terça-feira, 1 de setembro de 2009

Incorporação do Nova Escola será votada na próxima terça-feira

Plantão Globo Online
Leia a notícia em:
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2009/09/01/incorporacao-do-nova-escola-sera-votada-na-proxima-terca-feira-767419897.asp
Dimmi Amora
A proposta do governo de incorporação da gratificação do Nova Escola ao salário dos professores será votada na próxima terça-feira. O projeto - que numa quebra de acordo entre governo e oposição foi posto na pauta de votação hoje - recebeu 86 emendas que terão que ser analisadas pelas comissões. Cerca de 500 professores foram até a Alerj se manifestar contra a proposta que reduz outras gratificações e será pagas em parcelas anuais até 2015. Houve um tumulto entre professores que tentavam entrar na casa e seguranças da Alerj, mas não houve feridos.
Entre os manifestantes estava o professor de biologia Francisdo de Assis Bezerra, de 55 anos. Com quatro livros sobre o braço, ele saiu de Vila Isabel antes de ir para a escola que dá aula em Nova Iguaçu à noite. Professor do estado de uma escola em Campo Grande, para onde só consegue chegar usando dois ônibus, ele tem um salário bruto de R$ 1.040,00 após dez anos de trabalho. Além dos descontos de impostos, para sobreviver pegou empréstimos em quatro bancos, o que resulta em mais R$ 244 de desconto. No final, sobram-lhe R$ 618,41.
- É a forma como vivemos, com dívida em bancos, para poder trabalhar. Não temos vale transporte e agora o governo que reduzir ainda mais nosso salário - disse o professor.
O projeto do governo quer incorporar a gratificação aos vencimentos no maior valor: R$ 435. Mas prevê que isso será feito em seis anos. Além disso, propõe a redução de 12% para 7% do triênio dos professores. De acordo com deputados da oposição, isso vai trazer perdas aos profissionais mais próximo da aposentadoria. Por isso, foram feitas emendas retirando a redução e reduzindo para o atual mandato do governador Sérgio Cabral (2010) a incorporação da gratificação.
De acordo com o deputado Alessandro Molon (PT), integrante da comissão de educação, havia um acordo para debater o projeto por pelo menos 45 dias, o que foi rompido pelo governo. O presidente da comissão, Comte Bittencourt (PPS), afirmou que amanhã haverá uma reunião de professores e líderes dos partidos. Segundo ele, o governo também concordou em trazer um integrante para explicar a proposta aos líderes partidários antes da votação.
De acordo com o líder do governo, Paulo Melo (PMDB), não houve quebra de acordo já que o projeto será votado antes da reunião de líderes, o que tinha sido prometido pelos governistas à oposição. Segundo ele, o governo não está disposto a rever o projeto.

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