terça-feira, 8 de junho de 2010

Carta à população de Petrópolis sobre a interrupção da greve

Carta à população de Petrópolis:
 
Escolas municipais interrompem a greve, mas a mobilização continua! Prefeito Mustrangi, faça uma proposta digna à categoria!

Os profissionais de educação da rede municipal de Petrópolis decidiram no dia 2 de junho interromper a greve da categoria, iniciada no dia 13 de maio, e retornar ao trabalho na segunda-feira, dia 6.

A categoria decidiu interromper a greve para que o prefeito Paulo Mustrangi (PT), cumprindo determinação da Justiça, apresente uma proposta digna para a educação – até agora o prefeito propôs um reajuste de míseros 3%. No dia 9 de junho, ocorrerá uma audiência com o governo municipal, conforme determinação do desembargador Luiz Felipe Haddad.

No mesmo dia 9/6, a categoria realizará uma assembleia para discutir o resultado das negociações. Cabe ao prefeito decidir se as escolas continuarão funcionando ou se haverá uma nova greve.

A população de Petrópolis tem que saber que nossas reivindicações não são absurdas ou impossíveis de serem atendidas. Pelo contrário! Repare:
1)       Implementação imediata de um plano de carreira unificado (englobando professores e funcionários);
2)       reajuste de 20% para recomposição das perdas salariais dos últimos anos;
3)       Incorporação dos abonos;
4)       Redução da jornada de trabalho dos funcionários administrativos de 40 horas para 30 horas.

Desde o início da mobilização dos educadores municipais, que redundou na greve, o governo e a Secretaria Municipal de Educação não se preocuparam em abrir negociações, nem apresentar uma contraproposta decente para as nossas reivindicações. Por sinal, em Petrópolis, não são apenas os educadores que se encontram em situação difícil por causa da falta de implementação pela prefeitura de uma política salarial e de valorização dos servidores públicos. O pessoal da Saúde, por exemplo, também está em greve. Assim, o movimento unificado dos servidores municipais de Petrópolis está cada dia mais forte.

Desde o dia 13 de maio, quando foi deflagrada a greve da educação municipal, os atos públicos e as assembléias promovidas pelos educadores e o conjunto dos servidores municipais em luta reuniram milhares de pessoas nas ruas da cidade. Em todos os atos promovidos até aqui, os educadores e as demais categorias têm recebido o total apoio da população petropolitana, que considera justas as nossas reivindicações.

Dessa forma, interrompemos a greve, mas a mobilização continua forte. Cabe agora ao prefeito Mustrangi se pronunciar, apresentando uma proposta digna para a categoria. Se ele mantiver sua intransigência, não teremos outro caminho a não ser retomar a greve.

Com a palavra, o prefeito.

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