sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Sepe enviou hoje (dia 06/11) ofício à SME para exigir condições de segurança em escolas localizadas em área de risco


A direção do Sepe/RJ enviou um ofício para a Secretaria Municipal de Educação (SME) nesta sexta-feira (dia 06 de novembro), cobrando providências para possibilitar a regularização do funcionamento das escolas da rede municipal localizadas em áreas de risco. Desde meados de outubro, depois da invasão do Morro dos Macacos e da derrubada de um helicóptero da Polícia Militar, os confrontos entre a polícia e traficantes de drogas em diversas comunidades das Zonas Norte e Oeste se intensificaram provocando mortes e ferimentos em dezenas de pessoas e o fechamento parcial de dezenas de escolas, prejudicando milhares de alunos.

Nesta sexta-feira (dia 6/11) escolas próximas da favela de Acari não funcionaram por causa de uma operação da polícia civil e milhares de alunos não puderam assistir aula. Ontem, uma troca de tiros entre agentes da polícia e traficantes nos morros da Lagartixa e da Pedreira deixou mais de quatro mil alunos sem aulas naquela região da cidade. Durante a disputa no Morro dos Macacos, as escolas da região também foram fechadas, assim como nas operações da polícia em Manguinhos, Jacarezinho, Mangueira e Vila Cruzeiro, que se sucedem desde o ataque ao helicóptero da PM.

O Sepe já procurou a SME duas vezes, em outubro, para exigir providências urgentes para garantir o funcionamento das escolas. Mas, até o momento, a única proposta concreta foi anunciada ontem pela secretária Cláudia Costin, que mostra bem como o governo municipal ainda não encontrou uma solução para lidar com a situação: a SME anunciou que, a partir do ano que vem, vai promover treinamentos para alunos e professores de 150 escolas localizadas em áreas violentas para que eles saibam lidar com a ocorrência de confrontos armados entre bandidos ou em casos de invasão policial.

Uma das principais exigências do Sepe é a imediata definição de critérios por parte da secretaria e das CREs para o fechamento imediato das unidades quando da ocorrência de confrontos. Outra providência urgente é a realização de obras emergências nas escolas para aumentar as condições de segurança.

Veja as principais reivindicações enviadas pelo Sepe no ofício encaminhado à SME:
- Reforma dos prédios, com a construção de paredes reforçadas e vidros blindados e instalação de condicionadores de ar e aumento na verba das escolas para garantir o pagamento das contas de energia elétrica;
- Garantia de autonomia para que a escola possa fechar em momentos de acirramento dos confrontos;
- Aluguel de prédios nas proximidades, fora da zona de conflito, para que as unidades funcionem nos momentos mais críticos., já que os alunos tem sido prejudicados com as suspensões seguidas das aulas;
- Concurso para contratação de porteiros e agentes educadores para um maior controle dos locais externos;
- Contratação de psicólogos e orientadores educacionais para atenderem os alunos com dificuldades de aprendizagem e com possível envolvimento com drogas e, também para os alunos traumatizados com o conflito;

Um comentário:

  1. Olá.

    O texto acima menciona "construção de paredes reforçadas e vidros blindados" e "para que a escola possa fechar em momentos de acirramento dos confrontos".

    Só posso entender essas reivindicações como algo temporário, pois até quando nos "adaptaremos" à violência ????????

    O que se reivindica acima são maneiras de driblar a violência, mas questiono quando reivindicaremos um tipo de sociedade em que as causas da violência sejam, ao menos, diminuídas.

    Na escola onde trabalho furtaram três carros ano passado. Vamos até lá trabalhar e temos medo, pois poderemos ser a próxima vítima. É o cúmulo da humilhação : trabalhar por uma sociedade melhor e, ao mesmo tempo, correr o risco ser roubado !

    ANA LUCIA DA SILVA.

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