sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Animadores Culturais da rede estadual se mobilizam pela investidura

   Após quase duas décadas de luta para terem sua situação regularizada, o que, afinal, acabou sendo anunciado no ano passado, os animadores culturais que trabalham nas escolas estaduais correm o risco ter a sua investidura suspensa. Em audiência com a direção do Sepe em meados de janeiro, o secretário de Educação Wilson Risolia disse ter em suas mãos um parecer da Procuradoria Geral do Estado que julgava a Proposta de Emenda Constitucional para regularização da animação cultural inconstitucional.
    Veja o documento tirado durante a última reunião do Coletivo de Animadores do Sepe/RJ, realizada no último dia 1º de fevereiro e que faz uma avaliação dos encaminhamentos que irão delimitar a luta deste segmento da categoria para este ano de 2011.


Coletivo de Animadores - Sepe - RJ

Um comentário:

  1. O governador Sérgio Cabral, aquele que mais prometeu definir de forma positiva e satisfatória a situação dos animadores culturais, está bem próximo de arrancá-los do sistema. Esses profissionais da cultura, que atuam na educação estadual do Rio de Janeiro desde o primeiro governo Leonel Brizola, vêm passando pelas mais cruéis covardias, de governo a governo, desde que Brizola deixou o poder. Parece um incômodo para os governantes, saber que a cultura está presente nas escolas; abrindo mentes e horizontes. Para Sérgio Cabral, parece que mais ainda. Desde que assumiu o palácio, ele vem cometendo atrocidades contra esses profissionais que há mais de duas décadas fazem uma parceria fértil com as escolas. Têm matrículas, descontos para a previdência, e recentemente obtiveram a alegria ilusória da aprovação unânime de uma lei que os tornaria estatutários. Todos os deputados votaram a favor, mas o governador se negou a permitir que as investiduras fossem assinadas, o que gerou angústia e decepção.
    A situação agora é a seguinte: Um juiz determinou há dias, que os animadores culturais sejam exonerados no prazo de três meses. Ninguém tira da cabeça dos profissionais da cultura na educação, a certeza de que Sérgio Cabral está por detrás dessa decisão. Ele não se pronuncia nem toma qualquer outra atitude, numa demonstração de frieza, desprezo e covardia. Os animadores culturais, que no início eram mais de dois mil em todo o estado, e agora são pouco mais de quinhentos, estão se mobilizando. Têm apoio de muitos deputados, estão calcados nesse apoio para uma tentativa de reverter a situação, mas a coisa está complicada. A revolta é grande, não apenas entre eles, mas entre todos os profissionais da educação, além de alunos, pais e comunidades em um todo, pois trata-se de um grupo muito querido. Uma categoria que revoluciona a educação com projetos culturais, eventos, oficinas, movimentos em prol da cidadania dos alunos. Talvez seja isso, exatamente, o que deixa o governador tão incomodado.
    Espera-se uma decisão favorável. É preciso que a solidariedade cresça, que o SEPE ajude com a impetração de recurso, e a imprensa também abrace a causa. No dia 4 de outubro haverá uma grande movimentação no centro do Rio, com animadores culturais, outros profissionais da educação e da cultura, pais e alunos. Tomara que isso chegue não aos ouvidos, mas ao coração de Sérgio Cabral, que efetivamente pode fazer algo, para que essa injustiça não se concretize. Seria muita covardia. Uma grande prova da hipocrisia e da falta de palavra de um governador que vomita aos quatro ventos palavras de ordem sobre moralidade. É ou não é imoral essa perseguição a um grupo que até hoje só tem somado em prol da cultura, da educação e da cidadania? Seja coerente, governador. Olhe para os desmandos de verdade que o rodeiam, e defenda também a causa desses fazedores de cultura, como fingiu fazer quando estava em campanha. Lembre-se de que todo político sempre está em campanha.

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