No dia 13 de maio de 2010 os profissionais de educação do município de Petrópolis entraram em greve. Após diversas tentativas de dialogar com o prefeito Paulo Mustrangi (PT), os trabalhadores decidiram lançar mão desse legítimo instrumento de luta para reivindicar vencimento mínimo semelhante ao salário mínimo vigente, incorporação dos abonos, 20% de reajuste e Plano de Cargos e Salários discutidos com a categoria e mais 16 itens referentes principalmente a melhorias nas condições de trabalho. Os salários em geral são muito baixos, e grande parte desses funcionários recebe menos de um salário mínimo como vencimento.
Como os problemas dos outros servidores municipais são semelhantes aos da educação, foi criado o Movimento Unificado dos Servidores Municipais e no dia 21 de maio foi a vez dos funcionários da saúde entrarem em greve.
Atendendo ao pedido do desembargador Luiz Felipe Haddad, os servidores decidiram sair da greve no dia 2 de junho para que, num prazo de 20 dias, se efetivasse uma negociação entre servidores e prefeitura. Na primeira reunião nós apresentamos estudos do Dieese que comprovavam o aumento da arrecadação dos impostos do município e que daria para aumentar o salário dos servidores em até 19,52% sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Ainda assim, na reunião seguinte, apresentamos uma contraproposta deliberada em assembleia que baixava o índice do reajuste para 15%, uma demonstração clara da disposição dos trabalhadores em negociar. Após três reuniões, no dia 16 de junho, a prefeitura encerrou as negociações, alegando que o máximo que poderia ser dado era 5% de reajuste e incorporação de um dos abonos. A categoria, que já havia rejeitado essa proposta, diante da intransigência do governo, decidiu voltar à greve.
Há quarenta dias esses trabalhadores resistem bravamente em sua greve, realizando diariamente atos pela cidade. Há uma ameaça da prefeitura em cortar o ponto dos servidores, o que nos leva à necessidade de formarmos emergencialmente um fundo de greve.
Estamos precisando do apoio político e financeiro dos trabalhadores para que possamos vencer essa batalha colocada para nós.
Abaixo segue uma moção de solidariedade para nossa greve. Para concretizarmos o apoio financeiro, por favor envie email informando a disponibilidade.
Sepe-Petrópolis
Rua do Imperador, 866/202 – Centro
Petrópolis-RJ
Tel: (24) 2231-4575
sepepetropolis@gmail.com
Moção de solidariedade à greve de Petrópolis (MODELO)
(nome da entidade/apoiador) manifesta seu apoio à greve dos servidores municipais da saúde e da educação de Petrópolis.
Essa greve teve início no dia 13 de maio e os trabalhadores se depararam com a intransigência do governo do Paulo Mustrangi (PT), que encerrou a negociação apresentando uma proposta muito abaixo das necessidades dos trabalhadores desse município. Esses servidores têm passado por represálias em seus postos de trabalho e estão com seu ponto ameaçado de corte.
Portanto, exigimos que o prefeito Paulo Mustrangi reabra as negociações e atenda à justa reivindicação dos grevistas, sem nenhum prejuízo a eles.
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