terça-feira, 9 de abril de 2013

Animadores culturais: votação no TJ da ação contra extinção do cargo foi marcada para esta quarta-feira (dia 9)

O Sepe convoca os animadores culturais para uma vigília na porta do Forum Central, nesta quarta, a partir das 10h, para acompanhar a votação do pedido de liminar do Sepe na 7ª Vara Cívil do Tribunal de Justiça do Rio.

Na liminar, o sindicato pede a revogação de uma ação do Ministério Público Estadual, que por sua vez quer a extinção deste cargo na rede estadual. A votação já foi adiada pelo TJ várias vezes; por causa disto, é importante que a categoria continue pressionando o Judiciário para que vote pelo respeito e garantia dos direitos dos animadores.

Mesmo com os adiamentos da Justiça, a nossa mobilização é importante para garantir uma vitória contra a ameaças de demissão e de extinção das funções desse segmento nas escolas estaduais.

Abaixo, a carta que os animadores culturais entregaram aos deputados estaduais, explicando sua situação:

A Animação Cultural do Estado do Rio de Janeiro está mais uma vez nessa casa (Alerj) para reivindicar os seus direitos.

A animação cultural existe nas escolas da rede estadual de educação desde 1993, quando foram implementados os CIEPS. No entanto, coube à animação cultural a ingrata posição de ser colocada como função gratificada.

Essa situação se perpetuou no estado por sucessivos governos, sem que se desse uma solução para o problema.

Esses profissionais ficaram num limbo funcional, que se agravou quando, por decisão do Supremo Tribunal Federal, teve seu recolhimento previdenciário passado para o INSS. Isso fez com que os onze anos recolhidos para a Previdência do estado não fossem repassado para o INSS.

Muitos animadores morreram sem deixar pensão alimentícia para seus familiares; e muitos com idade avançada e com doenças graves continuam trabalhando.

Por conta de toda essa situação e pelo reconhecimento do trabalho dos animadores, bem como para se fazer justiça, depois de 18 anos, é que a Alerj aprovou a emenda constitucional nº 44, de 2010, que inclui a Animação Cultural na Constituição do estado, sinalizando para o governo estadual que ele poderia regulamentar a situação funcional desses profissionais. No entanto, o que ocorreu foi que em 2011 o Ministério Público “descobre”, após 18 anos, que esses profissionais existem. Mas ao invés de o MP reconhecer os direitos trabalhistas do segmento, pede a extinção do cargo e a consequente demissão de todos os 476 animadores.

Os animadores culturais foram para as ruas e obtiveram do Poder Judiciário e da Alerj a promessa de que o processo seria suspenso para que o governo do estado solucionasse o problema.

Mas o governo do estado não solucionou o problema e o processo está correndo na Justiça. Em breve, o julgamento vai acontecer e esses trabalhadores podem ser novamente colocados na berlinda, e todos podem ser demitidos.

Com isso, os animadores culturais reivindicam o fim imediato desse processo e a regulamentação da categoria e pedem o apoio dos deputados nesta campanha.

Coletivo dos animadores culturais

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