terça-feira, 8 de setembro de 2009

Batalhão de Choque usa bomba de efeito moral em manifestação de professores no Centro do Rio

Leia a reportagem em:http://oglobo.globo.com/rio/mat/2009/09/08/batalhao-de-choque-usa-bomba-de-efeito-moral-em-manifestacao-de-professores-no-centro-do-rio-767521202.asp
Publicada em 08/09/2009 às 18h33mO Globo, CBN e Lina Marques - Extra
RIO - O Batalhão de Choque utilizou três bombas de efeito moral para dispersar manifestação de cerca de mil professores e profissionais de educação em frente à Alerj, na tarde desta terça-feira. Um diretor do sindicato dos professores (Sepe) foi detido e oito pessoas ficaram feridas com balas de borracha e estilhaços de bomba de gás lacrimogêneo. Quatro vítimas foram levadas para o Hospital Souza Aguiar, um deles, de ambulância. Os outros quatro foram atendidos no posto médico da Alerj. Deputados e secretários estaduais votam neste momento o projeto de lei que incorpora a gratificação do Nova Escola ao salário dos professores .
(Veja imagens da manifestação de professores em frente à Alerj)
O protesto que incorpora o Nova Escola aos salários dos professores em até seis anos deve ser votada ainda nesta terça-feira. Os professores reivindicam a manutenção do aumento de 12% na mudança de nível do plano de carreira dos professores. O estado quer reduzir para 7,5%. Em reunião antes da votação, os deputados decidiram ceder aos protestos e manter os 12%.
Segundo o Blog do Servidor , do Extra, a confusão começou quando os policiais tentaram tirar uma faixa que simulava o painel de votação da Alerj.
De acordo com o Sepe, o tumulto aconteceu na chegada da passeata às escadarias da Alerj, quando a polícia militar utilizou de força excessiva para desocupar a rua e cortar o som do carro de som utilizado pelos manifestantes. Ainda segundo o sindicato, quando os manifestantes já estavam deixando a rua para ocupar as escadarias, o comando do policiamento deu ordem para que os policiais avançassem sobre os profissionais de educação e tomassem o carro de som.
O fotógrafo do EXTRA Marcelo Franco também foi atingido pelos estilhaços das bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela PM. A Guarda Municipal deteve um professor por desacato à autoridade. O detido foi levado para a 5ª DP. Alguns deputados chegaram a sair à rua para tentar acalmar os ânimos. O Batalhão de Choque se retirou por volta das 17h, mas a Polícia Militar continua acompanhando de perto a manifestação.
Em nota, o Sepe lamentou que a polícia do Rio "tenha atacado trabalhadores" e informou que a passeata foi previamente comunicada às autoridades competentes.
A Avenida 1º de Março chegou a ser fechada durante 40 minutos ao tráfego, e o trânsito ficou muito complicado no Centro do Rio, com os carros sendo desviados pela Ladeira da Misericórdia, por volta das 14h30. No início da noite desta terça-feira, o trânsito voltou a ficar complicado na via.
Com cartazes, bandeiras e um carro de som, duas faixas da esquerda da Rio Branco foram interditadas ao tráfego, que ficou lento no local. Houve retenções também na Avenida Presidente Vargas para quem segue em direção à Candelária.
O secretário da Casa Civil, Regis Fichtner, o secretário estadual de Governo Wilson Carlos e o secretário estadual de Planejamento, Sérgio Ruy Barbosa chegaram a se reunir com os líderes da manifestação, para chegar a um acordo antes do tema ser levado à votação em plenário.
Os manifestantes pretendem acompanhar nas escadarias da Alerj a votação do projeto de lei 2474, do governador Sérgio Cabral, que altera o plano de carreira da educação estadual e propõe a incorporação da gratificação do Nova Escola em seis anos, o que os profissionais de educação não aceitam. Ao final da votação na Alerj, a categoria fará uma assembleia geral nas escadarias para discutir o andamento das negociações e avaliar a continuidade da greve, que começou nesta terça-feira e é por tempo indeterminado.
Por causa da manifestação, Sérgio Cabral teve que faltar a um almoço na Associação Comercial do Rio, onde ele seria homenageado pela defesa que tem feito quantos às destinações dos benefícios da exploração do pré-sal. De acordo com o anfitrião, José Luiz Alquérez, Cabral não compareceu por estar negociando com os professores estaduais.

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