criam rankings de premiação fictícios, desrespeitando um dos princípios mais básicos e éticos da concepção de educação.
Para aprofundar os ataques a SME negou o parco recesso aos profissionais que ingressaram este ano na rede.
A desculpa: uma semana de formação.
Mas o que está por traz disto?
A farsa da Escola de Formação
Segundo a SME, a escola de formação Paulo Freire foi criada “com o objetivo de valorizar e capacitar os professores do município do Rio de Janeiro, possibilitando uma formação sólida e continuada nas diversas áreas do conhecimento, atendendo assim às necessidades dos alunos”.
A verdade, porém, é outra. Antagonicamente ao que Paulo Freire defendia, a prefeitura promove uma formação bancária, para garantir que os profissionais não questionem os métodos educacionais segregadores impostos pela dupla Paes/Constin.
Ao invés de uma educação libertadora, o que a SME aplica é uma lógica meritocrática para alunos e professores.
Se a prefeitura quer realmente garantir uma escola pública de qualidade, por que não investe os 25% de verbas obrigatórias em educação? Por que não constrói um Plano de Carreira Unificado? Por que não reduz o quantitativo de alunos em sala? Por que não valoriza os profissionais? Por que não garante 1/3 do tempo para planejamento? Por que não respeita a autonomia pedagógica, garantindo o projeto político pedagógico das escolas e creches?
Por que não respeita o nosso recesso?
São muitas as perguntas. Não deixe de fazê-las. Queremos ver se a prefeitura pode respondê-las.
“Ninguém se liberta sozinho, os homens se libertam em comunhão...” - Paulo Freire.
Venha para a luta!
Fique por dentro do que ocorre em São Paulo
No Estado de São Paulo, o Decreto nº 54.297/09 instituiu também as escolas de formação para “aperfeiçoar e treinar o professor”.Para ingressar no magistério, os profissionais precisam da certificação desta escola. O Plano de carreira foi extinto e para mudar de nível e, garantir a valorização salarial, os profissionais têm que se submeter a avaliações externas. Porém, mesmo que tirem nota 10, nem todos tem aumento.
Os professores não podem ter mais que 6 dias de licença no ano, mesmo as grávidas que fazem pré-natal. As férias foram repartidas e agora há a desaposentadoria: profissionais aposentados que estão voltando às salas de aula para cumprir o tempo de licença médica que não foi descontado no cálculo do tempo de serviço.
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