quinta-feira, 14 de julho de 2011

Sepe esclarece sobre a audiência com presidente da Alerj e com secretário Risolia

fax-simile da "ata" da reunião
Em audiência que terminou pouco (20h30) na Alerj, o deputado Paulo Melo, presidente da Alerj, falando em nome do governo do estado, anunciou ao Sepe quatro propostas, tendo em vista a lista de reivindicações dos profissionais de educação:

1) Reajuste de 26%: o governo se compromete a formar uma mesa de negociação com o Sepe no início de agosto para discutir especificamente a proposta do sindicato de reajuste emergencial de 26%. Paulo Melo condicionou a formação desta mesa com o fim da greve;

2)Antecipação imediata da Gratificação Nova Escola: não houve novidade. O governo manteve a proposta de antecipar somente a parcela de 2012 em 2011;

3)Descongelamento do Plano de Carreira dos funcionários administrativos: o governo mandará em agosto um Projeto de Lei à Alerj, descongelando o plano;

4)Animadores Culturais: Paulo Melo anunciou que orientou a Procuradoria da Alerj a defender a PEC que regulariza a profissão de animador cultural na rede.

Além
de Melo, estavam presentes os secretários Wilson Risolia (Educação), Sergio Ruy (Planejamento) e Wilson Carlos (secretário de Governo).

Amanhã
, às 14h, a categoria realiza assembleia no Clube Municipal, na Tijuca, para discutir as propostas do governo e os rumos da greve - com isso, a greve ESTÁ MANTIDA pelo menos até a assembleia desta sexta.
Após a reunião realizada na ALERJ, o sindicato se recusou a assinar a ata apresentada (acima), pois esta não expressava de forma fiel a reunião em questão, não constando a posição da direção do sindicato frente a suspensão da greve, condicionada aos pontos de avanço. A direção do Sepe reafirma que a suspensão da greve somente pode ser aprovada pela categoria reunidada em assembléia.

Ainda na ata, somente os deputados sublinhados estavam presentes na reunião.

Leia a ata que o Sepe se recusou a assinar aqui.


Enquanto
a audiência era realizada, cerca de 500 profissionais das escolas públicas estaduais do Rio realizavam ato público em frente à Secretaria de estado de Educação (Seeduc), com a presença de parlamentares e líderes do movimento social. No mesmo local, desde o dia 12, cerca de 100 profissionais estão acampados em protesto contra as más condições de trabalho e os baixos salários.

Eis
as principais reivindicações da categoria: reajuste emergencial de 26%; incorporação imediata da gratificação do Nova Escola; descongelamento do Plano de Carreira dos Funcionários Administrativos.

O piso salarial do professor é R$ 638,00; o do funcionário da escola, R$ 433,00. Cerca de 20 professores por dia útil saem das escolas estaduais, entre exonerados e aposentados uma carência de mais de 10 mil professores na rede, mas os baixos salários não atraem novos professores.

Além
das reivindicações citadas acima, a categoria luta por: reforma urgente da estrutura física das escolas; regulamentação dos animadores culturais; eleição de diretores de escolas; concurso público para professor e funcionário; paridade para os aposentados; e a revitalização do Iaserj.
 

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