quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Boletim Unificado: Seminário lançará campanha em Defesa da Educação

Aluno não é mercadoria, escola não é fábrica, educação não é negócio
      Sepe inicia campanha unificada em defesa da educação pública de qualidade Ao tomar posse como novo secretário estadual de educação, Wilson Risolia afirmou: “Até por formação, tenho esse vício de pensar a educação como negócio”.
     Foi apenas mais uma demonstração do que tem sido a tônica das políticas públicas educacionais no estado do Rio de Janeiro: a mercantilização da educação através da adoção do produtivismo e da meritocracia.
     Assim como no governo estadual, em vários municípios a moda é falar em metas de desempenho, em índices de qualidade e em prêmios e bonificações.
     Tudo isso ancorado na falsa idéia de que é possível dar o necessário salto de qualidade na educação a partir da lógica privada do mercado: concorrência entre escolas e professores, padronização das avaliações e dos currículos, ampliação do controle burocrático nas mãos das secretarias e parcerias com ONGs para realização de projetos.
     No município do Rio - maior rede pública de ensino da América Latina - a quantidade de projetos é tamanha que nem mesmo as CREs sabem orientar as escolas sobre o que fazer com os recursos e obrigações que chegam.
     Projetos que utilizam métodos defasados e conteúdos inadequados objetivando, na prática, mascarar os índices de aprovação para, assim, atingir o grande objetivo educacional: melhorar os índices.
     Certamente o IDEB, criado pelo governo federal e divulgado insistentemente pela grande mídia, pelos governos e por entidades da sociedade civil, contribuiu para essa naturalização da competição, dos rankings e metas quantitativas. As política dos mais diversos governos entraram nessa onda sem deixar de
culpar e penalizar os profissionais da educação. 
A educação não se resume a números que só servem para classificar e rotular
     Por isso, é tão urgente recuperar um projeto de educação pública pública forjado nas lutas sociais dos anos 80 para atualizá-lo sem deixar de reafirmar o que tinha de mais essencial: seu caráter universalizante, socialmente comprometido, laico, público e democrático.
     Que garanta a autonomia pedagógica e política daqueles que constroem o processo de ensino aprendizagem ao mesmo tempo em que valoriza o trabalho dos profissionais da educação. É para esse desafio que o Sepe chama você. De 5 e 6 de novembro faremos um grande seminário para pensar e discutir
estas questões no intuito de juntar forças para esta luta necessária para os dias de hoje. Você não pode faltar!

Leia mais! Acesse, baixe e divulgue o Boletim Unificado do Sepe-RJ

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