quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ensino à distância, a mais nova piada do governador

Parece piada, mas não é: o governo do estado vai recorrer às aulas à distância para tentar suprir a carência de professores nas escolas. A idéia é que “um só mestre se comunicará com até 4 turmas espalhadas pelo estado por um telão especial e câmeras que captam som e imagem”, como está na matéria de O Dia de domingo. Esta idéia é principalmente uma atestado de incompetência do governador Cabral para resolver a grave crise da educação em nosso estado. Afinal, quem quer ser professor com o salário de fome pago pelo por este governador? Assim, para salvar as aparências, para o governo só resta mesmo o ensino à distância...
É importante lembrar que nos últimos dois anos o governador concedeu ZERO porcento de aumento salarial e que desta forma não há incentivo para que os jovens se aventurem numa carreira sem a devida valorização.
Este programa, se realmente levado adiante, também renega a importância do professor para o processo de aprendizagem do aluno; aulas à distância não podem ser a solução séria para a conquista de uma sociedade melhor. Isso sem contar que o investimento necessário novamente passa pela compra de equipamentos caros, o que já rendeu muita denúncia de irregularidades orçamentárias a este governo – relembrem as compras superfaturadas dos equipamentos de informática denunciadas pela imprensa.
Assim, o Sepe é radicalmente contrário a um programa que troca dezenas de professores em salas de aulas por apenas um, à distância. Não será cortando custos com os profissionais que nosso sistema educacional irá melhorar; e também não será com essa falsa idéia de modernidade que as escolas e o ensino em nosso estado darão um salto de qualidade. O que o governador tem que fazer é o simples: aplicar as verbas que a lei manda em nossa educação, tendo como uma das prioridades a melhoria salarial dos profissionais, com a conseqüente melhoria das condições de trabalho. 

Um comentário:

  1. É impressionante que o governador e seus aspones parem com essas idéias mirabolantes ( para eles )de aulas a distâncias , bolsa-auxílio para universitários darem aula e mais não sei o que virá por aí.É tão óbvio que a solução está em valorizar o professor, com salário digno,pois com o salário atual não tem como atrair pessoal com potencial para o magistério e muitos que ainda estão só permanecerão enquanto não passarem em outro concurso que pague um salário decente, ou seja a docência estadual tornou-se um emprego temporário, logo o nº elevado de pedidos de exonerações continuarão se essa política de arrocho salarial perdurar.
    Veja mais no www.peticaopublica.com.br/?pi=EDUC2011 .
    Omar Costa

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