Nesses dois últimos meses no
Brasil, dois assassinatos marcaram
violência contra a mulher a nível nacional, de Tatiane Spitzner, advogada de 29 anos no Paraná e de Maria Eunides da Costa Santos, empregada
doméstica, no interior de SP. Ambos tiveram requintes de crueldade de seus
ex-maridos, o primeiro caso a vítima
depois ter sido arrastada e espancada foi jogada pela janela e o segundo
caso a vítima teve suas mãos decepadas e um olho cortado.
A violência contra as mulheres
são feitas de diversas formas através das psicológicas e físicas onde o capitalismo se apodera para a exploração das
mulheres.
O Brasil sobe
de 7o para 5o lugar no mundo em feminicídios. As mulheres negras são as mais atingidas. Na última
década houve um aumento de 15,4% de assassinatos de mulheres negras e diminui
8% de mulheres brancas. Atualmente, o governo federal do MDB fez um
corte de 61% dos investimentos as mulheres vítimas de violência e 54% de
promoção as mulheres, o que não se diferencia do governo anterior que aplicava apenas
por cada mulher R$0,26 (vinte e seis centavos) para o combate a violência
contra a mulher.
A falta de investimentos e rearranjos
orçamentários sempre em políticas públicas relacionados ás mulheres, reflete
nas vítimas muitas vezes não terem
confiança em denunciar por saber que não vai ter sua vida assegurada pela
segurança pública, creches/escola integral para seus filhos, moradia, emprego e
salário digno para poder se libertar do seu agressor.
Muitos
assassinatos não conseguem ser comprovados como feminicídio. Um dos métodos
para caracterizar é que a vítima tenha sofrido algum tipo de violência como
psicológica, patrimonial, física e sexual e tenha sido notificado e tentado
fugir de alguma maneira dos tipos de violência relacionados. Somente assim é
que se identifica como seria o desfecho do caso. Acredita-se que o número de
feminicídios seja bem maior que os números registrados.
O feminicídio
pode ser caracterizado de três formas: reprodutivo, doméstico e sexual. O reprodutivo são casos de morte devido ao aborto voluntario onde existe o controle
do corpo da mulher e retirada de liberdade/direitos, o doméstico é caracterizado pelo local que houve a
agressão e o sexual onde há violação do corpo através de agressão física.
O assassinato de mulheres em contextos marcados pela desigualdade de gênero
é uma expressão maior de ódio contra as mulheres, e está caracterizado não
somente pela morte, mas pelo sentimento de posse e vulnerabilidade. O fator que
fazem as mulheres sofrerem a violência é
caracterizar como propriedade privada, instrumento utilizado pelo
capitalismo para justificar a opressão e a exploração.
Por isso, a regional 4 não
pode se calar diante dessa barbárie e lança a campanha: O CAPITALISMO E O
MACHISMO ESTÃO NOS MATANDO! Basta de violência contra as mulheres!
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