segunda-feira, 10 de junho de 2013

Assembleia da rede estadual será realizada no sábado (dia 15) no Clube Municipal

Os profissionais da rede estadual farão uma assembleia geral no próximo sábado (dia 15 de junho), no Clube Municipal (Rua Haddock Lobo 359 - Tijuca), a partir das 10h. 

Na pauta do encontro, o debate sobre os rumos da mobilização dos profissionais das escolas estaduais e a luta pela garantia da emenda do Sepe incluída no projeto do reajuste para a Educação Estadual, aprovada pela Alerj no dia 5 de junho e que determina que cada matrícula dos profissionais corresponda a uma escola. 

Leia o relatório do Sepe sobre a audiência pública na Alerj

No dia 5 de maio de 2013, foi realizada audiência pública na Alerj, solicitada pela Comissão de Educação, para discutir o relatório anual da Secretaria Estadual de Educação (Seeduc). A audiência contou com a presença do secretário de Educação Wilson Risolia, do subsecretário de Gestão de Pessoas, Luíz Carlos Becker, do procurador do estado e vários superintedentes da Seeduc, entre eles a professora Patricia Mota. Contou também com a presença de vários deputados, a direção de Sepe/RJ e da Uppe-Sindicato.

A audiência teve início com o secretário Risolia apresentando dados que demonstravam a situação da rede estadual relativa ao número de matrículas no ensino médio, o avanço tecnológico, o sistema “vitorioso” de avaliação externa Saerj e a colocação do estado do Rio no Ideb, o investimento financeiro na rede pública etc.

Vários deputados fizeram questionamentos, discordando de alguns dados da Seeduc, demonstrando inclusive a diminuição da procura pelo ensino médio em mais de 50%. A exceção foi o deputado André Correa, líder da bancada do governo, que defendeu o governo e secretário com todo empenho, argumentando inclusive que o estado hoje paga o maior salário do Brasil.

A direção do Sepe iniciou sua avaliação, questionando a entrevista concedida pelo secretário à imprensa, em que ele afirma que solicitaria ao governador o veto à emenda do Sepe aprovada no dia anterior, que garante uma matrícula, uma escola. Cobramos um posicionamento favorável de secretário e denunciamos o fato de vários professores estarem trabalhando em 4, 5 e até 8 escolas com a famigerada otimização de turmas em qualquer período do ano.

Lembramos que essa situação pode ser resolvida com concurso público e organização da grade curricular. A partir daí várias questões foram apresentadas, com um balanço bastante negativo desse governo com relação à educação pública, as principais foram: o fechamento de 49 escolas, a diminuição da procura pelo ensino médio com a queda de 120 mil alunos nesse segmento, os baixos salários que levam aos pedidos de exonerações dos professores, numa média de 2 por dia, totalizando só em 2013 até o momento 340 professores.

Destacamos a proposta irrisória de 8% como reajuste para os profissionais de educação e que o salário do estado é bem menor que de vários municípios.

Cobramos ainda a incorporação das gratificações para garantir a paridade para os aposentados. A partir daí, apresentamos nossas emendas e cobramos o posicionamento favorável dos deputados, especialmente com relação ao enquadramento por formação para os funcionários administrativos.

Para finalizar, questionamos a fala do secretário com relação às licenças médicas dos profissionais de educação, reafirmando mais uma vez, que tal situação se deve à falta de condições de trabalho nas escolas e a política educacional imposta pela SEEDUC nas escolas, que leva os profissionais a adoecerem. 

Também reafirmamos que o Estado já conta com um setor de Perícias Médicas para avaliar os casos e que a contratação de um serviço terceirizado não resolve o problema, acarretando mais um gasto para que se faça um serviço que já existe. O secretario Risolia  comprometeu-se na audiência a marcar uma audiência para discutir o assunto.

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