quinta-feira, 23 de maio de 2013

Professores municipais do Rio farão nova paralisação em junho, diz Sepe

Sindicato diz que decisão sobre greve e nova paralisação será no dia 12.
Cerca de 6% dos profissionais não trabalharam na quarta, diz Secretaria.


Após assembleia e um protesto que reuniu cerca de 300 professores e funcionários da rede municipal do Rio, em frente à sede da Prefeitura, nesta quarta-feira (22), os manifestantes decidiram organizar uma nova paralisação e reunião coletiva no dia 12 de junho, para analisar se entrarão ou não em greve. De acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), cerca de 70% dos professores paralisaram as atividades em sala de aula durante todo o dia.
Mas, segundo a Secretaria Municipal de Educação, das 1.402 unidades escolares, apenas 0,20% não tiveram atendimento no turno da tarde. A Secretaria informa, ainda, que apenas 2,58% dos professores e 0,35% dos profissionais de apoio não trabalharam no turno da manhã desta quarta-feira. No turno da tarde, apenas 2,68% dos professores e 0,34% dos profissionais de apoio não trabalharam.
Pela manhã, os professores usaram apitos, faixas e instrumentos de bateria para pedir reajuste salarial, plano de carreira unificado com valorização pelo tempo de serviço e formação e a autonomia pedagógica.
Segundo o Sepe, no dia 29 de maio, às 11h, os professores devem se reunir com a secretária de Educação, Cláudia Costin, para expôr a pauta de reivindicações.
MC Anita ganha versão-protesto
A professora de educação infantil, Suianny Andrade, fez a adaptação de duas letras de funk para protestar. A versão de "Ela é top" foi cantada em coro pelos profissionais durante o protesto: “A prefeitura é uma mentira, dinheiro é Copa, dinheiro é Olimpíada, eu quero é mais respeito e atitude, Costin sai do Twitter já conheço esse seu truque”. A adaptação de "Show das poderosas", da MC Anitta, também esteve no repertório.
Segundo Vera Nepomuceno, do Sepe, existe uma insatisfação muito grande entre os integrantes da classe de professores.
"A prefeitura é uma das maiores do Brasil e os professores não tem plano de carreira, nós não somos valorizados. As cartilhas pedagógicas são um outro debate. A secretaria impôs uma uniformização em realidades diversas. Nós não temos autonomia, esse é um problema pedagógico que angustia os profissionais. Os alunos acabam sendo treinados e não aprendem. O Rio, que é a maior rede da América Latina,  não tem uma data base para discutir o índice de composições de salário. A gente fica à 'mercê' da prefeitura", declarou.

Funcionários da rede municipal também reivindicam
em protesto. (Foto: Mariucha Machado / G1)
Funcionários da rede municipal também reivindicam
em protesto. (Foto: Mariucha Machado / G1)
Nanci Bermudas, agente auxiliar da creche municipal, disse que quer o enquadramento como professora de educação infantil. "A gente quer a incorporação da gratificação no salário. A gente ganha R$ 626 para educar e cuidar e os professores mais de R$ 1 mil", afirmou. Uma assembléia está marcada para as 14h no Clube Nacional, na Tijuca, Zona Norte do Rio.
A professora Lilian Rodrigues, do Espaco de Desenvolvimento Infantil Mariana Rocha de Souza, na Vila da Penha, Zona Norte, apóia a manifestação. "O salário não condiz com a nossa função, não temos condições de trabalho, as salas de aula são lotadas, não temos tempo para planejar as aulas", exclamou.
Ainda de acordo com Vera Nepomuceno, a distribuição dos jogos Banco Imobiliário com obras da prefeitura foram disponibilizados nas escolas da rede municipal custou milhões. Eles usaram o "tabuleiro" para reivindicar. "É um jogo para promover a prefeitura, porque tem todas as obras. É mais uma imposição",  contestou.
A Secretaria Municipal de Educação informou que os professores poderão utilizar os jogos em disciplinas como geografia, história e matemática e ainda falar de temas como a preservação dos espaços culturais da cidade.








Fonte: Portal G1


Nenhum comentário:

Postar um comentário

As 10 postagens mais acessadas

Seguidores