sexta-feira, 1 de julho de 2011

Profissionais foram a um supermercado na manhã desta sexta em protesto contra os baixos salários no estado


Como parte da Campanha "A Educação tem fome", os profissionais das escolas da rede estadual, em greve desde o dia 7 de junho, foram ao supermercado Mundial, no Bairro de Fátima (Centro do Rio), para fazer compras com os cartões do "Auxílio Educação", distribuídos pela Secretaria Estadual de Educação (Seeduc). Desde o início da manhã, a categoria se concentrou na porta do supermercado e na Rua do Riachuelo, onde foi realizada uma panfletagem. A população foi bastante receptiva e manifestou seu apoio à greve dos profissionais da rede estadual.

Com este cartão, lançado neste mês pelo governo do estado para aquisição de bens culturais (livros, entradas de cinema, teatro etc.), o professor regente (o que trabalha em sala de aula) pode gastar até R$ 500,00 por ano em compras diversas. O cartão não é oferecido aos funcionários nem aposentados.

O protesto teve como objetivo mostrar que a categoria precisa mesmo é de um reajuste salarial digno e o que o estado oferece hoje (piso de R$ 610), incluindo o cartão, não dá para sobreviver com dignidade – por isso mesmo, o nome do protesto: “A Educação estadual do Rio tem fome”.

TJ analisa pedido de liminar contra desconto da greve:

A 3ª Vara da Justiça da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio analisa na segunda-feira, dia 4, o pedido de liminar do Sepe contra o corte do ponto dos profissionais de educação do estado. Todas as partes foram convocadas para a audiência, mas os secretários de governo não compareceram. Apenas a Procuradoria do Estado compareceu. O Ministério Público também compareceu. Com isso, nova audiência foi marcada para o dia 4 de julho. Para esta nova audiência, o juiz titular da 3ª Vara, Plínio Pinto Coelho, convocou em caráter de urgência os secretários de Planejamento e Educação.

Na audiência do dia 29/06, o Sepe defendeu o pedido de liminar em cima do direito de greve do funcionário público. O sindicato falou também das más condições de trabalho e dos baixos salários da rede estadual, que levaram os profissionais de educação à greve; a falta de professores na rede também foi destacada na audiência.

Terça (dia 5 de julho) categoria fará passeata até o Palácio Guanabara:

Outra atividade dos profissionais em greve será realizada na terça-feira, dia 5, quando a categoria realiza uma passeata até o Palácio Guanabara, com concentração no Largo do Machado a partir das 9h, para exigir uma audiência com o governador Cabral – em seguida à passeata, ocorrerá assembleia no clube Hebraica.

Calendário da greve nas escolas estaduais:

04/07 (segunda): Assembleias da categoria nos municípios e bairros da capital; vigília à tarde para acompanhar a audiência no Tribunal de Justiça com os secretários Sérgio Ruy (Planejamento) e Risolia (Educação) e a direção do Sepe para julgar o pedido de liminar do Sepe contra o corte do ponto dos grevistas.

05/07 (terça): marcha até o Palácio Guanabara, com concentração no Largo do Machado, às 9h. Logo após a marcha, ocorrerá assembleia no Clube Hebraica (Rua das Laranjeiras, nº 346).


Leia o panfleto distribuído no ato do supermercado Mundial


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