sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Você acredita no IDEB 2011? Número de escolas e matrículas na rede estadual caiu nos anos do governo Cabral

Como mais uma prova da fragilidade dos supostos resultados positivos alcançados pela rede estadual no IDEB 2011,divulgados anteontem pelo MEC e utilizados pelo secretário de Educação Wilson Risolia na mídia como se fossem uma vitória da sua política meritocrática, o Sepe fez um levantamento, com base em dados da própria SEEDUCque mostra que o número de unidades escolares e matrículas da rede estadual diminuiu sensivelmente desde que o governador SérgioCabral assumiu o Executivo estadual. Em 2006, a rede era composta por 1.732 escolas, com 1,3 milhão de alunosmatriculadosHoje, a rede conta com 1.370 escolasOu sejaatravés de uma política de municipalização forçada e de fechamento de escolas - como ocorreu no ano passado com as escolas supletivas estaduais - o governador Cabral e Risolia fecharam ou municipalizaram 374 escolas em cinco anosuma média de 74 unidades por ano.

Também não houve ampliação do ensino médio na mesma proporção da municipalização do ensino fundamental. Em 2006, eram 1,3 milhão de alunos (fonteSEEDUC/2006). Hoje a rede conta com 1,04 milhão de alunosmenos 300 mil alunos em cinco anosConforme estudo do professor Nicholas Davies, publicado   em nosso site ontem (dia 15/8), este"enxugamentoda rede tem uma explicação clara: a tentativa de Cabral/Risolia de privatizar o ensino público estadual, que como contraponto à diminuição do número de escolas e de matrículas na rede estadual temos um aumento progressivo no ingresso de alunos na rede privada.

Portantoaqueles que conhecem a realidade das escolas e sofrem as arbitrariedades da política educacional do governo do Estado não podem acreditar em qualquer avanço com base nos dados do IDEB 2011. Temos que continuar a luta para denunciar tal política que visa a destruição da escola pública e obrigar o governador a valorizar a educação e os seus profissionaisque lutam no seu dia a dia contra os baixos salários e as péssimas condições de trabalho nas escolas.

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