terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Volta da aprovação automática: Eduardo Paes e Cláudia Costin são reprovados pela opinião pública

A secretária Cláudia Costin tentou disfarçar, mas aprovação automática vai continuar na rede municipal

O anúncio nesta sexta, pelo Jornal Extra, da volta da aprovação automática disfarçada de uma prova que os alunos que tiveram média global I (insuficiente) durante o ano letivo terão que fazer em março de 2010 recebeu condenção unânime dos leitores do jornal. A edição eletrônica do Extra (http://extra.globo.com/geral/casosdecidade/#245029) já publicou a nota do Sepe denunciando o estelionato eleitoral do prefeito, que jurou na campanha eleitoral que o seu primeiro ato depois de eleito seria acabar com a aprovação automática (o que ele realmente fez, em janeiro). Na parte do comentário dos leitores sobre as medidas anunciadas hoje e que significam a volta da aprovação automática, Eduardo Paes e Cláudia Costin foram reprovados de forma unânime pelos leitores do jornal, que se sentiram enganados por este prefeito que não tem qualquer tipo de compromisso com a educação pública de qualidade.

Ao lançar uma resolução que mascara uma forma de aprovação automática na rede municipal logo no final do ano letivo, a secretária Cláudia Costin trouxe de volta o pesadelo de profissionais de educação e responsáveis. Depois de muita luta, a categoria e o conjunto da sociedade conseguiram afastar o fantasma do fim da reprovação nas escolas municipais. Mas agora, uma nova fórmula criada pela SME a mando do prefeito Eduardo Paes, depois da repercussão negativa do anúncio da volta da aprovação automática na última semana, desrespeita dinda mais os profissionais e alunos.

Com a nova medida, um aluno avaliado com I em Língua Portuguesa, Matemática, História, Língua Estrangeira, Educação Artística, Educação Física, poderá ser aprovado a partir de uma única prova de múltipla escolha, aplicada por outro professor que não conhece o aluno, durante as férias escolares.

Como a nota deste professor pode passar por cima do conceito do professor regente que, durante o ano inteiro:

- aplicou e corrigiu pelo menos três provas vindas do governo;

- aplicou, no mínimo, quatro provas ou testes durante o ano;

- preencheu seguramente mais de 30 relatórios por bimestre sobre o desenvolvimento dos seus alunos;

- fez inúmeras discussões pedagógicas com o grupo da escola em COCS e reuniões sobre os alunos.


O Sepe vai exigir esclarecimentos da secretária municipal de Educação, Cláudia Costin, e do prefeito Eduardo Paes sobre o anúncio da medida que visa retardar ou reverter a reprovação dos alunos das escolas municipais no Rio. Segundo Cláudia Costin, o estudante que tirar conceito global (média de todas a disciplinas) Insuficiente (I) receberá uma “segunda chance” em março de 2010: ele só será reprovado se for mal em uma nova prova que será aplicada no início do ano letivo. Para o sindicato, tal medida contraria totalmente as promessas do prefeito Eduardo Paes, durante toda a campanha eleitoral de 2008, de acabar com a aprovação automática na rede municipal.

Em janeiro deste ano, Paes chegou a publicar uma resolução no Diário Oficial do município decretando o fim da aprovação automática, medida polêmica, adotada na gestão do ex-prefeito César Maia e que provocou protestos dos profissionais de educação, responsáveis e demais integrantes da sociedade que chegaram a reunir mais de cinco mil pessoas num protesto na porta da prefeitura em 2007.

Para o Sepe, o anúncio da secretária Cláudia Costin é uma tentativa do governo municipal de aumentar os índices de aprovação na rede, já que os resultados dos exames do último “Provão” das escolas municipais (testes bimestrais implementados desde o segundo bimestre do ano para avaliar o desempenho dos alunos) apresentaram uma baixa nos índices das notas de Português e Matemática nos alunos do 4º, 7º e 8º anos em comparação com os exames anteriores. Tal resultado aumenta os risco de aumento nas reprovações de alunos, o que pode implicar na redução de investimentos federais na educação municipal.

Não existem outros termos para explicar o que Paes e Cláudia Costin fizeram: Eles mentiram para a categoria e para o povo do Rio de Janeiro

Paes e Costin não vão conseguir mascarar a quebra de compromisso com toda a sociedade do Rio de Janeiro, pois uma das pedras fundamentais da campanha do atual prefeito foi o fim da aprovação automática na rede municipal, tema de debates eleitorais e incontáveis propagandas políticas, quando o então candidato chamava a aprovação automática de César Maia de "vergonha". Agora, eles querem com um prova no início do ano letivo jogar para o alto todo o processo educativo dos nossos alunos: como aqueles que apresentarem conceito insuficiente ao longo do ano vão poder "recuperar" o tempo perdido em apenas uma prova?

Fica claro o caráter político que se mascara por tás desta "reviravolta" promovida pelo prefeito e pela secretária de Educação. Infelizmente, mais uma vez os interesses políticos atropelam o interesse de promover uma educação de qualidade para mais de 750 mil estudantes da rede municipal.

O sindicato já registrou um aumento da insatisfação dos profissionais em várias escolas da rede municipal com o anúncio desta aprovação automática disfarçada. Em 2006, ano em que o ex-prefeito César Maia lançou a resolução que decretava o fim das reprovações na rede, a categoria realizou diversas paralisações e protestos, juntamente com alunos e responsáveis, contra a medida que prejudica o desenvolvimento pedagógico dos cerca de 750 mil alunos matriculados nas 1.060 escolas municipais do Rio, a maior rede municipal da América Latina.


(fonte SEPE RJ)

08/12 - Encontro de lideraças de aposentados

A Secretaria de Aposentados do Sepe convida as lideranças deste segmento da categoria para participar do Encontro de Lideranças, que será realizado no dia 08 de dezembro, no Sepe Central, das 9h às 13h.
PAUTA:
9h-Bate- papo e café solidário
10h-Avaliação do 33º Encontro
11h-Avaliação 2009
12h-Organização da Secretaria de Aposentados para 2010
13h-Confraternização
Almoço
Amigo Oculto

domingo, 29 de novembro de 2009

Regional 04 - Encontro de Funcionários dia 05/12

Como parte do esforço do SEPE RJ em organizar a luta dos funcionários de escola contra os recentes ataques dos governos de Cabral e Paes, a Regional realizará neste próximo sábado o seu Encontro de Funcionários; tendo como pauta temas importantes como Plano de Carreira, condições de trabalho nas creches e nas cozinhas, readaptados e saúde dos trabalhadores, terceirização, Comlurb e Pro-infantil.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

FESTA de JONGO

no QUILOMBO SÃO JOSÉ - VALENÇA - RJ

Dia 28 de novembro de 2009 - Sábado - a partir das 10h da manhã

Festa de Jongo em Homenagem a Zumbi dos Palmares

Entrada franca.

O Quilombo São José é uma comunidade de 200 negros da mesma família que preservam o jongo,

dança de roda considerada uma das origens do samba,

trazida de Angola para a região Sudeste do Brasil-Colônia pelos escravizados.

Essa família permanece há 150 anos na mesma terra mantendo ricas tradições como o jongo, a umbanda, o calango, o terço de São Gonçalo, a medicina natural, rezas e benzeduras,

a agricultura familiar entre outras.

Até 4 anos atrás a comunidade não possuía luz elétrica vivendo em semi-isolamento. A floresta, as casas de barro com telhados de palha, o candeeiro, o ferro à brasa e o fogão de lenha ainda fazem parte do cotidiano.

Programação:

10 horas - Missa afro ao ar livre

12:30 horas - Feijoada

14:00 hs - Capoeira, Maculele e Samba de Roda

14:30 hs - Jongo de Barra do Piraí

15:30 hs - Jongo da União Jongueira da Serrinha

16:00 hs - Jongo de Vassouras

16:30 hs - Jongo de Pinheiral

17:00 hs - Jongo de Arrozal

17:30 hs - Jongo do Quilombo São José

18 hs - Confraternização entre os grupos

19 hs - Benção da fogueira pela matriarca da comunidade

Mãe Tetê

19:30 hs - Início da Roda de Jongo na beira da fogueira com a participação de todos os presentes.

21 hs às 7 hs da manhã - Baile de Calango intercalado com

Roda de Jongo na fogueira até o sol raiar.

Durante toda à noite e madrugada barraquinhas venderão comidas típicas e artesanatos do local e serão assadas batatas na fogueira.

Domingo

8:00 hs - Café da manhã

9:00 hs - Jogo de futebol da comunidade e visitantes

12:00 hs - Encerramento da festa

Nessa festa sairão ônibus alugados do Rio.

Os interessados devem ir com transporte próprio ou de ônibus da Rodoviária conforme indicado abaixo.

Como chegar:

- Para chegar de ônibus:

Pegar ônibus do Rio para Barra do Piraí ( 1 hora e meia ) , outro de Barra para Conservatória ( 20 minutos ) e de lá para Santa Isabel ( 30 minutos ) . Salta no meio do caminho na ponte de acesso ao quilombo e acaba o trajeto a pé ( 15 minutos ) até chegar na comunidade.

Rio de Janeiro - Barra do Piraí - Viação Normandy 0300 3131532

Barra do Piraí - Conservatória: Empresa Barra do Piraí 24 2443.2934

Rio de Janeiro - Conservatória: Viação Normandy ( somente nas sextas-feiras )

Conservátoria - Santa Isabel - Empresa Senhor dos Passos ( segunda a sabado - 07hs - 16:30hs e 19 horas - domingos 07 hs - 15 hs - 19hs

2º opção -

Rio - Volta Redonda - Santa Isabel ( 2 horas ) : Viação Alô Brasil ou Cidade do Aço ( Santa Isabel fica a quinze minutos do quilombo )


Pra chegar de carro:


O Quilombo fica há duas horas e meia de carro do centro do Rio.

1º OPÇÃO - Pegar a RJ-SP ( Dutra ) subir a Serra das Araras ( para quem sai do Rio ) entrar a direita para VOLTA REDONDA. Cruzar a cidade de Volta Redonda em direção ao bairro VOLDAC.
Nesse bairro pegar a estrada nova de asfalto ( RJ 153 ) em direção à cidade de AMPARO - SANTA ISABEL do RIO PRETO . Ao chegar em SANTA ISABEL cruzar a cidadezinha em direção a Serra da Beleza (estrada de barro) que vai para Conservatória. Você está há 15 minutos do Quilombo São José
Pegar a serra em direção a Conservatória e em dentro de 10 minutos verá uma placa QUILOMBO SÃO JÓSÉ . É só pegar a direita mais 10 minutos de estrada de terra e você chegou !!!!!

2º OPÇÃO: Pegar a estrada Rio-SP entrar na saída para Piraí - Barra do Piraí e atravessar Barra do Piraí em direção a Valença. Após o trevo seguir em direção a cidade de Conservatória ( entrar a esquerda para Conservatória e não à direita para Valença, ). Atravessar a cidade de Conservatória (Cidade das Serestas) e subir a Serra da Beleza (estrada de barro). Após a 4º ponte, no 18º Km da estrada de barro virar a esquerda na entrada da Fazenda São José ( seguir mais 6 km ) por essa estrada de barro secundária

Hospedagem:


Existe uma área para CAMPING dentro do Quilombo bem ao lado da festa. É bom levar barraca para quem quiser descansar um pouco.

Existem também pousadas próximas nas cidades vizinhas de Conservatória e Santa Isabel.

Informações ligar para:

tels. 21 9209.7096

( falar com Alexandro )

ou pelo email jongo@quilombosaojose.com.br

Realização:

Associação de Moradores do Quilombo São José

Patrocínio:

SCC - Secretaria de Cidadania Cultura - Minsitério da Cultura

Edital Prêmio de Apoio a Pequenos Eventos Culturais

Parceria:

Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro

O sindicato e nós, nós e o sindicato

Pessoal, andei refletindo um pouco sobre as ações dos sindicatos, em especial sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro e produzi um texto. São reflexões, sem pretensão de escrever verdades. O objetivo é levantar alguns debates, na construção de uma entidade mais "densa" e por isso o enviei à direção da própria entidade. Vivemos tempos difíceis e solidão é coisa que mata. Espero que gostem e que sirva para alguma coisa.
Saudações,
Roberto Marques*.


Os sete pecados sindicais


Os movimentos sociais, no atual momento, carregam duas características conflitantes, mas nem por isso, excludentes. A primeira diz respeito ao campo de atuação, que também remete, de alguma maneira, à identidade. A segunda coloca em questão as suas relações com outros movimentos e com o conjunto da sociedade.

No que diz respeito à atuação, é inegável que vivemos um período de riqueza de possibilidades de comunicação e divulgação de idéias e ações. O Exército Zapatista de Libertação Nacional que o diga, mas também podemos listar uma série de outros movimentos que conseguem visibilidade das suas lutas e dos seus propósitos. No tocante aos sindicatos1, o desenvolvimento das técnicas trouxe elementos novos às relações com as respectivas categorias e novos sentidos às lutas sindicais. Os sindicatos, em função disso, passam a ser mais do que entidade de classe, mas são tensionados a ampliar e aprofundar o discurso, para os campos onde estão inseridas suas categorias. A tensão capital X trabalho está mais viva do que nunca, mas também muito mais complexa.

É aí que entram as relações dos sindicatos com o conjunto da sociedade e com os movimentos. A encruzilhada é clara: fecham-se em questões corporativas (por mais que sejam legítimas) e perdem o poder de agregar e construir alianças, ou ampliam suas preocupações e perdem o sentido das especificidades das categorias que representam?

O desafio que se coloca é o de ler o momento construindo as chaves de leitura no mesmo momento. Esse é um caminho para tentar conviver com as contradições que o mundo capitalista hoje nos empurra.

É nesse impasse que entendo que hoje se encontra o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (SEPE). A fragilidade política e a desconexão com a categoria são sintomas de alguns pecados que sucessivas direções deste sindicato vêm cometendo. Podemos identificar tais pecados:

1- Monólogo. Há anos as direções têm dificuldade em escutar a própria categoria. Escutar, no sentido Paulo Freire dizia2, de ter os ouvidos abertos para ouvir, inclusive, o que não se deseja ouvir.

2- Desconexão. O monólogo produz desconexão e vice-versa. O descolamento da categoria coloca em xeque a própria representatividade, uma vez que a categoria muitas vezes desconfia das propostas da direção.

3- Soberba. Na seqüência da equação, a soberba aparece na pretensão da direção de “conduzir” a categoria. Acaba criando a imagem de uma vanguarda quixotesca, que não consegue agregar nem produzir fatos significantes.

4- Vitimização. O resultado disso é o discurso da vítima permanente, sempre apontando os algozes. Esses podem ser os pais, as comunidades, as direções, as secretárias, as coordenadorias ou qualquer outro que esteja posicionado no campo oposto. A posição de vítima não contribui em nada para a construção de uma história – pelo contrário, debilita, infantiliza, uma vez que se coloca em posição inferiorizada, subalterna.

5- Superficialismo. Nesse quadro, não é possível ter uma proposta consistente, pois a própria identidade fica debilitada. Não há proposta para a categoria, nem para o campo, pois não há espaço, nem tempo, nem energia para essas discussões. Assim, professores deixam de ser intelectuais e se transformam em operários, porém, sem produzir riqueza. As relações com as instituições, por sua vez, se dão de forma rala, pois não há proposta, exceto a questão pontual. Não se discute projeto de educação, mas apenas a aprovação automática ou não, por exemplo.

6- Isolamento. A conseqüência natural desse conjunto é o isolamento. Tudo isso torna complicado produzir alianças eficazes, pois aliados consistentes não embarcam em projetos vagos. Quando há algum embate imediato, o constrangimento impede que se façam alianças mais amplas, pois tudo fica restrito a questões falsamente éticas, quando na verdade são fruto de fragilidades políticas.

7- Miopia política. Trata-se da incapacidade de compreender os acontecimentos na forma que se apresentam, com os personagens e o contexto em que aparecem. Isso impede de ver o que há além das políticas e dos projetos e também obstrui a possibilidade de agir de forma inesperada, criando fatos e desconstruindo discursos. O binarismo e a ortodoxia extrema atrapalham a condução de discussões e congelam debates, criando imagem de incoerência e sectarismo, tão prejudiciais às entidades de classe.

Por essas questões, o SEPE perde chances históricas de agregar, de engrossar a participação de profissionais da educação no nosso estado, em especial no município do Rio de Janeiro. Por exemplo, quando agora a SME3 anuncia preocupação em aumentar do tempo de permanência dos alunos nas escolas, o sindicato perde a oportunidade de questionar o teor desse projeto. Não poderia pressionar para voltar aos seis tempos? Ou será que está tudo bem com 4 horas de aulas regulares por dia? Qual a proposta do sindicato para isso? Repare que isso diz respeito também a especificidades da categoria, pois a mesma SME anuncia possibilidade de ampliar a carga dos professores para o regime de 30h/semana. Está tudo interligado e são questões que mobilizariam a categoria, ainda que aparentemente não esteja com ânimo para fazer protestos nas ruas, ou aderir a greves (parece que essa é a única forma de pressão dos operários-professores). Mas, isso é tarefa das direções sindicais: entender o que a categoria pensa e quer.

Roberto Marques

terça-feira, 24 de novembro de 2009

SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA INDEPENDENTE DOS GOVERNOS - ATO DIA 25/11

QUARTA-FEIRA, 25/11, A PARTIR DAS 10 HORAS NA CINELÂNDIA
GRANDE ATO DA SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA INDEPENDENTE DOS GOVERNOS

O ato central da Semana Nacional da Consciência Negra Independentes dos Governos será nesta quinta-feira, 24/11, a partir das 10 horas. Teremos aulas públicas, oficinas, barracas; a tarde, teremos o ato contra o extermínio da população negra, a perseguição aos movimentos sindical, polular e estudantil. Essa atividade fechará a Semana, que contou com atividades culturais, de resistência e luta, como o dia 20/11 no Buraco do Galo em Oswaldo Cruz, o dia 22/11 em Acarí, entre outras.

Não deixe de participar e levar faixas, bandeiras e panfletos de sua entidade/movimento!

II Seminário do Fórum de Educadores Populares

Universidade para o Capital

Nunca na história da humanidade a produção de conhecimento foi tão grande como atualmente. Inúmeros artigos e teses são publicados semanalmente, mas esse conhecimento não tem sanado as necessidades básicas da população como saúde, moradia, entre outras. Mas porque isso acontece?

No Brasil, temos em torno de 190 milhões de habitantes, e em média 4 milhões são universitários. Destes, 75% estão em universidades particulares, que tem na sua formação uma grade curricular voltada para atender as demandas profissionais do mercado de trabalho e tem seu direito à educação diretamente submetido a capacidade de pagar e gerar lucros aos grandes conglomerados, como a Estácio e outros.Nas universidades públicas com o processo de reestruturação do ensino superior (REUNI e PROUNI e variações estaduais) intensifica-se um atrelamento ao capital já antes iniciado com o ingresso de Fundações através da relação público-privado, a autonomia das universidades públicas tem sido comprada pelas grandes corporações: citamos o curso de farmácia da USP que teve seu departamento de infectologias substituído pelo departamento de cosméticos, para atender os interesses do seu patrocinador, e na UERJ o curso de direito, onde planos de saúde financiam estágios e, em contrapartida exigem que disciplinas e monografias sejam obrigatoriamente ligadas a área de direito da saúde privada.

Portanto, é necessária uma mobilização do conjunto dos estudantes e trabalhadores contra a submissão da educação e da produção de conhecimento frente aos conglomerados econômicos, que usam da universidade pública como centros de pesquisas, patenteando o conhecimento público e direcionando a formação acadêmica para atender a iniciativa privada e seus lucros. Esta estrutura está não só se infiltrando nas universidades, como tem inúmeros defensores em seus anti-democráticos conselhos universitários, que utilizam de seu status como professores para defender os lucros das fundações e a crescente presença de Organizações Sociais (OS's) na saúde e educação. A vereadora Aspásia Camargo e professora do departamento de Ciências Sociais da UERJ é só um exemplo de centenas destes em cada universidade.

Nesse sentido, inúmeros estudantes e movimentos sociais estão se unindo no intuito de construir ações coletivas que denunciem e contraponham a venda da educação para as grandes corporações. Se você quer que a educação seja verdadeiramente pública e popular, que o conhecimento sirva as demandas sociais participe do II Seminário do Fórum de Educadores Populares: Por uma Educação Popular e Emancipatória.

Data: 29/11/2009 Horário: das 08:00h as 18:00h

Local: Ocupação Quilombo das Guerreiras

Rua Francisco Bicalho, 49 (Próximo a Rod. Novo Rio)

Inscrições: forumedu.pop@gmail.com

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Profissionais são agredidos em escolas da Zona Oeste

A falta de segurança no interior das escolas da rede municipal e estadual atinge a cada dia níveis mais intoleráveis. No mesmo dia, professores de uma escola estadual e de uma municipal foram agredidos dentro do espaço escolar, fato que comprova as denúncias do sindicato - já enviadas à SME, CREs, Câmara de Vereadores e Minístério Público - sobre os riscos a que professores, funcionários e alunos estão expostos nas unidades escolares.

A primeira agressão foi registrada no Colégio Estadual Vicente Januzzi, no dia 18 de novembro, durante o turno da manhã, quando uma professora foi atingida nas costas por uma bola de borracha atirada por um dos seus alunos, dentro da sala de aula. Convocada pela direção da escola, a mãe do aluno foi até a escola, desculpou-se e se comprometeu a acompanhar a conduta do filho naq escola. A direção da unidade também advertiu a turma.

Neste mesmo dia, também pela manhã, na Escola Municipal Pedro Aleixo, na Cidade de Deus - uma das "Escolas do Amanhã" do prefeito Eduardo Paes - uma professora da educação infantil foi agredida por uma mãe de aluno, no interior da escola, por motivos fúteis. A agressão se deu quando a professora conversava na sala da diração da unidade.

Por volta das 10h, a diretora geral da escola, juntamente com a professora agredida, foram até uma Unindade de Pronto Atendimento (UPA) para que a profissional fosse medicada (ela levou um tapa no rosto). Depois as duas foram até a 32ª para prestar queixa.

Diante da ocorreência destas novas agressões, o Sepe enviará um documento à SME, cobrando providências em relação ao ocorrido, além de solicitar a contratação de profissionais para completarem o quadro de inspetores e demais funcionários administrativos da unidade.


sábado, 21 de novembro de 2009

Projeto de lei que inclui os Professores 40h ao Plano de Carreira será votado no dia 25/11 (4ª feira)

A notícia abaixo foi publicada em http://www.alerj.rj.gov.br/assuntos1.htm (procurar ordem do dia 25/11/2009)
Histórico

Sessão Ordinária Data: 25/11/2009
Hora: 16:30:00
EM REGIME DE URGÊNCIA

EM DISCUSSÃO ÚNICA

PROJETO DE LEI Nº 2712/2009, DE AUTORIA DO PODER EXECUTIVO (MENSAGEM Nº 54/2009), QUE INSTITUI PLANO DE CARGOS E VENCIMENTOS PARA A CATEGORIA FUNCIONAL QUE MENCIONA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

(PENDENDO DE PARECER DAS COMISSÕES: DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA; DE SERVIDORES PÚBLICOS; DE EDUCAÇÃO; E DE ORÇAMENTO, FINANÇAS, FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE).

Horário integral contra a evasão

21.11.09 às 01h38 - O DIA on line
Em 161 escolas onde é grande o abandono da sala de aula, a prefeitura do Rio oferecerá oficinas de arte, informática e esporte a 115 mil alunos
POR MARIA LUISA BARROS
Rio - A partir do ano que vem, o programa Bairro Educador implantado pela Prefeitura do Rio nas 150 Escolas do Amanhã, localizadas em áreas de risco, será levado para mais 161 escolas municipais com altos índices de evasão.
Cerca de 115 mil estudantes do Ensino Fundamental (1° ao 9° ano) terão atividades em tempo integral. No contraturno das aulas, voluntários selecionados no bairro oferecerão oficinas de dança, percussão, basquete de rua, grafite, inclusão digital, música, xadrez, leitura, teatro, capoeira e reforço escolar, entre outras.
Na Escola Augusto Rangel, a leitura é uma das atividades no contraturno. Os oficineiros receberão até R$ 600 para ensinar o que sabem à tarde para quem estuda de manhã e vice-versa. Santa Cruz e Campo Grande são os bairros que terão mais unidades com horário ampliado.
Para a secretária municipal de Educação, Cláudia Costin, o Bairro Educador cria novos espaços de aprendizagem e aproxima a comunidade da escola: “Cada unidade terá um educador comunitário que vai buscar pessoas do bairro que sejam talentos locais para servir de exemplo para os jovens”. Segundo a secretária, o programa é voltado a escolas com elevada evasão e distorção idade-série. “A taxa de abandono escolar nas Escolas do Amanhã é de 5,2%, enquanto nas demais regiões é de 2,6%. Os índices de defasagem também são mais problemáticos nessas áreas”, diz Cláudia.
Os colégios incluídos no Bairro Educador também terão mães voluntárias que receberão ajuda de custo de R$ 100 para atuar como pacificadoras. “Elas reforçam a presença da comunidade dentro da escola e, quando necessário, vão até as famílias para saber por que a criança não está indo às aulas”, explica a secretária.
Na Escola Municipal Alberto Rangel, na Cidade de Deus, o primeiro bairro a receber o programa, projetos e oficinas estão se mostrando armas poderosas na batalha para formar adultos campeões. “Pichações e atos de vandalismo diminuíram e eles estão tirando notas melhores”, comemora a diretora Maria Luiza Pitanio.
Depois que começou a participar das oficinas, Raquel Matheus Ferreira, 15 anos, aluna do 7º ano, passa mais tempo na escola. “Minha mãe estranhou e veio aqui ver o que estava acontecendo. Antes eu ficava o dia todo em casa no computador. Agora, quero aprender coisas novas”, conta ela.
CONFIRA A LISTA DAS 161 UNIDADES ESCOLARES

As 10 postagens mais acessadas

Seguidores