terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Seminário sobre povos indígenas do ANDES aprovou moção de apoio ao movimento de resistência da Aldia Maracanã


Nos últimos dias 14 e 15 de novembro, o Movimento de Resistência Aldeia Maracanã, a Universidade Intercultural Indígena, assim como a categoria de profissionais de Educação, estiveram representados no Seminário sobre Povos Indígenas do Andes-SN em Brasília pela professora de Biologia Mônica Lima, indígena Arawak. 
Recentemente a professora foi  afastada de suas regências pela SEEDUC (Secretaria de Estado de Educação), a mando da SEAP (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária), por motivos políticos-ideológicos. Mônica palestrou em uma das mesas do Encontro e defendeu a causa indígena e da Educação. Falou das perseguições e punições  que os profissionais de educação vêm enfrentando com o autoritarismo do Governador Pezão e secretário Risolia. 
Também abordou as violações que os povos indígenas e o movimento de resistência da Aldeia Maracanã vêm sofrendo por parte do Estado de Exceção e governo Dilma, compromissada com as empreiteiras e agronegócio, em detrimento das causas sociais, além de registrar o enfrentamento sobre sua própria perseguição. O que não é uma causa isolada e sim um somatório de criminalização a partir da greve dos professores que culminou com as prisões de manifestantes por conta da Copa de Exceção.
 Mônica denunciou que seu afastamento das aulas no Complexo Penitenciário Gericinó em Bangu aconteceu não por motivos concretos, e sim por perseguição dos agentes da SEAP que a viram quando da saída dos presos também perseguidos políticos, muitos deles professores, a reivindicar pela justa liberdade dos mesmos, pois não estamos mais na Ditadura. A Plenária do Encontro aprovou uma moção que apoia os profissionais de educação e repudia as ações antidemocráticas, anti-sindicais, ilegais e punitivas referentes a última greve da categoria, assim como defende e reafirma o direito à greve.
 Na mesma moção os professores do Andes-SN presentes no Encontro apoiam a professora Mônica e rechaçam a atitude da SEEDUC e SEAP que cerceiam e violam os direitos da professora quando a removem de sua lotação no Complexo Penitenciário Gericinó por motivos políticos-ideológicos assediando moralmente a mesma e seus alunos. Importante manifesto de apoio ao movimento de Resistência da Aldeia Maracanã também foi unanimente aprovado pelos presentes no Encontro. A professora esteve no Encontro com apoio do Sepe que igualmente repudia o processo de criminalização pelo qual os professores e professoras têm enfrentado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

As 10 postagens mais acessadas

Seguidores