terça-feira, 29 de junho de 2010

Greve em Petrópolis continua


No dia 13 de maio de 2010 os profissionais de educação do município de Petrópolis entraram em greve. Após diversas tentativas de dialogar com o prefeito Paulo Mustrangi (PT), os trabalhadores decidiram lançar mão desse legítimo instrumento de luta para reivindicar vencimento mínimo semelhante ao salário mínimo vigente, incorporação dos abonos, 20% de reajuste e Plano de Cargos e Salários discutidos com a categoria e mais 16 itens referentes principalmente a melhorias nas condições de trabalho. Os salários em geral são muito baixos, e grande parte desses funcionários recebe menos de um salário mínimo como vencimento.
            Como os problemas dos outros servidores municipais são semelhantes aos da educação, foi criado o Movimento Unificado dos Servidores Municipais e no dia 21 de maio foi a vez dos funcionários da saúde entrarem em greve.
            Atendendo ao pedido do desembargador Luiz Felipe Haddad, os servidores decidiram sair da greve  no dia 2 de junho para que, num prazo de 20 dias, se efetivasse uma negociação entre servidores e prefeitura. Na primeira reunião nós apresentamos estudos do Dieese que comprovavam o aumento da arrecadação dos impostos do município e que daria para aumentar o salário dos servidores em até 19,52% sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Ainda assim, na reunião seguinte, apresentamos uma contraproposta deliberada em assembleia que baixava o índice do reajuste para 15%, uma demonstração clara da disposição dos trabalhadores em negociar. Após três reuniões, no dia 16 de junho, a prefeitura encerrou as negociações, alegando que o máximo que poderia ser dado era 5% de reajuste e incorporação de um dos abonos. A categoria, que já havia rejeitado essa proposta, diante da intransigência do governo, decidiu voltar à greve.
            Há quarenta dias esses trabalhadores resistem bravamente em sua greve, realizando diariamente atos pela cidade. Há uma ameaça da prefeitura em cortar o ponto dos servidores, o que nos leva à necessidade de formarmos emergencialmente um fundo de greve.
            Estamos precisando do apoio político e financeiro dos trabalhadores para que possamos vencer essa batalha colocada para nós.
            Abaixo segue uma moção de solidariedade para nossa greve. Para concretizarmos o apoio financeiro, por favor envie email informando a disponibilidade.

Sepe-Petrópolis
Rua do Imperador, 866/202 – Centro
Petrópolis-RJ
Tel: (24) 2231-4575
sepepetropolis@gmail.com

Moção de solidariedade à greve de Petrópolis (MODELO)

(nome da entidade/apoiador) manifesta seu apoio à greve dos servidores municipais da saúde e da educação de Petrópolis.
            Essa greve teve início no dia 13 de maio e os trabalhadores se depararam com a intransigência do governo do Paulo Mustrangi (PT), que encerrou a negociação apresentando uma proposta muito abaixo das necessidades dos trabalhadores desse município. Esses servidores têm passado por represálias em seus postos de trabalho e estão com seu ponto ameaçado de corte.
            Portanto, exigimos que o prefeito Paulo Mustrangi reabra as negociações e atenda à justa reivindicação dos grevistas, sem nenhum prejuízo a eles.

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