O Sepe, juntamente com liderenças de entidades do movimento social que participaram do ato em memória do estudante Wesley Guilber de Andrade na Central do Brasil, participou de uma audiência com o secretário de Estado de Segurança Pública, José Mariano Beltrami, no dia 16 de agosto. O comandante da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, também participou do encontro, no qual todas as entidades reivindicaram de Beltrami que o governo estadual promovesse um grande seminário sobre segurança pública nas comunidades carentes da cidade do Rio de Janeiro.
Entidades reivindicaram do governo estadual a realização de um seminário sobre segurança pública nas comunidades carentes da cidade para discutir política estadual de segurança
O objetivo do evento é o debate sobre a política de segurança implementada pelo governador Sérgio Cabral, que privilegia a repressão e o confronto para combater o tráfico de drogas nas favelas e comunidades da periferia e que tem provocado a morte de pessoas sem qualquer ligação com o crime, como no caso do menino Wesley, de 11, morto com um tiro de fuzil dentro do Ciep Municipal Rubens Gomes durante a realização de uma operação policial contra favelas localizadas em Costa Barros.
O secretário se mostrou receptivo à proposta e ficou de encaminhar a solicitação para o próprio governador para que ele avalie a possibilidade. Mas Beltrami adiantou que, se as entidades da sociedade civil organizarem um debate sobre o tema, ele estaria disposto a participar.
Entidades lembraram últimos casos de violência contra escolas públicas no Rio
Na audiência, as entidades presentes também falaram sobre a questão da segurança dos profissionais e alunos das escolas nos casos de incursões policiais contra o tráfico nas comunidades. Foram citados os últimos casos de violência, como a morte do aluno Wesley no Ciep Rubens Gomes, os sucessivos assaltos ao Ciep Antônio Candeia Filho e os constantes confrontos entre a polícia e o tráfico em comunidades como a Vila Cruzeiro, do Complexo da Maré e do Alemão, onde funcionam escolas públicas, nas quais estudam dezenas de milhares de alunos.
O secretário e o comandante da PM se comprometeram em estudar as propostas e solicitações e apresentar uma resposta para as entidades posteriormente.
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