Confira esta reportagem em: http://jbonline.terra.com.br/pextra/2009/09/07/e070929254.asp
Nara Boechat, Jornal do Brasil
RIO DE JANEIRO - Os professores da rede estadual entram em greve a partir de hoje e fazem uma caminhada da Candelária até a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), no Centro. A categoria pede aos deputados aprovação de algumas emendas ao Projeto de Lei 2474, do governador Sérgio Cabral, que deve ser votado ainda hoje e que propõe a incorporação da gratificação do Nova Escola em seis anos, além da alteração do plano de carreira da educação estadual, reduzindo a diferença entre os níveis de 12% para 7,5%.
Esta já é a terceira vez que os profissionais se reúnem em frente à Alerj para mudar o projeto do governador. Segundo a diretora da regional II do Sindicato Estadual de Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe), Dulce Helena, uma mobilização da categoria sensibilizou os deputados.
– Durante duas semanas, professores e funcionários da educação ficaram enviando e-mails para os deputados. Com isso, conseguimos mobilizá-los para incluir emendas no projeto.
Os profissionais da rede estadual exigem que seja retirada do projeto a redução de 12% para 7,5% entre os níveis e que a incorporação da gratificação do Nova Escola seja feita imediatamente e não em seis anos.
– O governador divulga isso na mídia como se tivesse contemplando a categoria, mas esse projeto está destruindo um plano de carreira que foi conquistado a duras penas – afirma Dulce. – Com esse projeto, nós receberemos R$100 imediatos de gratificação e o resto dividido em seis vezes. Ou seja, o profissional de nível 1 irá passar a ganhar R$ 900 em outubro de 2015. sem o projeto, isso aconteceria ainda neste ano.
Segundo um estudo feito pelo Sindicato, com o projeto do governo, um professor que está se aposentando, do nível 9, receberia R$ 1.298,61 em outubro deste ano, contando os R$ 100 imediatos da gratificação somados ao salário atual, e R$ 1.639,37 em outubro de 2015. Já com a reinvidicação do Sepe de incorporação total e imediata, o salário deste mesmo professor ficaria em R$ 2.275,90. Além disso, seguindo estes números, a diferença entre os salários dos níveis 8 e 9 com os 7,5% e 12%, seria R$ 114,37 e R$ 243,85, respectivamente.
De acordo com Dulce Helena, o sindicato espera a adesão de cerca de 3 mil profissionais da categoria, com o apoio de outras organizações e alunos da rede estadual. A concentração será ao meio-dia, na igreja da Candelária, e os professores devem chegar à Alerj na hora em que o projeto será votado, às 14h30.
– Haverá uma assembleia após a votação para decidir o que será feito – acrescentou a diretora. – Enquanto não conseguirmos barrar esse projeto como está, estaremos em greve.
Ninguém da Secretaria estadual de Educação foi encontrado nesta segunda-feira para falar sobre o movimento.
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